Fundamentos de Louvor e Adoração
Ser um adorador é o que Deus mais deseja que sejamos. Deus me chamou e nos chamou para sermos um adorador, Deus te fez para ser um adorador. Deus nos chamou para servi-lo, para fazer a sua obra, essa é uma das mãos pelas quais fomos formados, mas na outra mão Deus nos fez para termos comunhão com ele. E adoração nada mais é do que termos comunhão com Deus. Quando Deus criou o homem no jardim do Éden, o criou para ter comunhão com Deus. Uma comunhão verdadeira, uma comunhão despretensiosa. A adoração começa num lugar secreto, intimo de comunhão com Deus. Sem essa disposição de estarmos presença de Deus, não existe seminário de adoração, não existe nenhuma fórmula que se possa ensinar na vida da igreja de como é a verdadeira adoração. Adoração não tem nenhuma fórmula para se conseguir, a não ser estar na presença do pai, no lugar secreto em intima comunhão com Ele. Adoração é o homem em comunhão com Deus. É Deus no cair da tarde no jardim do Éden visitando o homem e a mulher que ele criou e chamando-os pelo nome. É isso que Deus deseja e essa é a verdadeira adoração a que Deus nos convida.Precisamos ter um lugar secreto de comunhão com Deus, de intimidade. Um lugar onde ali a nossa vida é gerada, a onde a nossa vida é reformada, a onde a nossa vida é transformada, e curada por Deus. Onde as nossas mazelas, nossos problemas nossos pecados ficam diante do senhor no seu altar. Isso é adoração. Começa com essa disposição de desejarmos parar o mundo, parar com a agitação, parar com que estamos fazendo, deixar as coisas passageiras e nos voltarmos para o eterno. 2 Co 4:18: "não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas."Adoração é um convite de Deus para o eterno. Adoração é quando decidimos investir a nossa vida no eterno. E Parar para ouvir a voz de Deus, isso é o eterno. Todo o resto é passageiro, tudo tem um fim. Nossa própria vida aqui nesta terra tem um fim.Em João 4:23: " Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores." Este texto é chave para a vida de adoração da igreja. E o primeiro princípio aqui é que Deus não procura adoração. Deus procura adoradores. Porque a adoração é um produto e adorador é uma maneira de ser. Deus procura o ser que adora e não o produto. O nosso enfoque deve ser no que é ser um adorador.Existem algumas fórmulas gostosas e boas de como ministrar o louvor, existem coisas que podemos fazer para que melhore tecnicamente a adoração. Mas, a adoração tem a ver com o coração. A igreja tem gasto uma grande parte do seu esforço, de seus recursos, de seu potencial tentando produzir adoração, mas o que Deus mais quer é um coração de adorador. Um coração totalmente dele. O que significa um coração totalmente dele? O que isso significa na nossa vida.
Temos então cinco perguntas para meditarmos:
1.A quem adoramos? 2.Por que adoramos? 3. Aonde adoramos? 4. Quando adoramos? 5. Como adoramos?
Neste texto vamos tratar da primeira pergunta: 1.A quem adoramos?
O primeiro enfoque que a igreja precisa ter é qual o alvo da nossa adoração. Existem muitas pessoas que adoram a adoração. Estão mais envolvidas com o produto, com a música, com o cantar do que com o ser um adorador. E isso acontece porque a igreja tem o foco errado de quem é o alvo da nossa adoração. O que Deus quer ampliar em nossa vida como adoradores: é a quem nós adoramos. Quando Jesus responde a Satanás na tentação do deserto, Ele diz " ao Senhor teu Deus adoraras e somente a Ele darás culto". Aqui Jesus define a quem adoramos: "só ao Senhor teu Deus". E quando a bíblia enfoca " só o Senhor teu Deus" ela está incluindo aqui uma trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esse é o nosso alvo, o nosso foco. É para este foco que devemos olhar: é a Deus que nós queremos, é por Ele que somos apaixonados, é a Ele que desejamos adorar. Ele é o alvo da nossa adoração. Ele é o grande "Eu Sou". Aquele que tem que ser entronizado, que tem que ser constantemente enfocado pela igreja. Sabem o que é um ídolo? É tudo o que fica entre você e Deus. Idolatria nós pensamos muitas vezes em "santinhos", amuletos. Idolatria é qualquer coisa que fique entre nós e Deus. Qualquer coisa que tira do foco do "quem é digno de adoração". Os ídolos deste mundo hoje não são mais feitos de madeira, de bambu ou de gesso. Os ídolos deste mundo atualmente são mais poderosos porque eles roubam o coração, roubam a alma, roubam o espírito, estão roubando o coração de toda uma geração. É preciso que estes ídolos sejam acusados, retirados para que o foco a quem devemos adorar seja ampliado na vida da igreja. Hoje adoramos um sistema. Mas a nossa visão deve ser Deus. O centro de todas as coisas deve ser Deus. A nossa visão, o centro de todas as coisas deve ser a glória de Deus. Todas as outras coisas são estratégias preciosas que Deus nos dá para viver, mas temos que adorar e invocar é a Deus. O Deus Pai, o Deus filho, o Deus Espírito Santo deve ser colocado à frente da igreja em tudo que fazemos, em tudo que nós somos. Ele é o nosso "quem" e isso só é galgado em nosso coração quando nós conhecemos a Deus. Não podemos entronizar Deus se não o conhecemos. O que devemos fazer é levar todo irmão, toda irmã, todo novo convertido a ter essa visão pessoal de Deus. É algo que Deus quer gerar no coração de cada um de seus filhos. É essa visão que sustenta a vida. Quem tem uma visão de Deus de que Ele é o nosso "quem" jamais voltará a trás. Quem tem uma visão clara de Deus em seu coração, a revelação de que Ele é o centro de todas as coisas, que Ele é a razão de todas as coisas. E galgar com Ele nessa comunhão significa que pode desaparecer o mundo em baixo de nós que ficamos agarrado e sustentado na mão de Deus.Na minha experiência pessoal quando eu estava em Cuba ministrando para os irmãos, recebi a notícia de que minha esposa grávida de oito meses foi assaltada e baleada na frente de nossa casa e estava na UTI. Quando soube da notícia me faltou o chão embaixo. Mas eu tinha uma corda que me segurou e me sustentou que era a minha comunhão com Deus.Eu tinha certeza que a minha vida e a vida de minha família estavam nas mãos de Deus e que ali eu estava seguro. Eu tinha a corda da fé, do conhecimento da presença de Deus. E aquilo que o diabo veio para roubar, matar e destruir começou a se fortalecer. É nessas horas começamos a conhecer mais a Deus. É nas horas mais difíceis que Deus se amplia. Esse "quem" precioso e maravilhoso começa a se ampliar na nossa frente, na hora da luta, das tribulações. Tudo o que é natural acaba, tudo o que confiamos neste mundo acaba, mas quem conhece a Deus jamais será abalado. E esta situação em que eu estava vivendo foi um milagre atrás do outro. Enquanto eu estava em Cuba, sendo moído, sem poder sair da ilha, sem poder agir por mim mesmo. Eu só podia ficar pendurado no meu "quem" precioso, no meu Deus amado. Esse "quem" que adoramos deve estar na frente das nossas vidas em todos os momentos sejam eles bons ou ruins, nos momentos de dificuldade e até mesmo nos momentos de terror, nos momentos de perseguição. Conheço irmãos no Oriente médio que a única coisa que lhes resta é essa corda. Perderam tudo por causa da guerra no Iraque. Eu estava nestes dias no Oriente Médio, quando sai as pressas do Líbano para a Ilha de Chipre para poder retornar ao Brasil porque os aeroportos estavam fechados. Conhecia um irmão Iraquiano que perdeu tudo. Ele saiu de sua casa com a esposa, o filho e caminhou km e km com a roupa do corpo, debaixo de bombardeiro. Quando conseguíamos contato com ele, ele dizia: "Eu estou firme. Deus está cuidando de nós." Nesta situação, ele estava lá adorando com seu alaúde tocando pra Deus. Este é uma pessoa que conhece e que sabe a quem adora. Adoração não é um fruto de estarmos no sentindo bem ou mal. É fruto de nós conhecermos a Deus.
Asaph Borba
Definindo Louvor e Adoração
Temos o hábito de chamar o ministério de música como "Ministério de Louvor e Adoração". Na verdade, colocamos juntos essas duas palavras, como que sendo um nome e um sobrenome. Raramente paramos para pensar nas diferenças complementares entre elas. Assim, vejamos as definições:
Louvar – lit. "Barulho" – elogiar, gabar, exaltar, enaltecer, glorificar, aprovar, aplaudir, bendizer.
i. Heb. "halal" – 160 vezes no Antigo Testamento – fonte de "hallellujah", que pode ser traduzido por "Louvado seja Yah" (Yah como abreviação de Yaweh – aquele que faz as coisas serem") Referências: Ed. 3:10 –11; 2 Sm 6; Salmos
Adorar – lit. "Prostrar-se" – reverenciar, venerar, amar extremosamente, idolatrar, ter grande predileção a, cultuar, curvar-se, cair com o rosto em terra, render-se.
i. Heb. "shachac" – 170 vezes no Antigo Testamento – denota prostrar-se diante de autoridades, mostrando significado cultural (Davi X Saul; Rute X Boaz; José X feixes...) É usado como forma comum de se chegar diante de Deus em adoração (Jr. 7:2).
ii. Gr. "proskuneo" – pros (na direção de) + kuneo (beijar) Referências: Gn 22:5; 24:26, 48; Ex 4:31, 12:27, 34:8; Js 5:14; 2 Cr 29: 29-30; Ne 8:6; Jô 1:20; Sl 95:6, 132:7; Mt 2:2, 11; Mc 15:19; Jô 4:22-24; Fp 3:3; Ap 5:14, 7:11, 11:16, 14:7, 15:4, 19:4, 10, 22:8-9.
Veja um Paralelo entre LOUVOR e ADORAÇÃO:
LOUVOR: Motivado na alma por um impulso de receber do Senhor
ADORAÇÃO: Motivado no espírito por um impulso de dar ao Senhor
LOUVOR: Pode ser comunitário
ADORAÇÃO: É individual LOUVOR: Brota das emoções
ADORAÇÃO: Brota da devoção LOUVOR: Pelos feitos de Deus
ADORAÇÃO: Pelo que Deus é LOUVOR: Pelos presentes de Deus
ADORAÇÃO: Pela presença de Deus LOUVOR: É uma expressão de vida
ADORAÇÃO: É um estilo de vida LOUVOR: É circunstancial
ADORAÇÃO: É incondicional LOUVOR: Aprecia os feitos de Deus
ADORAÇÃO: Vive para Deus LOUVOR: Pode ser distante
ADORAÇÃO: Só ocorre na presença LOUVOR: É mais exuberante, enérgico, movimentado, barulhento, com mais palavras
ADORAÇÃO: É mais sóbrio, com menos movimentos, menos palavras, inclinando-se a cânticos espirituais e silêncio
Não devemos nos equivocar que é mais espiritual adorar, pois o que aprendemos é que ambos se complementam. Assim, devemos ter a liberdade de louvar com expressões espontâneas, enérgicas ao mesmo tempo de adorar com cânticos mais contemplativos.Na verdade, a Bíblia nos indica que existem várias expressões de louvor e de adoração, tais como através da oração, cânticos, confissão, ofertório, artes em geral, pregação, ceia, batismo e do próprio exercício do ministério.Não importa o exterior, sejam palmas, mãos levantadas, prostrando-se ou com danças. Deus olha o coração, pois diz que um coração contrito não desprezará.
Veja abaixo mais referências bíblicas: Com palmas – Sl 47:1, 98:8; Is 55:12
Com mãos levantadas – Sl 63:4, 77:2, 134:2, 141:2; 1Tm 2:8; Hb 12:12
Com júbilo – Sl 27:6, 35:27, 47:1, 81: 1, 2, 89:15, 95:1, 98:4, 107:22, 118:15, 132:16; 1 Sm 18:6, 7; Ex 15:21; Ne 12:43
Prostrando-se – Gn 17:3; Ez 43:3; Ap 4:10; Lv 9:24; Dt 9:25; Sl 95:6, 99:9; 2 Cr 29:28
Com danças – 1 Sm 18:6; Ex 15:20, 2 Sm 6:14, 15; Jr 31: 1-4, 13 Rodolfo Montosa
A disciplina no louvor
É de praxe vermos equipes musicais enfrentando uma série de problemas com seus integrantes. Problemas causados por mau comportamento (mau testemunho), pecado, mágoa, inveja, fofocas, contendas, falta de dedicação, falta de compromisso, e outros, obrigam líderes e pastores a se questionarem no fato de como podem ou devem exortar e disciplinar os levitas de suas comunidades. Muitos têm tentado, com sucesso, realizar este árduo trabalho, outros tentam, sem sucesso, mas com sincero esforço, buscar a melhor maneira de aconselhar um músico.
Infelizmente, ainda vemos igrejas tratando os problemas do ministério de música de forma errada (às vezes são excessivamente liberais, às vezes excessivamente rígidos), trazendo conseqüências desastrosas às pessoas envolvidas. Histórias envolvendo líderes e liderados descontentes uns com os outros não são difíceis de se encontrar. O primeiro tópico que quero tratar (a seguir) é o problema da disciplina rígida e a liberal, antes de tratar de bons conselhos concernentes à exortação e aconselhamento. Bem, vamos adiante!
A disciplina rígida
Alguns grupos cometem o erro de disciplinar (julgar ou exortar) os seus membros de forma tão rígida que esta atitude acaba, em alguns casos, se tornando uma grande injustiça. Por exemplo, eu conheço uma igreja que não permitiu que alguns de seus músicos trabalhassem no culto por eles estarem estudando a noite, o que os fazia estar disponíveis para ensaios apenas nos finais de semanas. Sei que alguns destes músicos eram bastante dedicados, tinham o coração voltado a Deus e acima de tudo, eram preparados musicalmente e espiritualmente para desempenhar a tarefa.
Como outro exemplo, cito o caso de um guitarrista que no início de sua vida cristã há alguns anos atrás, acabou partindo para a agressão física com outra pessoa, por um motivo qualquer. Um presbítero (hoje desviado), ao ver esta cena disse aos brados: Você nunca mais pisará o pé num púlpito para tocar guitarra! Felizmente este guitarrista é hoje uma bênção na casa de Deus, e aquela maldição proferida não surtiu efeito, glória a Deus! É triste ver que alguns líderes e pastores têm tratado os seus músicos como se eles fossem inimigos da igreja, esperando ansiosamente para castiga-los, humilha-los, para dizer que são preguiçosos, que não possuem musicalidade, etc. Muitos ainda os comparam com os músicos de outras igrejas, rebaixando os seus e exaltando os outros. Depois reclamam que Deus não envia músicos para a sua comunidade. A verdade é que o líder deve saber agir com amor, paciência e com alguma rigidez, dependendo do caso, mas sempre sabendo controlar os seus sentimentos. Sabemos que os músicos são pessoas difíceis de lidar, e às vezes leva tempo para que eles tenham uma visão madura. Com certeza, a falta de flexibilidade pode trazer várias conseqüências desagradáveis ao grupo de louvor.
A disciplina liberal
Um outro erro que observamos é o dos líderes que não dão a mínima para o grupo de louvor que Deus pôs em suas mãos. A cegueira faz com que os dirigentes deixem os músicos fazerem a maior algazarra no grupo, onde qualquer um faz o que quer, e o que bem entende. Ás vezes, é engraçado, e de certo modo triste, vermos músicos tendo mais autoridade que seus líderes, mandando e desmandando aonde querem.
Certamente a bagunça não é algo que Deus tem prazer em ver dentro de sua casa. É necessário também tocar no assunto da santidade. É com pesar no coração que vemos igrejas permitindo que seus músicos vivam e continuem a viver no pecado. Amiúde encontramos instrumentistas e cantores cristãos vivendo em adultério, em vícios, envolvidos em contendas, fofocas, etc. Ou músicos que não se dedicam, que não têm compromisso com Deus, etc. Nos espantamos ao ver algumas pessoas se defenderem dizendo: Todos são pecadores! É verdade que todos somos pecadores, mas devemos buscar a santidade dia após dia, fugindo do pecado. De outra forma, não seremos sal da terra, luz para o mundo, e não também não poderemos ministrar na casa de Deus!
Como disciplinar
O primeiro ponto a se olhar no que se concerne à disciplina, é cuidar para não ser liberal ou rígido demais. Sabemos que sem santidade, uma pessoa não deve nem subir no púlpito para servir. Concluímos então, que quando um músico comete um pecado em público, ele deve ficar no banco até se concertar com Deus e com os membros do grupo. Nós, do Ministério Vida Nova e vários outros grupos de louvor, adquirimos esta regra: Quem está em pecado perante a igreja nunca é chamado para trabalhar. O tempo de disciplina varia de caso para caso, e isto é o líder do ministério de música quem decide.
Antes de aconselhar, exortar ou disciplinar, o líder deve ter uma conversa séria e sincera com o músico. Costumo pensar que muitos dos problemas existentes nos grupos de louvor de hoje, poderão ser resolvidos na conversa, sem exigir medidas drásticas. Um exemplo que se encaixa perfeitamente nisto é o caso do músico que já tem seu sustento próprio (vida profissional), mas não está devolvendo o seu dízimo ao Senhor. Neste caso, uma boa conversa deve bastar. Infelizmente, em alguns casos de erro, uma boa conversa resolve o problema, mas não resolve as conseqüências, pois as mesmas só se apagarão com o tempo. Cito como exemplo o caso de dois músicos que se agridem fisicamente, em público. Como sabemos, eles poderão se perdoar no mesmo dia, mas como a briga foi em público, levará um certo tempo até "baixar a poeira". Neste caso, algum tempo de disciplina não fará mal a estes dois músicos. Ao se exortar, vários fatores devem ser levados em conta. Se um músico estiver envolvido numa fofoca ou contenda, a primeira coisa a fazer é ouvir este levita, ouvir as pessoas envolvidas, constatar se não há segundas intenções no coração de quem proferiu as fofocas, etc. Assim estaremos cortando o mal pela raiz, sabendo realmente de quem foi erro e qual o tipo de aconselhamento que deve ser dado.
Outra questão a ser tratada é a da preguiça espiritual ou musical. Quase todas as igrejas enfrentam o problema do instrumentista ou cantor que não se dedica à obra em que foi chamado, ou não é compromissado com Deus e o grupo. Nestes casos, os líderes devem ter paciência para ensiná-lo e deixar claro que dali para frente haverá uma maior cobrança no que se refere à dedicação e esforço pessoais.
Conclusão
Amados, sei que cada caso é diferente do outro. Situações e pessoas diferentes são envolvidas em cada um deles, mas é bom ter cuidado para não haver rigidez ou liberdade em excesso. Por fim, digo que a atitude mais importante e óbvia a se fazer, é pedir direção de Deus para cada situação. Creio que Deus revolverá cada problema e colocará no coração do líder as palavras certas para a exortação, o aconselhamento ou à disciplina de um músico! Lembre-se sempre: Deus é quem está no controle!
Ramon Tessmann
Louvando do lado errado
Provavelmente você achou o título deste artigo um tanto estranho. O que significa cantar ou louvar do lado errado? Bem, este estudo nos trará a luz uma interpretação diferente de uma passagem bíblica muito conhecida: a história da travessia do povo de Israel pelo mar, que se abriu diante deles. (Êxodo 14e 15)
Sabemos que o povo de Deus foi escravizado no Egito por muito tempo. Mas Deus disse um basta aos egípcios e usou Moisés como um porta-voz diante do Faraó para falar em favor da libertação dos hebreus. Após as dez pragas terem acontecido, o povo de Deus foi liberto e seguiu em direção ao deserto. Porém os soldados egípcios estavam atrás deles. Em um certo momento, os israelitas encontraram um grande problema a sua frente: o mar. Que situação de pavor!!! Nesta situação o povo blasfemou contra o Senhor e contra Moisés.
A Bíblia relata no livro de Êxodo que Deus abriu o mar e o povo de Israel atravessou pelo meio, em terra seca. O que eles viam do seu lado eram apenas dois grandes paredões de água. Mas quando os egípcios tentaram atravessar o mar, estes dois paredões de água despencaram matando todos eles. Neste momento o povo de Israel percebeu a grande maravilha que Deus tinha feito por eles e sabe o que fizeram? Eles louvaram a Deus. Isto mesmo! Moisés (e todo povo) entoou um cântico que engrandecia a Deus pela vitória sobre o povo inimigo. (Ex 15.1)
Foi um episódio realmente maravilhoso, onde Deus mostrou o seu poderio de forma sobrenatural. Mas eu quero te fazer duas perguntas: O que houve de errado nesta situação? Qual foi o erro que o povo de Israel cometeu e que muitas vezes passa desapercebido quando lemos este texto?
Bem, o povo de Israel só se propôs a entoar um cântico depois que Deus havia livrado eles das mãos do inimigo. Mas enquanto enfrentavam problemas e estavam em dificuldades, eles continuavam resmungando e blasfemando o Nome do Senhor. Eles louvaram a Deus somente do outro lado do mar. É aí que houve uma grande falha. Antes do milagre, Deus foi entristecido, pois o seu próprio povo duvidou Dele ao invés de louvá-Lo ou erguer cânticos. Muitos diziam: Será que Deus nos tirou do Egito para que perecêssemos no deserto? Melhor tivéssemos ficado no Egito, aonde tínhamos pão e água...
Meus queridos irmãos, quantas vezes fazemos a mesma coisa em situações da nossa vida? Quantas vezes agimos como o povo hebreu, duvidando de Deus nas angústias mas louvando nas alegrias? Quantas vezes dizemos: Melhor tivéssemos ficado no Mundo, aonde não tínhamos lutas como estas...
Deus deseja que nós o louvemos em todas as situações de nossas vidas!!! Nós devemos aprender a erguer cânticos nas situações mais adversas, onde parece que não há mais saída, e Deus irá a nossa frente para derrotar o problema. Devemos seguir o exemplo de Moisés, que ao contrário do restante do povo hebreu, permaneceu fiel ao Senhor nos tempos de angústia.
Muitas vezes nós temos muita facilidade para entristecer a Deus diante de pequenos problemas que encontramos. Não é difícil encontrar irmãos reclamando da igreja, do pastor, da equipe de louvor, do calor e do frio, do alimento, do trabalho, do patrão, dos preços, do governo e até mesmo encontramos irmãos irritados com Deus. São estes irmãos que só sabem louvar do lado errado do mar!!! Têm disposição para louvar a Deus só em tempo de fartura, mas quando chega uma tribulação, blasfemam contra o Senhor!!!
Muitas vezes não recebemos bênçãos de Deus ou não temos experiências mais profundas com Ele porquanto nós só sabemos louvar do lado errado, ou só louvamos na margem boa do mar! Quantos irmãos blasfemariam a Deus se Ele pedisse que sacrificasse seu filho (como Abraão e Isaque), ou quando fossem perseguidos por causa do Senhor (como Paulo e Silas), ou quando fosse desafiado por um grande inimigo (como Davi foi desafiado por Golias), etc.
Conclusão
Meus irmãos, eu os convido a terem sempre em seus lábios um cântico de agradecimento e louvor ao Senhor. Não louvem a Deus apenas no lado bom da vida, mas se volte pra Deus em tempos difíceis também. Não devemos estar questionando a Deus o porquê de termos determinados problemas, mas sim, devemos estar prontos a declarar: Cristo, tu és meu refúgio, em quem posso confiar...!, O meu descanso vem de Ti..., Minha fortaleza é o Senhor, ..., Te agradeço por me libertar e amar, por ter morrido em meu lugar te agradeço... Com certeza, Deus se alegrará em ver que você é fiel nos dois lados do mar!!!
Ramon Tessmann
Adorar, porquê?
Em Mateus 4:10, durante sua tentação, Jesus diz ao diabo – "ao Senhor Teu Deus adorarás e só a Ele darás culto" usando as palavras da Lei em Êxodo 20:4 e 5, quando Deus ordena ao povo de Israel: Só a Ele adoração e o culto.
O constante desígnio de Satanás é roubar aquilo que é devido a Deus – a adoração. Mesmo sabendo que fomos feitos para louvor e glória do Deus vivo, (Ef. 1:12 – a fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que de antemão esperamos em Cristo)., o inimigo tem tentado de todas as formas deturpar o culto a Deus, limitando-o em formas e costumes em acordo mais com culturas e padrões humanos do que com o coração de Deus, assim foi com o povo de Israel, depois com a Igreja. Sutilmente a idolatria à imagens e ídolos foi se infiltrando no culto da cristandade e foi assim corrompendo o entendimento dos líderes e crentes em geral. A forma pagã e judaica de templo foi sendo imposta à Igreja fazendo assim que os templos vivos que somos nós os redimidos (I Cor 3:16), lugar da verdadeira adoração fossem reduzidos a simples membros na maioria "leigos" que por dezenas de séculos de escuridão e inoperância foram dependentes de um sacerdócio externo para cultuar a Deus, de geração em geração, homens, imagens e ídolos de todas as formas se colocaram como intermediários daqueles que podem achegar-se com intrepidez ao Santo dos Santos através do novo e vivo caminho que é Jesus. (Heb.10:19 a 22)Porém hoje o Pai está restaurando toda a verdade e isto diz respeito também a nossa vida de relacionamento com Ele, e a intermediação tem acabado, pois Cristo Jesus nosso único mediador tem levado a Igreja a um entendimento nesta área e por todo o mundo tem surgido um novo culto de verdadeira adoração àquele que é digno, Jesus que disse, "ninguém vem ao Pai senão por mim". Jo. 14:6.Quando portanto Jesus focaliza ao Pai está focalizando também a si mesmo (quem vê a mim vê ao Pai – Jo.14:9) e está focalizando também ao Espírito Santo (Jo.14:26) . A trindade Santa portanto, são o foco da nossa adoração e a Eles nos achegamos com liberdade e amor.
Já fiz diversas vezes a pergunta porque devemos adorar a Deus?
Esta pergunta invade o meu coração pelo fato de entender que Deus é suficiente em Si, não apenas em sua grandeza e majestade, mas em tudo. Apesar de sabermos que Deus se alegra com nossa adoração e obediência e se entristece com o pecado, se ira com a idolatria, seu coração não necessita de nada para que seja completo, não precisa de nossos sacrifícios de louvor e de nossa adoração para ter alegria e sentir-se feliz, não precisa de nossas expressões de amor para sentir-se amado pois Ele é o próprio amor, ( I Jo 4:8). Antes de que cada um de nós existíssemos Deus já existia em sua plenitude e era completo, e o Filho e o Espírito Santo participavam desta plenitude eterna. Em Col 1:16, falando da criação diz que "Nele (em Cristo e junto com Cristo) foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias". Ele é junto com o Pai e o Espírito Santo a fonte e a plenitude de todas as coisas, inclusive de todo louvor , toda a adoração, toda a alegria e júbilo. Por isso Jesus disse que Deus não procura adoração, pois adoração ele tem no céu (Is. 6 1 a 3). Deus procura por seus filhos, seus adoradores.(Jo. 4:23) O que vem ao meu coração ao meditar sobre isto é que acima de tudo existe algo na adoração que é de vital importância não para Deus, mas para os adoradores, ao ponto de Deus em sua onisciência e auto suficiência estar procurando por adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Adoração (comunhão) é um precioso elo entre a criatura e criador. Tudo está na atitude do adorador, no livre arbítrio que temos para optarmos em sermos ou não adoradores. Deus nos deixou esta opção. Ele governa todas as coisas e poderia Ter feito de toda a criação seus adoradores assim como são os anjos, mas nos deixou a opção de o sermos ou não. Ao optarmos por Cristo, optamos por Deus. Esta é a grande brecha da maioria das religiões que querem adorar a Deus, falam até mesmo de vida eterna, porém sem o sacrifício de Jesus. O adorador é aquele que faz uma opção por Deus, optando por Jesus e pelo seu reino, opta em Ter comunhão com Deus, comunhão esta que não é imposta por vontade divina mas é uma livre opção de amor. A parte de Deus é completa e perfeita seu amor por nós é inquestionável, porém ele espera por cada um de nós quando através de Cristo por obra do Espírito Santo que enche nosso coração do Seu amor revelado a nós por pela plenitude de Jesus e depois retorna para Ele. A verdadeira adoração é uma opção deste abrir-se ao amor divino, feita por cada um de nós, se não fosse assim porque Deus estaria procurando verdadeiros adoradores? Qual é a nossa opção? Deus governa sobre todas as coisas, menos sobre a nossa opção por adorá-lo ou não. Deixa para nós esta única e pequena atitude. Optarmos ou não por amá-lo e adorá-lo. Adoração é algo que satisfaz e alegra a Deus, mas beneficia também ao homem , pois este ao optar por Deus está cumprindo a sua parte neste enlace de amor. Adoração emana do amor. Deus quer ser amado por nós. O que trás eficácia na adoração é o amor. O que dá conteúdo as nossas expressões de adoração é a nossa vida de amor expresso em aliança e compromisso para com Deus e o seu reino nesta aliança de amor.
AMAR A DEUS ACIMA DE TUDO
Sl. 18:1 "Eu te amo ó Senhor, força minha"A maior característica dos adoradores não é a sua forma de cantar e louvar, mas sim o profundo amor que estes tem por Deus. Sempre o que tem me chamado a atenção em homens como Abraão, Davi, os profetas e os discípulos de Jesus, é o profundo amor que tinham por Deus, Davi no Sl 18:1 diz, " eu te amo oh Senhor" Jesus externou o seu amor incondicional ao Pai, e à sua vontade,sua vida foi em tudo direcionado por este amor, amor que se transformou em uma vida prática de devoção, adoração, submissão e principalmente obediência e sacrifício (Jo.4:34).Quando falo deste amor falo do amor que Deus coloca no coração de cada um de nós seus filhos através do Espírito Santo que nos leva a uma comunhão que não pode ser quebrada por nada deste mundo. Paulo fala em Rom. 8:35 o que pode nos separar do amor de Cristo? A tribulação ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome ou a nudez, ou o perigo ou a espada? E conclui no verso 38, pois estou certo de que nem a morte nem os principados, nem as potestades, nem o presente nem o porvir, nem altura, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Posso pois entender que este amor que o texto fala de um amor sobrenatural que brota da própria presença do Pai em nós que nos faz amar a Deus, acima de todas as coisas. Em Dt. 11:1 Moisés ordenava ao povo "amarás, pois, o Senhor teu Deus". Agora pela graça nós podemos fazê-lo através do Espírito Santo. Minha pergunta é sempre o que é amar a Deus, e o quanto eu amo? Passando por esta ou por aquela provação este amor é verdadeiramente provado, se estar ou não bem financeiramente, interfere neste amor, devemos ver os fundamentos do nosso amor para com Deus e o seu reino.Adoração é uma resposta ao amor constante a Deus, como o amor que Abraão tinha, que entregou seu próprio filho, figura do amor que Deus tem por nós que também o fez. E porque Ele nos amou primeiro é que também podemos amá-lo.
Amor expresso em gratidão: Este amor deve ser expresso em nossas vidas primeiramente em gratidão. Um adorador tem um coração grato. Paulo fala: "Em tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco", o salmista falou em entrar por suas portas com "ações de graça" – Esta gratidão que nos leva a dar graças a Deus em qualquer situação é um sublime incenso de amor que nos leva a reconhecer a soberania de Deus sobre todas as coisas. A linguagem deste mundo é a murmuração, a gratidão é porém, fruto dos lábios e corações daqueles que conhecem a Deus. Nosso louvor tem que ser fruto desta gratidão constante em nosso coração, quando me converti recebi de meu amado pastor um livro cujo título era "Louvor que liberta" cujo enfoque era a gratidão em qualquer situação, pois quando assim agimos estamos reconhecendo a soberania de Deus em qualquer situação e sempre lhe somos gratos.
Amor expresso em obediência: A obediência é outro fruto deste amor. Um adorador tem prazer em obedecer a vontade do Pai. Jesus assim o fez. Em Jo 4:34 diz que minha comida e minha bebida é fazer a vontade daquele que me enviou isto é seu prazer maior, acima até mesmo de sua vontade natural era obedecer, a palavra nos diz também que Ele foi obediente até a morte e morte de cruz. A vida de adoração de Cristo não foi regada de conceitos que muitas vezes impomos à nossa adoração como música ou palavras, mas sim foi expressa em uma incondicional vida de amor ao Pai expresso em obediência. Em I Sam. 15:22 Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor que a gordura de carneiros. A grande diferença entre o tabernáculo de Moisés e o novo tabernáculo que aqui neste texto Deus começa a mencionar é a obediência requisitada por Ele que lhe agrada bem mais que os antigos sacrifícios. Obediência estas que foi totalmente consumada em Jesus.
Amor expresso em confiança: Estes dois aspectos anteriores só podem ser gerados em nosso coração quando existe fé "Sem fé é impossível agradar a Deus" e adoração é fruto de fé. Sem crermos de uma maneira total em Deus não poderemos adorá-lo, como Ele é digno de ser adorado. O inimigo sempre tenta roubar a fé. Podemos Ter muita gratidão, podemos até Ter muita obediência, porém somente poderemos agradar a Deus e nos achegar confiantemente ao Seu trono de graças, crendo em um Deus que sempre foi, é e será poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos pelo seu poder que opera em nós. Adoramos porque cremos. Crer não é algo automático em uma vida . Fé uma semente de Deus em nossa vida, a qual o inimigo constantemente nos tenta roubar, e quando isto acontece vem algo que chamamos de incredulidade, Jesus falou desta semente como um grão de mostarda em nosso coração. Nos disse também que tudo que pedíssemos em seu nome ele o faria colocando sobre nós um fundamento para nossa fé: SUA FIDELIDADE. Somos fiéis por causa de um Deus Fiel.
Asaph Borba
Chamados para Adorar
É hora de atender ao urgente chamado de adoração! Este é um dos mais fortes clamores aos filhos de Deus. Não há mais tempo a perder! O Senhor está ansiosamente procurando por verdadeiros adoradores... e este fato faz-nos pensar que eles, os adoradores, estão incluídos nos espécimes raros. Sim! Nós não procuramos algo que está em nossa frente, à nossa vista ou algo que seja abundante. O verbo procurar indica que o objeto procurado não é abundante ou está escondido, ou perdido. Ele está à procura de verdadeiros adoradores, e infelizmente eles são raros!
Adorar é...
Adorar é obedecer ao primeiro e principal mandamento, que é amá-Lo sobre todas as coisas. Quando trocamos Deus por qualquer outra coisa já deturpamos a nossa adoração, aliás, ao invés de sermos adoradores do Senhor da glória, nos tornamos idólatras ignorantes. Sim, idólatras! Quando adoramos nosso ego, nosso cargo, nossa posição, nossa família, nosso prazer, nosso dinheiro, nossa música e até pessoas em lugar de Deus, somos desprezados ou ignorados quando Ele sai á procura de verdadeiros adoradores! É infeliz a existência de cegos idólatras no Corpo de Cristo! Estes deverão compreender rapidamente a dimensão do erro que estão cometendo: Estão trocando o Deus da glória por nada!
Adorar é manter comunhão com o Pai constantemente! É viver radicalmente em santidade, sem desculpas, rodeios e meio termos. É direcionar exagerada atenção, oração e jejum às nossas fraquezas e iniqüidades em amor ao Cordeiro, que se entregou por nós naquela horrível cruz, e ás vezes não damos a mínima! É verdade! Quando pecamos estamos desprezando o sangue de Cristo, não dando valor àquele ato que revelou um amor tão imenso que até hoje não conseguimos compreender. O Noivo entregou a sua vida em favor da Noiva e às vezes Ela não faz a mínima questão de retribuir esta graça em forma de louvor, temor, reverência, amor e comunhão! Que pena!
Adorar é se chegar a Deus sem segundas intenções. É olhar para o seu perfeito caráter, e não apenas para o que Ele faz! É amar o Deus da bênção e não a bênção de Deus, é amar o Deus da cura e não a cura de Deus... Quantas vezes olhamos apenas para os milagres, bênçãos e nos esquecemos de olhar para Aquele que faz tudo isso. Deturpamos nossa adoração quando entramos na presença de Deus apenas para ganhar algo, seja qualquer tipo bênção, milagre, "arrepio", "choque", etc. Devemos amar a Deus pelo que Ele é, e não pelo que Ele faz. Devemos amar a Deus mesmo que daqui para frente Ele não faça nada por nós. A propósito, não merecemos nada do que Ele já fez por nós! Deus nos criou para termos comunhão com Ele, para sermos adoradores, e não comerciantes enganosos que só querem sair "ganhando" com esta relação. Quantas pessoas largaram os caminhos do Senhor porque não amavam a Deus e sim as Suas obras? Queriam apenas ver milagres, curas, demonstração de poder, sinais, etc. São exatamente estes que se chegam a Deus com segundas intenções... parecem que amam a Deus, mas não amam! Por fora são uns lindos jardins, por dentro um horrível cemitério. Foi a estes que Jesus se dirigiu: "Este povo honra-me com lábios mas o seu coração está longe de mim...".
Conclusão
Vou terminar por aqui, senão continuo escrevendo até amanhã. Mas deixo um alerta: querido irmão, atenda ao chamado de adoração! Passe esta visão a quantos puder! Não há mais tempo há perder... cada minuto é precioso... cada momento na presença do Pai é incomparável... Ele está à procura de filhos que o amem de verdade... hoje à noite mesmo entre na gloriosa presença de Deus e fale com Ele.... se coloque diante do Senhor da glória... seja um verdadeiro adorador! Aleluia!
Ramon Tessmann
Reverência na adoração
Desde que comecei a escrever artigos sobre adoração venho comentando alguns itens indispensáveis para o ato da adoração. Este texto discutirá dois deles: a reverência e o temor. Todos devemos compreender que sem reverência não poderemos adorar a Deus, e não poderemos agradá-lo. Não é por acaso que alguns autores declaram que a adoração nasce do temor a Deus.
A reverência dos escribas
Vou dar um exemplo de reverência. Estou certo de que todos já ouviram falar ou já leram algo sobre os escribas (ou copistas) na Bíblia. Na cultura hebraica, os escribas eram aqueles que escreviam as leis. Eram eles que passavam os textos ditados e ouvidos para o papel. Bem, todos aqueles que estudarem um pouco mais a fundo o trabalho dos escribas saberão que eles tinham uma forma toda especial de escrever o nome de Deus (Jeová). Cada vez que eles ouviam o nome Jeová, eles pegavam outra pena (a caneta da época), escreviam o nome de Deus e depois quebravam a pena para que ela nunca mais fosse utilizada. Alguns dizem que essas penas eram revestidas de ouro. Que interessante, não? Caro irmão, essa atitude dos escribas expõe claramente a reverência e o temor que eles tinham em relação a Deus. A nossa reverência
Depois de ter lido muitos textos bíblicos sobre reverência (inclusive a visão de Isaías no capítulo 6 de seu livro) me pus a questionar: Será que nós, que fazemos parte da Igreja de Cristo, estamos tendo reverência ao Deus todo poderoso? O que será que Deus está achando de nossa adoração, de nossos cultos? Será que o Senhor da glória está vendo em nós aquela sementinha de temor e reverência a Ele? Qual é a atitude e a motivação do nosso coração quando nos chegamos a Deus para adorá-lo? Caro irmão, há alguns comentários que desejo realizar.
Comentários importantes...
Primeiramente, o pecado não deve se tornar o "pecado nosso de cada dia". Quando nossas transgressões tornam-se "normais", "banais" e corriqueiras estamos caminhando contra a vontade de Deus. Sem aquela busca incessante pela santidade não poderemos ser verdadeiros adoradores, porquanto nosso pecado cheira mal diante do Santíssimo Pai. O pecado do homem é um desrespeito a Deus!
Mas vamos adiante. Ás vezes tratamos a Deus muito mal. Nossos próprios cultos (que deveriam ser totalmente para Ele) acabam se tornando momentos de lazer, de relaxamento, de petições e reclamações sem fim. Nossa adoração se torna antropocêntrica, com músicas gostosas, pregações bonitas e agradáveis, quando deveríamos mostrar reverência a Deus, com nosso coração dizendo: como Deus é grandioso, como é majestoso, Santo, Santo, Santo...
Às vezes a presença do Convidado principal da noite é ignorada. Em muitas ocasiões, participamos dos cultos apenas "de corpo presente". Em outras situações, participamos em "espírito, alma e corpo", mas preferimos colocar a conversa em dia com irmão ao lado, reclamar da pregação que está muito longa ou dar uma voltinha lá atrás da igreja para esticar as pernas. Caros irmãos, muitas vezes estamos sendo irreverentes e insensíveis sem percebermos!
Não posso deixar de falar sobre os "pedintes espirituais". Faço isso porque é assim que muitas pessoas têm se portado em sua vida de adoração, achando que Deus é apenas uma muleta ou um "pronto-socorro" melhorado. Obviamente todos sabemos que Deus é refúgio, que Deus responde às orações e que Ele tem muitas bênçãos a dar, mas se tratarmos a Deus somente como alguém disposto a nos conceder a "benção", estaremos sendo cegos insensíveis. É como se disséssemos aos nossos pais naturais: "não estamos preocupados com você, só queremos as chaves do teu carro para que possamos dar uma voltinha!". Que duro para um pai ter que ouvir isso, não é? Mas às vezes é assim que temos nos portado diante do Pai celeste, como "pedintes espirituais". Deus é muito mais do que podemos imaginar! Ele merece toda gratidão, louvor, reverência etc. Lembre-se disso da próxima vez que você for entrar na presença de Deus em adoração. Sempre que estiver se dirigindo ao culto congregacional tente imaginar a grandeza e a majestade de Deus, e com certeza a sua adoração será diferente!
Conclusão
Querido irmão, sei que ainda temos muito a debater sobre a reverência na adoração e nos cultos da congregação. Nos próximos artigos estarei falando sobre isso mais profundamente. Mas espero que este texto tenha plantado uma sementinha em teu coração. Uma semente que lhe trará a consciência de que o Deus a quem estamos servindo é muito mais do que podemos imaginar! A Ele seja todo o temor, reverência, admiração, respeito... pelos séculos dos séculos! Ramon Tessmann
Robôs adoradores
Há algo que Deus tem ministrado profundamente em meu coração nos últimos dias. É impressionante como o povo de Deus sabe tão pouco sobre Ele e têm tão pouca intimidade com Ele. O povo de Deus tem dificuldade para desassociar o conhecimento e a intimidade com Deus das atividades ou reuniões da igreja.Deus falou isso ao meu coração. Alertou-me. Porque eu estava seguindo neste perigoso caminho robótico, mecânico e frio de permanecer apenas executando as atividades da igreja. Pensava eu que este trabalho todo traria intimidade com Deus. Pensava eu que trabalhando para Ele eu conseguiria ser um amigo mais íntimo. E fui mais longe. Pensava eu que ficar ouvindo músicas evangélicas o dia todo traria intimidade automática. Achei que tocar e cantar músicas de conteúdo cristão por si só já faria com que eu mergulhasse nas profundezas de Deus. Rompi todos os limites quando pensei que somente indo aos cultos já era o suficiente para que um dia Deus me revelasse coisas inefáveis escondidas em Seu coração. Com 26 anos de igreja percebi que nada do meu trabalho iria ajudar alguma coisa no meu relacionamento com Ele se eu não me dispusesse a conhecer o coração Dele. Ele é meu Pai, não meu patrão, ora bolas! Não quero ter um relacionamento com Deus de patrão – empregado, e sim de Pai - filho! Deixe-me ser prático. Ás vezes quando eu chegava em casa de uma reunião na igreja eu pensava: "Ah, não preciso falar com Deus antes de dormir. Estava até agora trabalhando na obra Dele". Quando vamos aprender que trabalhar para Deus não é o mesmo que amar e se relacionar com Deus??? Quando vamos aprender que Deus prefere que falemos com Ele, que o relacionamento vem antes do trabalho? Então um dia desses resolvi fazer algo diferente. Ao invés de me deitar na cama e ligar a televisão do quarto, meditei na Palavra de Deus. Depois apaguei a luz e comecei a falar com o Espírito Santo. Foi uma experiência incrível sentir que a Presença Dele estava ali. Na verdade Ele sempre está conosco (Mateus 28:20), nós é que somos insensíveis demais para perceber, ou simplesmente para crer. Ou somos preguiçosos demais para buscar, ou materialistas demais para entender as coisas espirituais. Você pode ser incrédulo como Tomé ou teológico como Nicodemos. O fato é que precisamos detectar os muros que nos impedem de mergulhar na profundidade de Deus. Precisamos quebrar aquilo que nos leva a ser meros robôs evangélicos. Deus é muito profundo, muito maravilhoso. Mas para descobrirmos a intimidade Dele precisamos buscar, buscar e buscar. Não somente através de rituais, cultos e reuniões. Mas com o coração ardendo em qualquer lugar. Desde aquele quartinho escuro de sua casa, o seu escritório, até a biblioteca de sua escola, são lugares que podem se tornar lugares de adoração (Jo 4.21). Não seja um mero robô adorador, que está programado apenas para ir aos cultos ou trabalhar para a igreja. Você foi programado por Deus para ser um adorador espontâneo, solto e livre como um pássaro. E você precisa conhece-Lo não apenas de ouvir falar, mas de com Ele estar. Acredite, conhecer a Deus e Sua intimidade é algo que vale a pena fazer... (Lc 10.41,42) Ramon Tessmann
Adoração: É tempo!
"Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são adoradores assim que o Pai procura. Deus é espírito; e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." João 4:23-24 Verdadeira adoração não tem a ver com canções, vocais, bandas ou corais. Todas essas coisas contribuem para uma grande expressão de adoração, mas a essência da adoração é quando seu coração e alma e todo o seu ser estão ligados e adoram o Espírito de Deus. A
maioria das pessoas está mais acostumada com adoração congregacional como uma igreja, mas é quando você adora um a um, como um amante de Cristo que você entra em uma intimidade onde estão só você e o Senhor, como nunca se viu antes. Adoração é um ato de obediência do coração. É uma resposta que exige a plenitude de tudo o que você é, por amor ao Senhor pelo que Ele é, não apenas pelo que Ele faz. Louvor, por sua vez, é uma explosão de ações de graças e fé. Não é apenas canções rápidas, mas um sacrifício de louvor que é freqüentemente ofertado até quando não se sente que deve louvar, até que você diz: " eu louvarei ao Senhor em todo o tempo, Seu louvor estará continuamente em meus lábios, eu irei a sua presença com ações de graças em meu coração e entrarei em seus átrios com louvor."Adoração vai além do nosso sentimento, ou das circunstâncias que você está vivendo. Leva você a magnificente presença de Deus. "Dê ao Senhor a Glória do Seu nome: tragam uma oferta e venham diante dEle. Oh, adorai ao Senhor na beleza da sua santidade!" (2 Crônicas 16:29)Adoração é alguma coisa que é vista pelos seus atos e não apenas pelas palavras que se fala ou canta. Não é um ritual. Você não vai a igreja e segue fórmulas. Adoração envolve o nosso coração, mente e vontade. Adoração é se dar totalmente, em toda verdade e honestidade, envolvendo e refletindo o amor e generosidade de Cristo. A palavra adorar é um verbo, uma palavra de ação. Isto significa estar cheio de adoração, se prostrar, reverenciar, e permanecer na profundidade da beleza do Senhor. Adoração é mais do que cantar belas canções na igreja. É mais do que instrumentos e música. Como um verdadeiro adorador, seu coração poderá adorar ao Senhor em todo o tempo, em todos os lugares e com toda a sua vida.As escrituras dizem que devemos trazer uma oferta, embora você sinta que não tem nada a oferecer. Tudo o que Deus quer é o seu coração. Ele não precisa do seu talento, sua habilidade musical ou todas as coisas que você pode fazer - Ele quer você! Nós podemos aprender muito com o salmista Davi. Como um jovem pastor de ovelhas, ele não era tão surpreendente - ele era simplesmente muito fiel e verdadeiramente amava a Deus. Deus viu o coração daquele servo e o descreveu como "eu encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda minha vontade." (Atos 13:22).Você não tem que ser um grande cantor ou músico para ser um grande adorador. Mesmo estando em um corpo, ou como um indivíduo, abra o seu coração e adore ao Senhor com todo o seu ser. Isto é o que ele está pedindo. Deus abençoe
Darlene Zschech
Adoração Profética Deus está restaurando a sua Igreja em todas as áreas, e também na adoração.
Visão e Atos Proféticos na Igreja
Deus está restaurando a sua Igreja em todas as áreas, e também na adoração. Está trazendo um mover na área profética através de uma música produzida no céu por gente que está ouvindo de Deus o que falar, o que cantar e o que fazer.Muitos pensam que adoração profética tem a ver com um novo estilo, mas tem mais a ver com a total restauração de uma visão do que com estilos musicais e formas de tocar e cantar. A profecia na Igreja deve sempre promover a glória de Deus edificando, exortando e consolando (1 Cor.14:3) . De modo que a visão profética, a adoração profética e o ministério profético têm que promover essas ênfases para estar de acordo com a Palavra. Nos evangelhos, nós vemos Jesus profetizando, vemos os apóstolos profetizando e temos a ênfase no ministério profético junto com outros ministérios, que estão também sendo restaurados por Deus. Vemos alguns atos proféticos sendo realizados e dando uma sólida base para que possamos ver como deve ser este ministério na Igreja, quando ele vem através de atos e manifestações, ou de uma Palavra ou cântico de louvor e adoração.
As manifestações e atos proféticos têm que ser bíblicos A única fonte que a Igreja tem para guiar-se em tudo que faz é a Palavra de Deus. Às vezes, temos a tentação de realizar, falar ou cantar algo para o qual não encontramos base bíblica na Palavra de Deus. E, muitos agindo assim, dizem que o fazem na direção de Deus.Mas, na verdade, quando não andamos de acordo com a Palavra, estamos andando por nós mesmos e não pela voz de Deus. A Palavra é fundamento sólido para o mover profético na Igreja. Toda prática mesmo que em parte vá de encontro com a Palavra de Deus é a base para heresia. Todas as grandes heresias na história da Igreja tiveram seu início não com grandes distorções, mas com pequenas práticas não fundamentadas na Palavra. Tenho ouvido relatos e tenho presenciado reuniões em que pessoas rugem como animais selvagens, outras miam como gatos, outros latem como cães, outros voam como águias e outros pulam como bezerros. Chamam isso de mover profético quando, na Palavra, vemos que é uma aberração para Deus, como diz em Romanos 1:22 e 23 – "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a Glória de Deus incorruptível em semelhança da imagem de homens corruptível bem como de aves, quadrúpedes e répteis."
E também em Isaías 35:8 e 9, falando sobre o caminho do Senhor, ele diz: "E ali haverá bom caminho, caminho que se chamará o Caminho Santo; o imundo não passará por ele, pois será somente para o seu povo, quem quer que por ele caminhe não errará, nem mesmo o louco, ali não haverá leão, animal feroz não passará por ele, nem se achará nele, mas os remidos andarão por ele."Se Deus quisesse que o homem agisse como animal, Ele o teria feito com tais capacidades. Mas Deus nos fez com lindas vozes para cantar, dar Glória a Deus e aleluia; nos fez com lágrimas, com mãos e pés com entendimento para discernirmos o que vem dEle e o que é modismo ou engano - e até mesmo doutrina de demônios. As manifestações e atos proféticos têm que ser guiados pelo Espírito Santo.
Jesus disse que nos enviaria o seu Santo Espírito para nos ensinar todas as coisas e, principalmente, a nos guiar profeticamente. Em Romanos 8:14 diz que "todos os que são guiados pelo Espírito Santo, estes são filhos de Deus." Paulo enfatiza em todo seu ensino o andar no Espírito, o viver uma vida em total submissão ao Espírito Santo. Quero, entretanto, enfatizar algo sobre a presença do Espírito em nosso meio. Ele sempre caminha e age de acordo com a Palavra de Deus. Exemplo: Tenho ouvido a expressão "este espírito e este mover em minha vida ou esta reunião são incontroláveis." Porém, a Palavra fala que o espírito do profeta está sujeito ao profeta. De modo que Deus não traz nenhum mover que seja irracional. Pelo contrário, a Palavra fala que o verdadeiro culto a Deus passa por nossa razão (Romanos 12:1), porque em nossa razão e em nossa vontade é onde o Espírito Santo age e atua. Quem gosta de fazer coisas irracionais é o diabo, que quer fazer com que homens e mulheres ajam como animais. Deus, porém, quer sempre fazer com que o homem se pareça com o Homem Perfeito que é Jesus, sempre guiado e controlado nas mínimas coisas pelo Espírito Santo. O irracional e incontrolável não pode ser guiado, não sente as nuances da pomba que é o Espírito; o irracional não é sensível nem acessível por Deus e pelos irmãos; se torna voltado para si mesmo e não edifica ninguém e, dificilmente gera uma experiências perene com o Senhor. As manifestações e atos proféticos têm de estar acompanhados e respaldados pelos outros ministérios instituídos por Deus na Igreja (Ef 4:11) Deus não quer nenhum ministério solitário. Ele não quer ninguém se movendo apenas como membro e não como corpo, como indivíduo e não como família. Muitos dos profetas atuais têm a tendência de serem homens solitários, como foram os profetas do Antigo Testamento e o próprio João Batista. Mas, na Igreja, é diferente. De acordo com Efésios 4:11 o ministério profético deve caminhar juntamente com os outros ministérios para edificação da Igreja. Mesmo quando fala do dom do Espírito de profetizar (1 Coríntios 12:10), ele está lá junto com outros dados também pelo Espírito a outras pessoas, ou até mesmo à mesma pessoa. Quando fala em buscar com zelo os melhores dons, há uma ordem hierárquica dada por Deus no que diz respeito ao aproveitamento para o corpo. Fala que, em primeiro lugar, Deus deu pra apóstolos e, em segundo, para profetas. Isso porque sabia o quanto muitos profetas têm a dificuldade de viver como corpo e querem ser membros isolados e, às vezes, incompreendidos. Quando, na verdade, o que Deus quer
é que todos os ministérios caminhem juntos para a edificação de todo o corpo. Os profetas têm de estar submissos às autoridades apostólicas constituídas na Igreja e precisam aprender a caminhar com elas, fazendo tudo para edificação em nível local e extra local. O mover e a visão profética não devem enaltecer pessoas e práticas externas O ministério profético tem que manter sua característica apostólica principal: existir unicamente para consolar, exortar e edificar (1 Coríntios 14:3). Qualquer prática ou ato profético que centralize ou enalteça pessoas estará absolutamente em desacordo com sua função bíblica. Uma ênfase de todo ministério que vive para a Glória de Deus é não chamar a atenção sobre si, e sim sempre apontar para o Pai. Hoje se fala muito de práticas proféticas que enfatizam demasiadamente estereótipos externos, com base mais no ministério profético do Antigo Testamento do que naquele exercido e ensinado pelos apóstolos. Com exceção de João Batista, que tinha uma maneira de vestir e comer bem diferente do comum da sua época - mas tinha sua pregação centrada no batismo e no arrependimento – e, na hora que apontou para Jesus, simplesmente disse que não era digno de desatar suas sandálias e saiu de cena até morrer por aquilo que pregava. Hoje, o ministério profético tende a trazer uma aura de espiritualidade que mais chama a atenção para quem o pratica do que para Deus. Atualmente, temos pessoas enaltecendo instrumentos inanimados e até mesmo maneira de vestir-se e portar-se, que não enfatizam a realidade desse precioso ministério que é dado por Deus para edificação da Igreja. Eu conheço alguns homens que são profetas em nossa geração com impacto mundial que nunca precisaram de estereótipos exteriores para manifestação poderosa da graça e glória de Deus sem precedentes. São homens que, na sua simplicidade mesmo sem Palavras, profetizam.
Asaph Borba
Adoração Viva!
Jesus disse à mulher samaritana que Deus busca adoradores (João 4.22-24). Fomos criados para adorar. Diante de Deus, que nos salvou de nosso estado de condenação, que está sempre conosco, apesar de sua glória e majestade, não podemos senão adorar. Mas não O adoramos pelo que Ele fez e faz. Nós O adoramos pelo que Ele é.
Qual é o significado da adoração?
Em hebraico, significa ajoelhar-se, dobrar-se diante do Senhor.
Em grego, significa aproximar-se dele e beijar a Sua mão.
Em outras palavras, é entregar-nos e dar tudo a Ele.
Deus deseja que declaremos que Ele é Deus e que só Ele o é. Na oração que o Senhor nos ensinou, dizemos: "santificado seja o teu nome" (Mateus 6.9b), isto é, teu nome seja separado como especial, majestoso, incomparável, santo. Só o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo pode ser chamado de "Deus". Hoje se tornou um nome comum e geral: deus. Mas um dia será específico e santo. Somente Jeová será assim chamado. Satanás teme a adoração do Senhor, porque ele pretende ser adorado. Uma das revelações especiais ocorridas durante a tentação de Jesus no deserto, foi sobre a intenção de Satanás e a forte resposta de Jesus, citando Deuteronômio 6.13: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto" (Mateus 4.10).
Conhecer a Deus como Pai é estabelecer um relacionamento pessoal, mas conhecê-Lo como Deus é reconhecer Seu lugar exaltado, único em todo o universo.
Adorar é, pois, reconhecer que Ele é Deus, o único Deus, e que eu sou um homem apenas, criatura dEle. Quando O reconheço como o Pai sou salvo e erguido à Sua presença como filho. Quando O reconheço como Deus, caio humildemente aos Seus pés e O adoro. Como diz o salmista: "Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade" (Salmo 29.2). Ler com atenção o salmo 5.7.
Na verdadeira adoração ("em espírito e em verdade"), nós ficamos na nossa posição e Deus na dEle. Nós temos limites, Deus não tem.
Mas aquele que não o conhece como Pai, não pode conhecê-Lo como Deus. Os adoradores O adoram "em espírito", são salvos, seu espírito saiu das trevas. Mas também O adoram "em verdade". Ficamos emocionados na adoração, mas isto não é o que Jesus diz ser "em verdade". Mesmo se usamos bons pensamentos na adoração, ainda isto não é "em verdade". Adorá-Lo "em verdade" significa conhecer os Seus caminhos e andar com Ele. Aí amamos os Seus caminhos e O amamos.
Que é adorar a Deus? É: "curvo-me diante de ti e amo os teus caminhos". Exemplo extraordinário de adoração nos é dado por Jó. Quando vieram anunciar-lhe a morte dos seus filhos, disse Jó: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor" (Jó 1.21). A atitude de Jó aí descrita é: "Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou" (Jó 1.20).
A adoração e o louvor colocam-nos num nível alto, de triunfo. Quando oramos, ainda estamos em nosso ambiente; quando adoramos, somos erguidos acima de nosso ambiente, com suas dificuldades e limitações. Na adoração, Deus nos ergue acima dos limites, acima da vergonha, acima das frustrações e sofrimentos. O que a oração não puder fazer, a adoração e o louvor o farão. Ore, quando e quanto puder, mas louve e adore, quando não puder orar.
Devemos atentar cuidadosamente para o fato de que na adoração, na contemplação do Senhor é que está o segredo de nossa transformação à sua imagem: "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2Coríntios 3.18).
A adoração, além de ser o que Deus busca, que recurso maravilhoso é para a vida cristã! Aleluia!
Moises C. Moraes
Adoradores injustiçados!
Tiago 1.2-4: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes".
Tenho recebido dezenas de e-mails desesperados. São testemunhos estarrecedores, histórias simplesmente inacreditáveis acontecendo no seio da Igreja. A maioria das mensagens destes e-mails clamam por uma só coisa: justiça, a qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente uns com os outros. Alguns adoradores estão clamando por justiça? Que justiça é esta?
Uns clamam por justiça porque seu pastor não dá liberdade na hora do louvor congregacional, outros estão magoados com o líder de ministério por causa da sua dureza ou falta de caráter, outros clamam por santidade e compromisso com Deus: "Irmão Ramon, aqui em minha igreja ninguém quer compromisso com Deus, ninguém ora, lê a Bíblia ou participa assiduamente das reuniões. O louvor não está fluindo, o baterista está saindo da igreja, o grupo de louvor está um caos!!!". Outros desabafam: "Irmão, a minha igreja não investe em equipamento e não valoriza os membros do ministério e o pior, a filha do pastor está cantando no meu lugar. Não agüento mais o nepotismo". Outros "injustiçados" bradam: "Em nosso grupo de louvor não há respeito, não há liderança. O meu talento e o meu chamado estão sendo prejudicados... acho que estou perdendo meu ministério. Pessoas sem talento algum (diga-se, desafinadas) estão fazendo parte da equipe. Não suporto mais a falsidade e as perseguições que ando sofrendo". "Irmão Ramon, você poderia orar por mim porque estou sendo injustiçado?".
Não! Com certeza não vou orar para que Deus te livre das lutas e das "injustiças" que você está sofrendo, meu irmão. É melhor que você peça a Deus forças para suportar todas as dificuldades e ainda possa perguntar: "Como eu posso crescer ao enfrentar este problema?", "O que eu posso aprender com as coisas que eu ainda não entendo? O que eu posso aprender com o tradicionalismo do meu pastor? O que eu posso aprender com a desorganização do grupo de louvor? O que eu posso aprender com a falta de compromisso de meus companheiros? O que posso aprender com as perseguições que ando sofrendo?". Veja bem o que diz a Bíblia:
Rm 5.3-4: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança".
É interessante como a Bíblia nos leva a enxergar as lutas e provações de um outro ângulo. As Escrituras não nos levam a considerar as dificuldades um mal, mas um caminho para o crescimento espiritual, para níveis mais profundos na adoração. A murmuração e o desânimo acabam quando enxergamos as lutas como a Bíblia enxerga, tanto tentações malignas (serrote = nos leva para baixo) como provações de Deus (escada = nos leva para cima); as tribulações produzem perseverança. Desta forma, os adoradores entenderão que ao invés de clamarem por justiça, bradarão: "Senhor, dá-me forças porque quero ser provado! Quero ser experimentado! Quero crescer! Quero me tornar mais maduro!". E as orações ignorantes cessarão: "Senhor, castiga o fariseu do meu pastor... revela a igreja que eu estou certo, que meu líder está errado, envergonha ele meu Deus, não tenhas misericórdia, por tu és o Deus da justiça"!
Atos 14.20: "fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus".
Meu irmão, sei que você pode estar sofrendo terrivelmente neste momento por algo que está acontecendo na tua igreja. Isto pode estar te trazendo tristeza momentânea, mas saiba que há um lado bom nisso tudo. É isto que a Bíblia quer te mostrar! Quando você passar por isso você estará mais maduro na fé, estará mais experimentado, crescido espiritualmente, e será um adorador num nível cada vez mais profundo. Uma vez ouvi de Bob Fitts que o verdadeiro adorador é provado nas situações difíceis, nas lutas, nas provações permitidas por Deus. Por experiência vivida posso afirmar que isso é verdade. Hoje glorifico a Deus porque não sou mais uma criança espiritual. Tenho aprendido a agrada-Lo cada dia mais e a ser um adorador em níveis cada vez mais profundos... por quê? Tenho aprendido a me alegrar nas tribulações... elas vão gerar em mim esperança e fé no Senhor! Todas as dificuldades que enfrentei no ministério de música de minha igreja me fizeram muito bem... hoje posso ver claramente isso, bem como Abraão pode enxergar muitas coisas após ser provado por Deus no Monte Moriá. As lutas que enfrentamos hoje podem nos fazer adoradores melhores amanhã (Fp 3.13,14)!!!
Então aqui vai uma réplica para vocês que têm me pedido para orar por justiça: eu não vou orar por justiça! Vou orar para que Deus vos fortaleça nas tribulações... vou orar para que haja crescimento espiritual e os adoradores possam caminhar por lugares mais altos, através das provações. Como Jesus, oro: "Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal..." (João 17:15). Deus, não nos tire as provações, mas use-as para nos fazer melhores cristãos...
Ramon Tessmann
Adorando a Deus
Uma das mais lindas palavras, com um significado tão nobre e maravilhoso, a adoração faz parte das primeiras expressões que formam o novo vocabulário e vida do discípulo. Ela é alvo de nossa profunda busca, e sempre reconhecemos que podemos ir mais além, "mergulhar" nas águas profundas do Espírito.Conversando certa vez com nosso amado Daniel Souza, ele me disse algo que já estava em meu coração, mas, sem dúvida alguma, me trouxe uma clareza bem maior sobre o processo da adoração em nossas vidas: ADORAÇÃO É UMA REAÇÃO!Refletindo sobre isso, compartilho alguns aspectos importantes que refletem na vida de um verdadeiro adorador.Somente adoram a Deus, homens submissos. Sem submissão, ninguém pode adorar a Deus! Para Deus, é realmente importante a nossa decisão de submissão. Desde o começo fomos criados com esse objetivo. Antes da queda do homem, em Gênesis cap. 1, este tinha um posicionamento natural de submissão a Deus. Depois da queda porém, essa decisão não é refletida naturalmente em nossas vidas. Quando entregamos nossas vidas a Jesus, quando Ele passa a ser o Senhor, retornamos para a vontade de Deus. Para o Seu governo. É por isso que chamamos Jesus de "Senhor". Para Deus isto importa tanto, que Jesus foi enfático para aqueles que dizem o conhecer, mas não o obedecem, conforme Lucas 6:46: "Por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando"? Temos exemplos na Bíblia de homens que foram obedientes e de homens que não foram. Um dos mais lembrados por todos nós foi o de Saul. Saul foi o primeiro rei de Israel. Em 1º Samuel 11:6, a palavra diz que o Espírito de Deus se apossou de Saul.Ele tinha, portanto, todas as condições não somente para ser um rei bem sucedido, mas para ser um amigo de Deus. Que cooperador de Deus teria sido Saul! Ele foi o primeiro rei da história de Israel! No entanto, em algum momento, sua "visão" de reino, não foi a visão que Deus havia orientado. Deus não pode levar o seu projeto adiante com pessoas que não o obedecem. Ou que julgam o que é certo ou errado. No caso, foi o modo como procedeu Saul, cf. 1º Sm. 13:11-12. E eu e você? Como estamos na avaliação de Deus? Andando em obediência, ou "sugerindo" a Deus a maneira como devemos andar? Espero, sinceramente, que estejamos nos submetendo completamente a Ele, porque se não estamos vivendo essa realidade, estamos vivendo apenas uma vida religiosa, e não o compromisso pelo qual fomos chamados por Deus."Porque dele, por meio dele, e para ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém!" Rm. 11:36
Cada um de nós tem diante de si situações que apontam para uma decisão. E é aí que se expressa a adoração na prática. Não somente com nossos salmos, cânticos e palavras. Ainda sobre submissão a Deus, vimos ante um exemplo de alguém (Saul) que não honrou o chamado de Deus, não submeteu-se.Cada um de nós tem diante de si situações que apontam para uma decisão. E é aí que se expressa a adoração na prática. Não somente com nossos salmos, cânticos e palavras. Mas (e principalmente) com o nosso firme posicionamento em descansar na vontade de Deus. É esta atitude que vai fazer refletir em nós a verdadeira adoração.Já que estamos analisando o livro de 1º Samuel, não poderíamos deixar de observar a vida de Davi. Afinal de contas, este é aquele de que a Bíblia diz "um homem segundo o coração de Deus".A razão para que Davi tenha sido considerado assim, é que ele conhecia e REconhecia a autoridade de Deus. Ele entendia que todas as coisas estavam sob o controle de Deus. Davi faz diversas menções sobre isso: "Teu Senhor é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque Teu é tudo quanto há no céu e na terra; Teu Senhor é o reino e Tu te exaltaste por chefe SOBRE todos." 1 Cr. 29:11Que rei era Davi! um rei que buscava em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e que reconhece que tudo pertence a Deus. Trazendo para a nossa realidade, toda a nossa esfera de atuação deve ser completamente submetida a Deus. Família, o meu "EU", trabalho, estudos, ministérios, tudo isto centralizado em Deus! Ele é quem sabe e toma as devidas decisões. Não tomamos nenhuma decisão sem a autorização de Deus. Fomos chamados a viver este padrão de vida. Quando nos deixamos reinar, quando isso é o alvo do nosso coração, aí surge a reação! Aí fluirão de nossas vidas salmos de louvor, como os que fluíram da vida de Davi!Hoje em dia, homens e mulheres tem sido levantados por Deus para levar a bandeira da Sua adoração. Sendo assim, é necessário que cada um de nós, discípulos de Jesus, que recebem esse chamado, seja exemplo de submissão a Deus, através do reinado de Jesus. Do contrário, estaremos com o foco errado. Estaremos buscando o "fogo" de Deus sem deixar que esse fogo, que é a presença do Espírito Santo tome o devido e real lugar em nossos corações. Estaremos "coando mosquitos e engolindo camelos". Nos preocupando com rituais e não com a verdadeira mudança de Deus em nossas vidas através do Seu governo.Todos nós que somos discípulos de Jesus não nos deixemos levar por nenhuma direção que não se volte para o Senhorio de Cristo em nossas vidas! Não deixemos o pecado fazer parte de nosso cotidiano porque muitos o tem aceito! E isto subirá como aroma suave a Deus! É verdadeira adoração. E assim, vamos cooperar com Senhor Jesus para que outros sejam impactados com o Seu Senhorio também."Eu amo os que me amam. Os que me procuram me encontram" Pv.8.17
Os adoradores são íntimos de Deus!Ninguém consegue expressar um amor muito profundo por alguém que não conhece ou não ouviu falar. Podemos até, por fruto do Senhor Jesus em nós, refletir para as pessoas que não conhecemos amor, mas não será como expressamos para aqueles que convivem conosco.Se eu, ao conhecer uma pessoa, conversar por breves cinco minutos com ela, terei mais liberdade e haverá uma possibilidade muito maior de expressar o meu amor por ela.Acontece que nestes cinco minutos, ainda que cinco minutos, eu me tornarei mais ÍNTIMO desta pessoa. Uma vez, fui a um programa de rádio para anunciar o programa que eu começaria a fazer. O radialista daquele programa não me conhecia, mas durante meia hora intercalada por cânticos, conversamos. No final de seu programa, ele disse aos ouvintes: "Então, a partir de tal data e tal horário, o Samir, este irmão que já aprendi a amar, terá o seu programa..."O que aconteceu? Aquela meia hora foi tempo suficiente para que nós nos conhecêssemos e, de antes desconhecidos, agora já estávamos simpaticamente contando com a amizade um do outro.A adoração a Deus, da mesma forma, vai se manifestar em nossas vidas, de acordo com a intensidade que zelamos pela intimidade com Deus. Se buscamos pouco, pouco refletirá adoração em nós. Se buscamos muito, certamente conheceremos mais ao nosso Deus. A Sua palavra nos diz: ..."os que me procuram me encontram." Pv. 8.17 . Às vezes, há uma confusão, porque algumas pessoas pensam que à partir da nossa conversão nossa intimidade com Deus já é plena e suficiente. De fato, quando nos convertemos a Cristo, automaticamente temos comunhão com Deus. Mas intimidade é fruto do quanto queremos conhecer, ouvir, saber, aprender de Deus. Se eu ler a palavra, lá Deus irá se revelar a mim. Se eu orar e perseverar nessa atitude, estarei mais sensível à Sua voz. É um processo, sem dúvida, natural.Dos doze discípulos de Jesus, um se destacava na intimidade com o Senhor. Este era João. Ele era tão íntimo do Senhor, que inclinava a cabeça no peito do Mestre para O ouvir(Jo. 13.25 e 21.20). Acredito que o Senhor não orientava aos seus discípulos a fazerem isto. Esta era uma atitude de João! Por outro lado, sempre que Jesus ia a algum lugar e não iam todos os seus discípulos, em geral três o acompanhavam: Pedro, Tiago e JOÃO. Portanto, intimidade com Deus é fruto prático na vida de uma pessoa. Quem se direciona até Deus, acaba conhecendo mais a Deus, mais DE Deus. E quem O conhece mais O ama mais por vê-Lo como Ele realmente é. A pessoa que assim anda, acaba se rendendo completamente a Ele e se deixando reinar por Cristo. A adoração então, fluirá.Com qual dos doze discípulos de Jesus queremos ser parecidos no que diz respeito a intimidade com o Senhor Jesus? Samir Machado
Dicas ao dirigentes de louvor
É com grande alegria que observamos líderes, pastores e ministros de música tendo uma grande sede por desenvolver o seu talento na obra de Deus, que é a direção do louvor congregacional. Para a glória de Deus já encontramos farto material que tratam deste tema. Infelizmente, nem sempre foi assim. A verdade é que apenas de alguns anos para cá é que estudos tratando especificamente deste assunto vem se tornando populares. A razão disto talvez foi a falta de importância que muitas igrejas davam aos seus dirigentes ou devido à recente explosão da música cristã, pegando muitas comunidades de surpresa. De qualquer forma, deixo registrado este artigo como uma fonte de dicas que auxiliarão o amado leitor na direção do louvor congregacional.
Vamos as dicas!
Bem, o primeiro tópico que quero tratar é a questão da transmissão de segurança. O dirigente de louvor deve saber transmitir segurança aos irmãos enquanto conduz. Por esta razão devem ser evitados o nervosismo, a voz tremida, o semblante amedrontado, as falas decoradas, etc. Seja natural! Se isto for difícil a você, te aconselho a ler livros sobre o assunto (falar em público) ou começar a dirigir reuniões com menor número de pessoas, como estudos bíblicos, grupos de jovens, cultos de semana etc. É claro que muita gente exigirá tempo para perder o nervosismo, mas de qualquer maneira valerão as dicas acima.
Outro ponto a ser tratado é a questão da técnica musical. O dirigente de louvor congregacional deve ter mínimo de musicalidade para não cantar desafinado, nem descompassar os músicos e a igreja. Acho ótimo que um ministro de música saiba tocar pelo menos um instrumento. Isto melhorará em muito a sua percepção musical e o seu metrônomo "interno". É realmente difícil estar na direção do louvor sem pelo menos saber entrar na música, manter-se na afinação, cantar dentro do ritmo, etc. A solução para este problema é obviamente o estudo da teoria e prática musical, com exercícios para aperfeiçoar a voz e o ouvido.
Um tópico que não deve ser deixado de ser tratado é a preparação na Palavra. O dirigente de louvor deve saber pregar tanto na forma cantada como na falada. Se você já está envolvido nesta área a algum tempo, já deve saber que a direção do louvor exigirá um bom conhecimento bíblico. Julgo este tópico essencial, e que deve ser olhado com muito cuidado para que ninguém caia no erro de falar ou cantar doutrinas erradas. A Palavra de Deus deve ser a base para tudo.
A questão da expressão do dirigente também deve ser colocada em pauta. É bom que o dirigente de louvor resplandeça alegria, simpatia, amor, paz, etc. Muitas vezes já participei de reuniões em que o dirigente cantou com a "cara fechada", e pareceu-me que ele deveria estar irado com alguma coisa. Isto me prejudicava e também prejudicava a igreja enquanto louvávamos a Deus. Muitas vezes também já participei de reuniões onde o dirigente estava com o semblante caído, demonstrado estar abatido e cansado. Isto fazia com que muitas pessoas desanimassem também. Costumo dizer que o dirigente deve expressar o que a música está transmitindo. Se é alegria, se é paz, se é unidade, se é guerra etc., depende da ocasião e do cântico.
É necessário também que o dirigente de louvor saiba desvincular a direção do louvor das pessoas ao seu redor. Às vezes observamos pessoas dirigindo o período de louvor congregacional com medo do pastor, de outros líderes, de outros dirigentes, como se eles fossem avaliar o seu serviço. Muitos ainda pensam que o sucesso do louvor dependerá das autoridades presentes, ou do avaliar dos outros irmãos. Saiba que a direção do louvor congregacional dependerá de ti e do Senhor, e da comunhão entre ambos. Não centralize suas atenções nas pessoas. Você deve estar ciente de que o louvor é para o Senhor e só. Mesmo quando você está falando às pessoas, você está fazendo isto por Ele e para Ele.
Uma questão que também deve ser estudada é a crítica. Toda pessoa que está em frente a uma platéia está sujeita a críticas. O dirigente de louvor deve saber filtrar as críticas construtivas e aprender a consertar os erros que comete sem perceber. Como experiência própria, várias vezes já fui exortado pela minha família quando errava na direção do louvor congregacional. Muitas destas críticas foram bênção em minha vida. Erros como falar demais, falar de menos, cantar demais, expressão e semblantes caídos, volume do som, desorganização, etc., são as falhas mais comentadas. Os dirigentes devem estar preparados para ouvi-las constantemente e aprender aceitar os seus erros. Nunca se esqueça: "Nenhum dirigente de louvor é perfeito e um pouco de humildade não faz mal a ninguém"!
Ramon Tessmann
Equipe de Louvor, ouçam!
A alguns meses senti o desejo de estudar os principais problemas enfrentados por uma equipe de louvor, disponibilizando soluções e palavras de ânimo aos meus amados irmãos. Foi com esta motivação que decidi escrever este artigo, sem a pretensão de ser a palavra final no assunto. Mas por favor leia o que eu tenho a dizer a você!
Uma das coisas que o Diabo mais tem raiva é ver o nosso Senhor recebendo louvor e adoração. Realmente, ele não gosta ao ver os filhos de Deus se prostrando, cantando, batendo palmas, sorrindo, tendo unidade, erguendo as mãos, fazendo gestos e além de tudo, prestando adoração a Deus! Uma das coisas que ele pediu que Jesus fizesse foi "...se prostrado me adorares...".
É por esta razão que muitas lutas e tribulações batem a porta de uma "equipe de louvor", pois os músicos cristãos são separados para propiciar estes momentos de adoração e louvor direto a Deus, nos cultos. Os músicos são unicamente separados para dirigir o povo no período de louvor congregacional. Assim, o Diabo tenta muitas vezes fazer um caos dentro de um grupo. Ele põe empecilhos, traz desânimo, cria pequenas confusões, tudo para haja um mal relacionamento entre os membros do ministério e conseqüentemente afetar o período de louvor e adoração congregacional. Querido leitor, preste atenção nas explicações abaixo:
Alguns problemas e soluções
Pecado - Um grave problema é haver pecado oculto dentro do grupo de louvor. Seja ele mágoa, rancor, raiz de amargura, pecado não confessado, etc. Quem está nesta situação corre o risco de ser acusado pelo Diabo e estar com a consciência pesada, além de prejudicar também o restante do grupo. Solução: Tudo deve ser confessado: seja ao irmão ou seja a Deus! É importante não deixar o pecado criar raiz dentro do coração para não haver piores conseqüências. Todos devem ter humildade para reconhecer que erraram diante de Deus, e se for necessário, diante do grupo!
Corações que precisam ser transformados - Já encontrei vários músicos que reclamaram de seus companheiros de grupo dizendo: "Fulano de tal não é convertido" , "o nosso baterista só quer saber de bateria" , "o nosso guitarrista não tem coração de adorador". Solução: Primeiramente, você tem que aprender a agradecer a Deus por aqueles músicos que Ele tem te dado. Depois você tem que aprender a orar por eles, ao invés de ficar reclamando! Você sempre deve lembrar: Uns adquirem maturidade espiritual mais cedo, e outros mais tarde. Aí é que entra a paciência e o esperar em Deus...
Tradicionalismo - O tradicionalismo tem sido um grande problema para muitas equipes de louvor, assim como já foi para a nossa. Ex: em nossa igreja já tivemos preconceitos contra a instrumentos (bateria), estilos musicais, expressões de louvor (como palmas e gestos), etc. O tradicionalismo nos faz, muitas vezes, seguirmos à risca ritos e práticas nunca encontrados na Bíblia, mas que são seguidos para honrar e lembrar da tradição e não de DEUS! Solução: Nestes casos, a equipe de louvor deve esperar pacientemente no Senhor, orando e jejuando, para que Deus liberte sua igreja de todo preconceito, ritos e práticas que não são bíblicos, assim como idéias e pensamentos sem fundamento!
Falta de músicos - muitos irmãos desanimam ao ver que um músico de sua equipe saiu da igreja, se "desviou", ou largou o ministério de música. Bem, esta é a fase que eu chamo de "deserto" e é difícil de explicar em poucas palavras. Ás vezes, Deus permite que enfrentemos um deserto em nosso grupo, para que Ele veja até aonde vai nossa fé e perseverança, assim como fez com Abraão e Jó. Para sermos ungidos temos que aprender a pagar o preço. E foi exatamente isto que aconteceu com o pessoal do Ministério Vida Nova, que passou por períodos delicados, mas Deus foi fiel, e foi acrescentando, acrescentando,... Solução: Nunca desanime! Lembre-se que, muitas vezes Deus permite que nós passemos pelo deserto, assim como fez com Abraão e Isaque, Daniel na cova dos leões, O povo hebreu no deserto, Davi e Saul, e todos os outros. "Não se constrói uma equipe de louvor abençoada sem sofrimento, sem luta!".
Atrito - É comum encontrarmos por aí, músicos com o coração cheio de orgulho, soberba e inveja, não mantendo um bom relacionamento com o restante do seu grupo. Não é difícil ouvirmos: "Eu toco melhor do que você", "Era eu que deveria ter cantado hoje", "Você está apenas aprendendo", etc. Uma equipe que não vive em comunhão, não pode cantar comunhão!!! Acho importante ressaltar que a nossa língua tem poder para destruir um grupo, portanto, cuidado com as fofocas, mentiras, falatórios, etc. Solução: Trate seus irmãos como se eles fossem mais do que você. Elogie o seu companheiro de grupo, dizendo: "Você é um sacerdote de Deus", "Deus te separou para esta obra", "Você é uma bênção!", etc. Não dê brecha para o inimigo atuar na área do relacionamento dentro do seu grupo. Exorte os seus companheiros quando eles tiverem cometendo algum erro contra o próximo, e igualmente aprenda a honrá-los como filhos de Deus!
Insubmissão - Um dos erros fatais dentro de uma equipe é a insubmissão ao "líder de louvor" ou até mesmo ao Pastor, o que acaba se transformando em rebeldia. Bem, não temos muito o que comentar sobre este item, é só ler a Palavra de Deus para observarmos que Deus se agrada de coração submisso. Solução: o líder de louvor deve pedir direção a Deus para tratar da ovelha insubmissa com amor e muitas vezes com dureza! É como diz a Bíblia: "Obedeceis os vossos mestres...". Muitas vezes o músico insubmisso pode até ficar um tempo sem tocar ou cantar (em disciplina), até entender que deve obedecer uma autoridade estipulada por Deus!
Conclusão
Espero que você tenha aprendido um pouquinho mais sobre este tema. Não esqueça que Deus é fiel, e nunca desanime. Apesar de todas as lutas e problemas, trabalhar com Ministério de música é uma honra, pois estamos levando pessoas a adorarem a Deus... e isto é a sua vontade!
Ramon Tessmann
Ministrando a Deus ou aos homens?
"...servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens..." (Efésios 6:7).
As dificuldades que um dirigente de louvor confronta enquanto está conduzindo o povo na adoração congregacional são inúmeras. Dentre as mais corriqueiras e mais discutidas entre os líderes e dirigentes está a excessiva preocupação com a aprovação e agrado dos homens no que diz respeito a sua performance. Na verdade, alguns expõem que a dificuldade está no fato de que nos prendemos demais naquilo que nossos olhos enxergam (o povo, o homem) e esquecemos de adorar "em espírito e em verdade" (ou seja, não dirigimos o louvor a Deus, mas ao povo).
Percebo que muitos dirigentes estão com o coração aflito por causa deste problema. Eles estão com a consciência pesada pois sabem que durante o culto se esquecem (involuntariamente) dAquele que deveria ser o centro de todas as atenções. Alguns já me confessaram totalmente contristados: "Irmão, me ajuda porque eu não consigo me concentrar em Deus, estou muito preocupado com as pessoas!".
Há algum tempo atrás enfrentei este problema. Sentia-me culpado porque media o sucesso da minha direção na resposta, no "feedback" da igreja. Se eu percebia que o louvor estava fluindo e os irmãos estavam cantando conosco com toda a avidez então concluía que Deus estava "aceitando" a adoração. Se nalgum dia a igreja não estivesse disposta a cantar, então era porque Deus não queria ser louvado, não era dia de louvor, ou seja, os ares espirituais estavam muito tenebrosos (que triste conclusão!).
É um erro pensar que as músicas que agradam as pessoas, são as mesmas músicas que agradam a Deus e são as mesmas que Ele quer ouvir no mesmo momento em que as pessoas querem ouvir. Às vezes, pecamos ao pensar que Deus é apenas mais um na platéia, que a opinião de Deus tem o mesmo peso que a opinião do irmão José. A voz do povo não é a voz de Deus! O povo é o povo e Deus é Deus!
Muitas vezes já falei coisas durante o culto que desagradaram a homens, mas agradaram a Deus. Por outro lado, já falei palavras e cantei músicas para agradar a homens e acabei desagradando a Deus (e por isso me arrependo profundamente). Alguém poderia perguntar: "Então quer dizer que só tenho que cantar e ministrar palavras que desagradam os homens, para agradar a Deus?". Naturalmente, não. Haverá momentos que o que Deus quer falar vai agradar os homens, vai levar o povo à presença dEle. E aí haverá a tão desejada fluência no louvor, porque a vontade de Deus vai ser valorizada, vai ter peso. Já foi dito: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10).
O que quero trazer à luz neste artigo é que os dirigentes de louvor devem estar mais preocupados com Deus e sua vontade do que com o que o povo vai pensar ou falar de sua performance. Assim os dirigentes podem ficar mais descansados e em paz, pois fazer a vontade de Deus é infinitamente melhor do que fazer a vontade dos homens. Prefiro ser avaliado e julgado por Deus do que pelos homens. Então, meu irmão, descanse em Deus e se preocupe em ministrar a Ele. Deus é misericordioso, já o povo não tem piedade (Marcos 15:14). Procure agradar a Deus. Quanto aos homens... bem, prepare-se... algumas vezes haverá críticas, insatisfação, desagrados, julgamentos e condenações. Quanto a Deus... Ele estará sorrindo para você! Ramon Tessmann
A maior expressão de adoração
Nas expressões de adoração que utilizamos em nossos cultos coletivos para, como igreja, exaltarmos ao nosso Deus, encontramos a possível exteriorização dos nossos sentimentos para com a pessoa de Deus, assim como do nosso entendimento de quem Ele realmente é. Quando introduzo a palavra "possível", é porque pode-se praticar uma expressão de adoração a Deus quando o sentimento real do coração não é este. Aliás, isso foi muito combatido pelo Senhor Jesus em relação aos escribas e fariseus, chamando-os de hipócritas. Pode-se também praticar qualquer das expressões sem o entendimento devido do seu significado, a exemplo daqueles que sofrem do efeito 'macaco-papagaio', ou seja, gesticulam meramente imitando e falam meramente repetindo. Na passagem mais preciosa do novo testamento sobre adoração, Jesus nos ensina o resumo dos elementos que devem estar presentes na nossa adoração cotidiana: "em espírito e em verdade". Tentando traduzir melhor, sentimento e entendimento. É interessante notar também que tal ensino não acontece na sinagoga e sim à beira de um poço, e que, quem está por lá não são os "do clero" e sim uma mulher da escória da sociedade da época, trazendo-nos a idéia de que o ensino do capítulo 4 do evangelho de João tem a ver com algo que é para o dia-a-dia, o cotidiano das pessoas comuns, inclusive o clero.E é essa adoração em tudo o que fazemos, seja comer, beber ou qualquer outro fazer que irá inspirar e motivar a nossa adoração coletiva, fruto de um conjunto de experiências pessoais vividas com o Senhor Jesus e de um conhecimento cada vez mais racional de quem Ele é. Tudo isso deve estar fazendo parte não de um equilíbrio, que para acontecer exige a retirada de partes, mas de uma temperança, que aglutina todos os temperos em uma só panela. Muitas das expressões de adoração estão mencionadas na Bíblia, tais como, o cantar, o acompanhamento de instrumentos musicais, o erguer das mãos, gritos de júbilo, o ofertar, o aplaudir, a oração, o prostrar-se, o dançar. Isso não significa que todas tenham de acontecer em um mesmo momento. Também não significa que a exemplo de uma receita de bolo onde a falta de um ingrediente afeta o resultado final, algumas das expressões não possam deixar de ser utilizadas no culto. Há também a questão cultural, que varia no tempo e no espaço. No nosso próprio contexto de Brasil há muito pouco tempo a dança, assim como alguns instrumentos musicais não eram aceitos nos momentos de culto e hoje o são, porém, ainda há os casos de comunidades possuírem um contexto cultural diferenciado, o que deve ser respeitado. Há aquelas expressões de adoração que apesar de não mencionadas na Bíblia, são aceitas em determinados contextos como possível exteriorização de um sentimento genuíno. É o caso, por exemplo, do assovio, utilizado normalmente juntamente com aplausos em momentos de euforia na celebração. É claro que qualquer das expressões de adoração, dentre as mencionadas na Bíblia ou não, têm que ser exercitadas com ordem e decência. Mas os nossos conceitos sobre ordem e decência também podem divergir, e aí? Tudo isso pode gerar muita confusão e divisão se não encararmos como pertinente às nossas culturas, que, repito, variam no tempo e no espaço, seja de país para país, ou de comunidade para comunidade. Mas será que assovios podem ser considerados como expressões de adoração e aceitos em nossos cultos? Será que pulos ao ritmo das músicas o são? É certo que cada um de nós possui uma história singular, equações de características temperamentais diversas, preferências e reações as mais variadas, inclusive em relação ao momento de vida. Glória a Deus por isso! É como uma torcida de futebol, todos torcem pelo mesmo time, mas reagem de formas diferenciadas ao externar a sua alegria no momento do gol. O nosso Criador, além de extremamente criativo, é aquele que conhece os corações, os sentimentos e as motivações. Creio que tais questões fazem parte daquelas discutíveis entre os cristãos e mencionadas pelo apóstolo Paulo em Romanos 14, na época se comer carne sacrificada a ídolos ou não, se deviam guardar dias especiais para adorar a Deus ou não, hoje, se devemos expressar adoração de tal forma ou não, dentre tantas outras discussões. Há bem pouco tempo discutíamos sobre o uso da bateria nos 'templos', ou de aplausos em certas reuniões, ou sobre o reconhecimento da dança como expressão de adoração. E talvez tais discussões ainda estejam bem presentes no nosso meio. O fato é que continuamos discutindo e, possivelmente, em nome de uma autêntica expressão de adoração, deixando de adorar a Deus com a maior das expressões que pode existir, o amor. Quantas vezes ao longo da história as discussões tornaram-se mais importantes do que os seus próprios debatedores, gerando pontos de vista firmados, porém relacionamentos quebrados. Pensar em expressar adoração a Deus não pode apenas envolver uma verticalidade egoísta e sim o acréscimo de um sentido horizontal na direção do irmão. Paulo inicia o capítulo 14 de Romanos orientando-nos a acolher o irmão, mesmo não tendo ele a nossa opinião, e conclui o assunto no capítulo 15 dizendo: "Portanto, aceitem uns aos outros para a glória de Deus, assim como Cristo aceitou vocês..." Se continuarmos o texto veremos que o objetivo final era, a exemplo de Cristo, que se tornou servo dos judeus, "para fazer com que os não judeus louvassem a Deus pela sua bondade", que partamos em direção do nosso irmão que pensa igual ou diferente seja qual for a temática, inclusive a forma de louvar, com o intuito de que a grandeza de Deus seja vista, ou seja, para a glória de Deus. Quando vislumbramos a grandeza de Deus não há como não adorá-Lo. Assim acontece quando contemplamos os céus, que sem palavras exibe Sua grandeza. Assim pode acontecer conosco se, além de expressarmos louvor a Deus talvez cantando, tocando, erguendo as mãos, gritando, ofertando, aplaudindo, orando, prostrando, dançando, ou mesmo pulando ou assoviando, simplesmente amarmos. Celso, filósofo romano anticristão do segundo século, teve de admitir relutantemente: "Veja como se amam esses cristãos". Além de um testemunho para os que não conhecem a Cristo, amar implica numa decisão. Assim como no relacionamento entre marido e mulher podemos decidir edificar ou manipular, o mesmo acontece em relação ao nosso irmão. A Bíblia nos ensina que os dons existem para a edificação da igreja. Mas quem é a igreja, senão o nosso irmão? E servir à igreja é abençoar ao irmão, mais do que a instituições, ou mais do que a nós mesmos, fazendo com que ele cresça inclusive na fé, edificando-o.
Lembremo-nos que pela existência do nosso querido ou não tão querido irmão está também a nossa possibilidade de exercer de fato uma verdadeira adoração. E já que dentre todos os seres criados pelo próprio Deus para a Sua adoração, o ser humano é o único a quem foi dada a condição de fazê-lo com intencionalidade, podemos decidir, tanto eu quanto você, ter como meta expressar uma genuína adoração a Deus, decidindo amar ao nosso irmão. Como podemos amar a Deus a quem não vemos, se não amamos àquele a quem vemos? Da mesma forma, como celebrar a quem não vemos se...
Augusto Guedes
Música: O Oscar vai para...
"O único ministro de música a quem o Senhor dirá 'Muito bem, servo bom e fiel', é aquele cuja vida comprove o que a letra de suas músicas diz, e para quem a música era a parte menos importante de suas vidas. Glorificar o único que é digno precisa ser o alvo mais importante do ministro!" Keith Green.
Alguns dias atrás, recebi um e-mail pedindo para que eu votasse em um determinado cantor que estaria concorrendo a um prêmio de música evangélica. A princípio, achei muito legal, afinal que bom sermos reconhecidos pelo nosso trabalho, que bacana termos uma divulgação maior das músicas evangélicas! Como seria válido colhermos o fruto de nosso "penoso trabalho" produzido em estúdios ou gravado ao vivo pelo país afora!
Após me deliciar com pensamentos de reconhecimento e glória humanos, comecei a refletir no assunto e, de repente, o Espírito Santo começou a ministrar ao meu coração e a falar à minha mente, dizendo: Como é que homens, com suas boas intenções, podem julgar e até dar nota de classificação ao trabalho do Espírito Santo?
Como poderia o Espírito Santo ser avaliado pelo que produziu na vida de adoração dos homens aos quais ele mesmo escolheu? Como é que cantores, evangélicos ou católicos, poderiam receber prêmios de reconhecimento por algo que foi produzido pela ação do Espírito Santo neles, e não por eles próprios?
Fiquei pensando no Espírito Santo sentado em meio a uma grande platéia e recebendo uma nota "5". É como se disséssemos que a ação do Espírito Santo no segundo ou terceiro colocado não foi muito forte, e por isso não mereceu o "pódio". Como temos coragem humana a ponto de tomar posse e receber os "louros" da vitória por algo que não é nosso, mas dom de Deus!
Será que não chegou a hora de começarmos a quebrar os troféus que nos dão? Será que não é chegado o momento de nossas vidas falarem mais alto que os arranjos de nossas músicas ou que as campanhas agressivas de marketing que usamos para sermos conhecidos como "ungidos"? Será que o poder e a autoridade do Espírito Santo não precisam ser maiores em nossas comunidades do que o valor que é pago para que nossas músicas sejam tocadas em determinadas rádios? Será que não chegou o momento de pregarmos contra o padrão do mundo que tomou conta do meio atual da música cristã?
Li uma entrevista de Gregório McNutt recentemente, na qual ele dizia o seguinte: "O que me entristece no Brasil é o casamento do comércio com Jesus. Nunca se deve falar de Jesus na mesma frase em que se fala de dinheiro. Dinheiro é lixo comparado com Jesus. Temos que voltar para Jesus".
Dá para imaginar um conselho humano analisando o conteúdo dos salmos de Davi e Asafe? Será que não se está banalizando a vida do Espírito Santo em nós? Será que não estamos secularizando o que é Santo?
Que alternativas temos? Podemos aceitar, desde já, uma convocação profética para colocar nossas vidas em ordem de acordo com o padrão e a vontade de Deus; podemos dizer um sonoro "não" quando nos sugerirem que somos merecedores de algum tipo de crédito.
Isso não significa que faremos nosso trabalho sem qualquer preocupação com qualidade, mas que faremos "tudo" para a glória de Deus. Aí, sim, faremos sempre o melhor, porém não teremos que ficar ouvindo que somos bons.
Precisamos constantemente perguntar a nós mesmos como podemos promover a revelação da verdade, e mudar nossos planos de acordo com as respostas. Por que eu canto? Por que quero gravar um CD? É para a glória de Deus ou para a glória própria? Para ser reconhecido e obter lucro? Em nós mesmos nada podemos, somos um engano total. Nosso brilho precisa urgentemente ser reflexo da glória de Deus presente em nós.
Fico pensando no Espírito Santo de Deus recebendo a medalha de segundo colocado e na tristeza do coração de Deus ao ver o que estamos fazendo. Chega! Precisamos quebrar o troféu que fala que somos bons e criativos. Precisamos arremessar contra a parede o "bezerro de ouro" que mostra o quanto podemos fazer acontecer por nossas próprias forças. Precisamos voltar à simplicidade de nos parecer com Jesus e deixar o reconhecimento humano de lado.
O Espírito Santo clama por sua igreja com gemidos inexprimíveis. E agora? Você ainda quer o troféu?
"O único ministro de música a quem o Senhor dirá 'Muito bem, servo bom e fiel', é aquele cuja vida comprove o que a letra de suas músicas diz, e para quem a música era a parte menos importante de suas vidas. Glorificar o único que é digno precisa ser o alvo mais importante do ministro!" Keith Green.
Valdir Ávila Junior
Músicas belas, corações hipócritas! "E ele (Jesus), respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com lábios, mas o seu coração está longe de mim" (Marcos 7.6).
No texto de Marcos 7.6, constatamos que os fariseus cometiam o pecado do legalismo. Isto quer dizer que eles substituíam com palavras e práticas externas as atitudes internas requeridas por Deus oriundas do "novo nascimento". Eles falavam palavras sábias e agiam como pessoas justas, mas sua motivação não partia do desejo sincero de obedecer e agradar a Deus. Neste episódio, os fariseus foram chamados hipócritas, isto é, atores, fingidos religiosos, dissimulados. Era assim que Jesus freqüentemente os considerava.
Ainda nos falta sensibilidade e discernimento para detectarmos o terrível erro do legalismo dentro de nossas igrejas. Se olharmos atentamente para os nossos atos de adoração, constataremos sem empecilhos a presença de exageros, mentiras, declarações inconseqüentes etc. Um bom começo é olhar as músicas que estão sendo cantadas. Já foi dito que as canções que entoamos nos cultos são por demais fantasiosas. Muitas falam de coisas que dificilmente serão postas em prática. São promessas que não serão cumpridas, declarações que não são verdadeiras, pedidos que não representam a vontade de Deus etc. Vamos citar um clássico exemplo. Responda-me com sinceridade: Você poderia viver perfeitamente o que a música abaixo o força a prometer?:
Eu nunca desanimarei, Eu nunca deixarei de confiar em Ti, Sempre estarei em oração Senhor, Minha fé nunca será abalada...
Será que quando um cristão canta esta música, ele está ciente das lutas, tribulações e dúvidas que enfrentará? Será que o cristão continuará firme em oração até o final de seus dias? Será que manterá a promessa de persistir em oração por toda a sua vida? Outro exemplo:
Vivemos em total comunhão, Aqui não existe mágoa, rancor, tristeza, Porque somos totalmente unidos, No amor de Cristo...
Será que estamos preparados para entoar canções como estas em nossas igrejas, sem que um ou outro irmão cante de forma enganosa? Será que realmente não existe mágoa ou tristeza no Corpo de Cristo? Vivemos realmente em total comunhão?
Caro leitor, vale dizer que o problema maior não é as músicas que cantamos, mas a vida que levamos. Isto porque em muitas ocasiões nossa vida não sustenta as palavras que cantamos, ou o sermão que pregamos. É aí que mora o perigo; é aí que está o real problema.
Evidentemente creio que fazemos isto não porque desejamos conscientemente enganar a Deus. Contudo, às vezes falamos a Deus aquilo que achamos que ele quer ouvir, e não o que realmente está em nosso coração. Sem dúvida alguma isso é um tipo de engano. Por isso estes questionamentos acima são extremamente sérios e devem ser tratados com atenção e reflexão. Não estou dizendo que devemos parar de cantar tais tipos de músicas, mas digo que devemos ensinar e ajudar nossos irmãos a viverem os ensinamentos cristãos que estamos cantando.
Às vezes, quando cantamos, oramos ou pregamos, estamos fazendo promessas a Deus sem perceber. Contudo, muitas dessas promessas nunca serão cumpridas. Quantas delas já foram esquecidas? Neste ponto devemos tomar cuidado! Quando lemos o livro de Deuteronômio, vemos que Deus não se agrada deste tipo de atitude:
Quando fizeres algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o Senhor teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado. (Deuteronômio 23.21)
O capítulo 30 de Números deixa claro que Deus requeria do seu povo o cumprimento das promessas feitas a Ele. Deus fez os israelitas verem a seriedade de um voto ou promessa, e mostrou que a falsidade, a mentira e a hipocrisia não têm lugar entre o Seu povo. Que esta lição possa valer para nós atualmente!
Ramon Tessmann
Deus não quer musicalidade
Falhamos quando pensamos que Deus está à procura de músicas lindas, arranjos bem executados e acordes complexos. Muitas vezes não compreendemos que nosso grau de musicalidade não vale nada perante Ele. Deus não está a procura de pessoas talentosas e muito menos deseja seus talentos. Ele quer corações! Deus deseja encontrar corações contritos, humildes e que O amem de verdade. Não importa se estou executando um dó maior ou cantando duas oitavas acima, se meu coração não está "executando" a verdadeira adoração ao Pai, estou perdendo tempo.
É evidente que a verdadeira adoração requer o meu melhor. É no meu melhor que Deus se compraz e se agrada. Por isso, quando você for oferecer algo ao Senhor, ofereça nada mais que o teu melhor. Se o teu melhor é executar três acordes, então execute os três acordes. Se o teu melhor é executar oito acordes dissonantes e três consonantes, execute-os. Mas, lembre-se, perante Deus esta diferença técnica não fará diferença alguma. Todavia, não caia na mediocridade de dizer: "Para Deus qualquer coisa vai!". Quem profere este tipo de frase joga na cara de Deus que Ele não merece nenhum um pouco de esforço! Ofereça o teu melhor com sinceridade e pronto!
Querido irmão, siga o meu raciocínio. O que faz Deus descer da Sua glória e majestade, onde está rodeado por anjos prostrados em adoração constantemente, para ouvir o seu Zé tocar um violão desafinado num culto de terça-feira à tarde? Será que é o seu talento? Será que é o seu grau de musicalidade? É óbvio que não!!! O que faz Deus escutar o louvor do seu Zé é a postura de seu coração, que é sincero, humilde e agradável aos Seus olhos! É a retidão de seu Zé que atrai a atenção de Deus. Não é exatamente isso que os versos de João 4.23,24 nos ensinam? Só para comentar, lá diz que Deus procura verdadeiros adoradores, não adoradores talentosos! Então, Deus não quer músicos bons, cantores super afinados, e corais que conseguem dividir as vozes em todas as classificações possíveis... se fosse assim, Tom Jobim teria se convertido !?! Querido, reflita no parágrafo abaixo.
Os melhores corais que existem estão no céu, louvando a Deus. Os melhores músicos estão ao redor de Deus em adoração. Os bateristas e percussionistas mais rápidos que existem são celestiais. Deus é o melhor músico que sempre existiu, de eternidade à eternidade e dizem que o segundo melhor se desviou. Realmente, o nível musical do céu não é brincadeira! Sabendo isto lanço um questionamento: Há alguma coisa que possamos fazer aqui no planeta Terra, que não haja melhor lá no céu? Será que existe algo que possamos fazer que seja comparável ao que os seres celestiais estão oferecendo a Deus neste exato momento? Será que o som dos melhores equipamentos de áudio disponível nas igrejas de hoje chega aos pés do glorioso som produzido no céu? Não irei responder a estas perguntas...
Querido irmão, o louvor e a adoração que oferecemos a Deus dependem unicamente de duas coisas: nossa motivação e o estado do nosso coração. Não dependemos de profunda teoria musical para agradar ao Pai. Aliás, não dependemos de teoria musical alguma. Simplesmente, façamos o possível para oferecer o nosso melhor. Deus não está interessado no teu pior, muito menos no teu melhor insincero. Agora podemos compreender com mais clareza que Ele não está à procura de músicas lindas, arranjos bem executados e acordes complexos. Ele está a procura de corações. Ele procura corações que "executam" uma verdadeira adoração. Se você tiver alguma dúvida sobre esta questão, pergunte a Jesus. Foi Ele quem disse isso.
Ramon Tessmann
Músicos discipuladores
Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes. E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus. (Marcos 1:16-20)
Todos os diretores de música, líderes e pastores que conheço por todo o Brasil possuem um sonho em comum: ter em suas equipes musicais instrumentistas e cantores iguais a Jesus, pessoas que refletem o maravilhoso caráter de Cristo em suas vidas. Creio que o amado leitor compartilha do mesmo sonho, mesmo que na dura realidade este sonho mais pareça utopia. Na verdade, estaríamos mentindo se afirmássemos que não gostaríamos de tocar, cantar ou dirigir o louvor congregacional ao lado de pessoas amáveis, humildes, sérias, compromissadas, sábias etc. Ou você gostaria de ter o Diabo como companheiro de ministério? É óbvio que não.
Lembro-me que desde adolescente sempre desejei tocar ao lado de discípulos de Jesus. Sempre quis ter ao meu lado pessoas cheias do Espírito Santo, tal como José (Gênesis 41.38) ou Barnabé (Atos 11.24). Soube há algum tempo atrás, de um músico cristão que era tão cheio da presença de Deus, que seus simples dedilhados levavam dezenas de pessoas a confessar Jesus como Senhor e Salvador aos prantos. Mas ele não fazia isso pela influência ou pelo poder da música, porquanto bastavam simples acordes para atrair a inconfundível presença de Deus.
Ao ouvir histórias similares eu dizia em meu coração: eu quero dirigir o louvor congregacional ao lado de pessoas assim; eu quero ver as pessoas serem abençoadas pela minha música; quero que o som produzido pela nossa equipe musical seja uma expressão da glória de Deus aqui na terra. Creio insistentemente que nenhum cristão deseja apresentar a Deus um serviço ingrato, regado com insubmissão, desrespeito, orgulho ou falta de compromisso. A presença do Espírito Santo é buscada por todos em qualquer serviço a Deus. Assim, músicos cristãos não desejam apresentar canções em que há ausência do Espírito Santo. Portanto, o meu desejo é o desejo de todos: ministrar ao lado de verdadeiros servos de Cristo!
Somos impacientes ou preguiçosos?
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. (Mateus 28.19,20. Grifo do autor).
Não há absolutamente nada de errado em sonhar com músicos iguais a Jesus. Não pecamos ao desejar ter em nosso grupo musical instrumentistas e cantores adoradores (mesmo que o nosso coração esteja um pouco ansioso para ver isso se tornar realidade). Muito pelo contrário, uma equipe verdadeiramente cheia do Espírito Santo só trará glórias a Deus. No entanto, a maioria de nós está falhando num ponto muito importante: nós não queremos enfrentar o difícil processo de fazer discípulos!
Infelizmente, pastores, músicos e líderes têm uma certa dificuldade para discipular e construir o caráter de um músico. A verdade inegável que queremos que Deus envie ao nosso grupo pessoas já "prontas", ou seja, cristãos quase perfeitos! Muitas vezes, não estamos dispostos a tratar do caráter dos nossos companheiros de ministério, visto que pedimos que Deus arranque o "joio" da equipe musical e nos mande pessoas já tratadas e curadas. Quantas vezes oramos: "Senhor, tire fulano de tal do grupo de louvor e levante um verdadeiro adorador no lugar dele!". Particularmente não acho que este tipo de oração expresse alguma sabedoria. Alguém que ora desta maneira provavelmente não quer passar pelo trabalho de fazer discípulos. Já pensou se Jesus orasse desta maneira?
A negligência do discipulado no ministério de música pode ser motivada por numerosas razões. Uma delas é a impaciência. O livro de Tiago nos alerta: "Sede vós também pacientes; fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Não vos queixeis, irmãos, uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta. (Tiago 5.8,9)".
A impaciência pode atrapalhar tremendamente os planos de Deus para determinado grupo musical. Falo disso por experiência vivida, visto que já fui extremamente impaciente em muitas situações delicadas do meu ministério. Lembro-me que muitas vezes já chamei músicos despreparados para ministrar ao meu lado porque não podia suportar a ausência de um instrumento no culto. Quando um baterista ou guitarrista estava no banco sendo tratado por Deus, eu me sentia tentado a chamá-los para tocar comigo, mesmo que esta atitude viesse a prejudicar o fluir do louvor. Nestas situações, a minha impaciência não deixou que o caráter de alguns fosse tratado por Deus no seu devido tempo. Eu não era paciente o suficiente para esperar a hora certa, ou seja, para mim o processo de discipulado era demasiadamente longo. Leia Eclesiastes 3 para entender o valor de esperar o tempo certo.
É na armadilha da impaciência que vejo numerosos pastores, líderes e músicos caírem. Às vezes, negligenciamos o discipulado no ministério de música porque não suportamos a idéia de ter algum instrumento faltando no grupo. Quantos líderes estão esgotados porque se dedicam várias horas por dia para treinar novos instrumentistas e cantores a fim de que eles entrem no ministério rapidinho? Estes querem transformar músicos em verdadeiros adoradores como num passe de mágica, para não perder tempo discipulando. É assim que vemos pessoas despreparadas e imaturas subindo à plataforma para ministrar; é por isso que raramente se encontra um músico parecido com Jesus.
Na vontade ansiosa de formar belas "equipes de louvor" alguns cristãos têm causado sérios danos na vida de cantores e instrumentistas. Na ânsia de ter um ministério musical "completo" numerosos líderes têm esquecido de pôr em prática o que o Senhor Jesus ordenou: fazei discípulos. Atentemos para o que está escrito em Filipenses: "Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus (Fp 4.6,7)". Amados irmãos, não deixemos que a ansiedade nos faça negligenciar o discipulado dos músicos. Vamos gastar tempo conversando francamente com os nossos companheiros de ministérios, assim como Jesus fazia com os discípulos dele. Como já falei anteriormente, não há nada de errado desejar construir um ministério abençoado, mas façamos tudo pacientemente, não atropelando os processos de Deus.
Outra razão para a negligência do discipulado é a preguiça. Deus não se agrada de cristãos preguiçosos, visto que por conta disso, sua obra pode ser abalada. Infelizmente, a preguiça de um crente pode preceder a escassez de trabalhadores em sua igreja. Do mesmo modo, um músico ou líder quando preguiçoso, terá ao seu lado músicos despreparados técnica e espiritualmente. Em certa ocasião Jesus disse aos seus discípulos: "E dizia-lhes: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara (Lucas 10.2)".
Muitos músicos preguiçosos já passaram pelo ministério musical de minha igreja. Eles não se dispuseram a discipular seus companheiros menos experientes, e acabaram por semear aquilo que plantaram, ou seja, plantaram escassez, colheram escassez. Alguns deles não agüentaram a pesada carga, pois devido à terrível preguiça nunca prepararam ninguém para substituí-los em determinados serviços. Ao invés de treinar, ensinar e passar conhecimento para as pessoas ao redor, preferiram ficar desfrutando da posição em que estavam.
As igrejas estão cheias de cristãos preguiçosos. Tais cristãos consideram muito trabalhoso ter que conversar com alguém, resolver problemas, orar, ter um tempo de comunhão com os irmãos, ensaiar, treinar um músico menos experiente etc. Tais pessoas não dão o devido valor ao discipulado, tal como Jesus ensinou. Depois reclamam que Deus não envia músicos para a sua comunidade. No livro de Jeremias observamos que Deus não gosta que sua obra seja feita de forma relaxada e negligente (leia Jeremias 48.10). Quando não nos dedicamos a discipular e fazer discípulos no ministério de música, estamos executando o serviço de forma negligente e estamos contrariando um dos mandamentos de Cristo.
Já há muito existe o preconceito. O músico é considerado por muitos um sujeito preguiçoso e desleixado por natureza. Em alguns lugares podemos ouvir as seguintes desculpas: "Fulano chegou atrasado? Não liguem, é que ele é músico!". Para numerosas pessoas, o músico é aquele sujeito de caráter difícil, de cabelo estranho, que não gosta de trabalhar, que dorme demais e que nunca chega no horário estipulado. Você sabe porque as pessoas sustentam este conceito? Porque muitos músicos têm como principal hobby deixar mau testemunho perante a igreja! E a preguiça tem sido um dos problemas mais comentados. Por conta disso ouvimos frases como estas: "Fulano não veio ajudar a carregar as caixas de som porque ficou dormindo!". Parece que estamos tão distantes do exemplo deixado por Cristo!
A ordem de Jesus é clara: ide, fazei discípulos! Com esta declaração ele quis dizer: Não fiquem parados! Vamos, mexam-se! Ide por toda a terra e fazei discípulos! Esta ordem implica numa ação, que, com certeza, daria muito trabalho a todos. Portanto, no chamado de Cristo não há lugar para preguiçosos. No ministério de música não há lugar para cantores ou instrumentistas preguiçosos. Todo aquele que não se dispuser a discipular e ser discipulado estará trilhando um perigoso caminho. Em Gálatas 6.7 está escrito: "Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará". Se semearmos preguiça e desleixo, certamente não colheremos bons frutos.
Ramon Tessmann
Louvor e Adoração
Sérgio e Magali Leoto
Introdução: Qual o objetivo principal das reuniões das Igrejas? Por que vamos aos domingos ao Templo? O que vamos fazer lá? Muitos, com muita simplicidade, responderiam espontaneamente: "Ouvir o sermão do pregador."
Esse tipo de resposta acontece comumente, pela falta de informação bíblica sobre o propósito de Deus para o homem: Ser criado para o louvor da Sua glória (Efésios 1:6). Devemos apresentar a Deus um culto racional (Romanos 12:1).
- Muitas vezes, nossa intenção nos cultos não é apresentar-nos a Deus, mas sim, esperarmos que Deus se apresente a nós através da oração, leitura bíblica, mensagem, músicas apresentadas e hinos que cantamos. É evidente que Deus se utiliza de todas essas formas para falar aos corações e nos levar a tomarmos atitudes. Mas Ele quer que nos apresentemos, para que, OFEREÇAMOS LOUVOR e não, simplesmente, para que RECEBAMOS ALGO.
- Com o passar dos anos, o materialismo, existencialismo e outras influências que recebemos da modernidade afastaram dos momentos de adoração a CONTEMPLAÇÃO. Esta era anteriormente praticada, com freqüência, no meio do povo judeu, no período bíblico.
É tempo de resgatar a verdadeira adoração. Deus espera de nós uma maior intimidade com Ele, através do louvor.
1. Definição
De forma geral, os dicionários dizem que "cultuar" ou "adorar" significa "uma atribuição de honra e glória a quem ou ao que o adorador considera de valor supremo". Como cristãos, diríamos que "é a veneração ou devoção expressa ao Deus Trino, em público ou pessoalmente."
2. Formas De Culto
De forma geral, os dicionários dizem que "cultuar" ou "adorar" significa "uma atribuição de honra e glória a quem ou ao que o adorador considera de valor supremo". Como cristãos, diríamos que "é a veneração ou devoção expressa ao Deus Trino, em público ou pessoalmente."
a) O culto carismático - com manifestações emocionais, sonoras, visíveis, mostrando atitude dos adoradores em relação a Deus. É a livre participação dos que cultuam, através de gestos, movimentos corporais. gritos de aleluia e cânticos espirituais. Ex.: Este tipo é, principalmente, identificado em igrejas carismáticas pentecostais.
b) O culto didático e pedagógico - exercício pela pregação, ensino e exortação. Ex.: Muitas vezes é praticado por batistas e presbiterianos.
c) O culto eucarístico - valoriza o culto por meio da Ceia do Senhor. A Eucaristia representa o cerne da aproximação entre Deus e o cultuante. Ex.: Igrejas luteranas, anglicanas e católicas, principalmente.
d) O culto kerigmático - (vocábulo grego "kerigma" quer dizer: proclamação). Focaliza a atenção sobre a evangelização dos não convertidos. As diversas partes do culto são direcionadas aos perdidos, para se entregarem a Jesus.
e) O culto diakonal - Deus é visto no irmão necessitado. As boas obras, a caridade, os atos de compaixão em favor dos que sofrem, passam a ser expressão de culto ao Senhor.
f) O culto koinoniático (do grego "koinonia", que quer dizer: comunhão). O culto concentra-se na comunhão uns com os outros.
2.1 - Perigos
O culto cristão tem sido ameaçado por dois perigos:
a) o formalismo - que sacramenta o modo de adorar a Deus, anulando um contato vital com Deus.
Ex.: Igreja de Éfeso - Perdeu o primeiro amor, caiu no formalismo.
b) uma espontaneidade excessiva - que encoraja a liberdade, desprezando qualquer forma, criando confusão e desordem.
Ex.: Igreja de Corinto - Amando a liberdade, perdeu a santificação
2.2 - Veículo
A forma do culto deve ser o veículo adequado para conduzir o adorador a um encontro real com Deus. O ideal é juntar a forma com a expressão interna do coração, coadunando isto ao máximo, com a verdade revelada na Bíblia, sobre a pessoa de Deus.
3. O significado da adoração
"Tu és o meu Senhor, outro bem, não posso senão a Ti somente". (Salmo 16:2) Adoração deve exprimir a riqueza que Deus representa para o adorador.
3.1 - Nossa visão de Deus afeta nossas atitudes de adoração
J. B. Phillips, no seu livro "Seu Deus é Pequeno Demais", (Ed. Mundo Cristão, SP), pg. 9 a 50, nos dá uma visão desta realidade, onde ele denuncia os conceitos inadequados que muitos têm sobre Deus, que impedem uma visão correta do Deus verdadeiro.
Exemplos:
- O policial Onipresente - transforma sua própria consciência em Deus.
- Tal pai, Tal Deus - uma transferência da imagem paterna.
- O idoso antiquado - Deus como um velho "Papai Noel".
- O manso e suave - Deus, bonzinho e que não repreende.
- O Deus dos 100% - quer de nós perfeição absoluta.
- O Deus do escapismo - busca a Deus somente na hora dos problemas.
- O Deus capturado - Igrejas que "capturam" Deus para suas 4 paredes, achando que são objetos exclusivos do Seu amor.
- O Deus Diretor-Presidente - aquele que é grande demais para se importar com...
- O Deus "de segunda-mão" - conhecemos a Ele pelo que os outros nos dizem.
- O Deus "da desilusão" - o culpado por uma oração não respondida, da tragédia imerecida, Deus que é "desmancha-prazeres".
- O Deus "Negativo" - pessoas que têm um "masoquismo espiritual", achando que Deus não lhe permitirá serem expansivos, alegres e bem sucedidos.
- Imagem Projetada - enxergam a Deus através da imagem que têm de si próprios.
- O Deus "da barganha" - só obedecem a Ele em troca de benefícios.
Quando temos uma visão deturpada sobre Deus, nossa adoração será distorcida. Precisamos conhecer Sua natureza e caráter, para adorá-lo de maneira mais significativa.
DICK EASTMAN, no seu livro "Digno de Louvor" (Ed. Betânia), apresenta-nos alguns atributos de Deus, com sugestões práticas para um louvor semanal, onde a cada dia é ressaltado um atributo divino. Exemplo:
- 1ª Semana: Deus Pai, Tu és AMOR.
És ETERNO e SINGULAR. Tu estás PRESENTE. És IMACULADO, GLORIOSO e GRANDIOSO. - 2ª Semana: Deus Pai, Tu és SANTO.
És EXCELSO e FORTE. És DIGNO DE CONFIANÇA. Possues SUFICIÊNCIA.
És INCOMENSURÁVEL e SÁBIO. - 3ª Semana: Deus, Tu és MAJESTOSO.
És CRIADOR, POTENTE e CONSTANTE.
Tu estás AO NOSSO ALCANCE.
És GENEROSO e CAPAZ! - 4ª Semana: Deus Pai, Tu és JUSTO.
És INVENCÍVEL, BELO e BONDOSO.
Tu RESPONDES quando clamamos.
És IMUTÁVEL e PERDOADOR. - 5ª Semana: Deus Pai, Tu és FIEL e RETO.
És RADIOSO e PODEROSO.
És SAÚDE, SEGURANÇA e PAZ. - 6ª Semana: Deus Pai, Tu és MISERICORDIOSO.
És ALEGRIA, és INFINITO e ESTÁVEL.
És MARAVILHOSO, ACESSÍVEL e SOBERANO. - 7ª Semana: Deus Pai, Tu és VERDADEIRO e PACIENTE.
És CONHECEDOR de todas as cousas.
És COMPLETO, VITORIOSO e BOM.
Tu és CHEIO DE GRAÇA.3.2 - Adoração é Meditação e Celebração.
A meditação nos prepara para gozarmos da comunhão com Deus. É o tempo que usamos a imaginação para trazer à mente tudo o que Deus já fez e fará por nós.A meditação produz a expectativa que alimenta a esperança do adorador, que resulta num culto alegre e de celebração. Conseqüentemente, nossos cultos na igreja devem ser elaborados visando também expectativas dos ouvintes: participação e entusiasmo.
3.3 - Adorar é render-se (do grego: "proskuneo").
Reconhecer a nossa inferioridade e a superioridade de Deus, colocando-nos à Sua inteira disposição. A idéia básica é a de submissão. O gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar os seus pés.Ex.: a intenção de Satanás na tentação de Jesus (Mateus 4:9, Lucas 4:7-8). Jesus responde: "Ao Senhor Teu Deus adorarás (proskunesis) e só a Ele darás culto (Mateus 4:10).
3.4 - Adorar é servir (do grego "latreia")
Este termo é usado por Paulo em Romanos 12:1, para descrever o corpo entregue a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável. Ofertar a Ele toda a nossa potencialidade, capacidade, inteligência, energia, experiência e dedicação. Servir, como reconhecimento da transformação que Ele operou em minha vida. Ele merece o melhor do meu serviço, como forma de gratidão.3.5 - Adorar é reverenciar (gr. "sebein") a Deus, com temor (gr. "phobos")
O verdadeiro adorador, tem uma reverente preocupação de fazer o que agrada a Deus, e fugir do que agrada ao diabo. João relata : "Sabemos que Deus não atende a pecadores, mas pelo contrário se alguém teme a Deus (gr. "theosebes", que tem a mesma raiz de "sebein") e pratica sua vontade, a este atende" (João 9:31).Temos de reconhecer não apenas a Sua bondade, como também Sua severidade (Romanos 11:2 - considerai a bondade e a severidade de Deus). Reconhecer Sua justiça (Hebreus 10:31) - terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo). A santidade de Deus nos estimula a obedecê-lo (I Pedro 1:16 - sede santos, porque Eu Sou santo).
3.6 - Adorar é realizar serviço sacerdotal (do grego: "leitourgeo").
- O serviço dos sacerdotes no templo foi superado com o sacrifício de Cristo, o Sumo-Sacerdote, na cruz (Hebreus 7:26-28).
- Paulo oferecia seu serviço pastoral às igrejas, como uma oferta aceitável a Deus (Romanos 15:16).
- A obtenção de fundos para os carentes da igreja de Jerusalém chama-se "leitourgia" (2 Co 9:12) .
- Os cristãos, quando servem aos irmãos, motivados pelo amor a Deus, exercem a "leitourgia" (Atos 13:2).
Quem serve a Deus serve a igreja e vice-versa.
4. Os Requisitos da Adoração
4.1 - Amor de todo o coração
Uma adoração que se realiza sem objetivo de expressar o nosso amor a Deus (Romanos 11:36) falha completamente. Deixa de ser culto a Deus, pois carece da essência, que é o amor. Seu mandamento requer de nós que O amemos de todo coração e alma (Mt. 22:37). A adoração da igreja cumprirá seu objetivo se o louvor, a oração, a mensagem e a música atraírem o coração para a beleza de Deus, revelada na criação, na redenção e na regeneração, através de Cristo.Quando adoramos, só devemos ficar satisfeitos se expressarmos amor ou se nosso culto revelar toda a preciosidade do Senhor.
4.2 - Amor Integral de Mente
(do grego "dianoia"- significa a capacidade de pensar e refletir.) A adoração deve ocupar a mente de maneira a envolver a meditação e consciência do homem. Amar a Deus com entendimento (Marcos 12:30). Caso contrário, a adoração torna-se uma mera satisfação de ter se apresentado diante de Deus (como o empregado que bate seu cartão no relógio de ponto da fábrica). Apresentou-se no culto e está livre por mais uns dias. Fez seu ato sacrificial, saboreou o alívio da missão cumprida e agora está pronto para receber a proteção divina. Precisamos que o Espírito derrame Seu amor em nosso íntimo (Romanos 8:14; 5:5) e nos conceda o "Espírito de Sabedoria e de Revelação no pleno conhecimento dEle"(Ef 1:17-18), para adorá-Lo com consciência total (Jo 4:23-24).4.3 - Todo nosso esforço
Em Marcos 12:30, o mandamento requer toda a força do adorador. O termo "força" ("ischuos") implica no corpo físico desenvolver sua capacidade, talento e força de ação. Significa "gastar suas energias físicas em atos de amor a Deus".JOHN COMENIUS, no passado, escreveu: – "Porque aquele que ama a Deus com todo o seu coração, não necessita de prescrições para saber quando, onde e quanto deve serví-Lo, adorá-Lo e cultuá-Lo. Porque a união sincera com Deus, juntamente com a prontidão de obedecê-Lo, conduz a louvá-Lo através do seu ser e a glorificá-Lo por meio de todos os seus atos."
4.4 - O passo da busca
A adoração requer que procuremos a Deus voluntariamente, sintamos a necessidade de estar perto dEle. Nossa alma deve sentir a necessidade de comunhão com Deus, assim como nosso físico manifesta o apetite por alimentos (Salmos 42:1; 53:1; 84:2). Quando nos falta este desejo de estar com Deus, a adoração que prestamos não passa de uma "fachada espiritual", de uma religiosidade externa.4.5 - Auto-avaliação e arrependimento
Adoração sem arrependimento não agrada ao Senhor. Ele Se agrada do culto que Lhe é prestado por um espírito quebrantado e um coração contrito (Salmos 51:16-17). Arrependimento não é apenas sentir pesar por termos errado. Trata-se de uma mudança de atitude ("metanoia"- transformação de mente). O Espírito de Deus nos ajuda a descobrir os pecados mais secretos, para depois confessá-los e sermos perdoados (I João 1:9), pois abriremos caminhos para a adoração.4.6 - Fé
"Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que recompensa os que O buscam"(Hebreus 11:6). A palavra "aproximar-se" no texto é um termo técnico para adoração, isto é, "aproximar-se a Deus em adoração, com certeza de que Ele existe e não falhará comigo", conforme Hebreus 11:1. Adorar com fé é fazê-lo confiando em suas promessas. Quando adoramos a Deus com fé, agradamos ao Seu coração. Esta alegria não é estática, aumenta à medida que O adoramos. Quando prestamos culto a Deus devemos perguntar: – "Deus está satisfeito com o culto a Ele oferecido?"5. Os Efeitos da Adoração
5.1 - Segurança
A adoração fortalece a confiança íntima (Filipenses 4:6-7). É uma "terapia" que levanta nossos olhos para o horizonte e nos faz andar confiantes e esperançosos (Salmos 37:5; Provérbios 3:5-6).5.2 - Comunhão
A adoração nos aproxima de Deus e das pessoas (I João 1:3). Faz desaparecer as barreiras entre os irmãos (Atos 2:4).5.3 - Visão Transformada
Quando vivemos na presença de Deus, temos nossa visão do mundo mudada. O resultado da íntima comunhão com Deus, cria em nós o desejo de colocar a honra de Deus acima da própria segurança física.5.4 - Evangelização
Um culto digno do Senhor, faz crescer em nós o desejo de testemunhar de Jesus Cristo e anunciar as boas novas. Jesus convidou os discípulos a seguirem-nO (Mateus 4:19; Marcos 1:17; Lucas 5:10), mas os enviou sem obrigá-los a ir (Atos 1:8). A comunhão com Ele e o Seu poder motivou toda a realização da tarefa missionária.6. Obstáculos à Adoração
6.1 - Atitude Incoerente
Um espírito ferido, amargurado, de incredulidade, ou ressentimento, ou vingança, cobrança pela dívida moral do passado de outro, impedem uma adoração real. É necessário retirar do íntimo todo e qualquer espírito faccioso se pretendermos nos aproximar de Deus (Mateus 5:23-24).6.2 - Falso Ritualismo e Tradicionalismo
Toda prática que faz parte da liturgia das igrejas teve sua origem em boas intenções. Entretanto, o bom desejo por um culto ordeiro, muitas vezes acarreta na implantação de atividades que, com o tempo, vão sendo exercidas mecanicamente. Tornam-se uma porta aberta para um falso ritualismo, um mero exercer automático de atividades religiosas, bem como uma crescente convivência com a hipocrisia. Devemos lembrar que Deus examina nossas intenções mais íntimas, muito antes de começar a adorá-lO. Portanto, se há hipocrisia, o Senhor exige arrependimento e a volta à Sua Palavra, não aceitando o continuismo de rituais e tradições desprovidos da verdade.6.3 - A Rotina
Assim como em nossa vida surgem hábitos que regulam o nosso dia-a-dia, com muita facilidade a rotina pode caracterizar os cultos. Estes tornam-se monótonos, com repetições cansativas, sendo um obstáculo à adoração.Quando a rotina toma conta, o adorador precisa estar disposto a pensar, a mudar os hábitos estéreis e revitalizar o "resto que estava para morrer" (Apocalipse 3:2).
Quem se "acostuma" com Deus será condenado por causar-lhe cansaço, como aconteceu com Israel no tempo de Isaías (Isaías 1:14).
6.4 - Amor às coisas do mundo
As vaidades humanas, os prazeres, pessoas, lugares, desejos e pensamentos que consciente ou inconscientemente tomam o primeiro lugar de Deus, nos impedem de adorar ao Senhor em espírito e em verdade. "Se você se encontra amando qualquer prazer mais do que as orações ou a Bíblia, qualquer casa mais do que a de Deus, qualquer pessoa mais do que Cristo, você está correndo o perigo do mundanismo" (citação de Guthrie, registrada em "Adoração Bíblica", p.131, Ed. Vida Nova, Dr. Russell Shedd).6.5 - Pecado não confessado
Somente após a confissão do pecado, tendo a confiança no sangue purificador de Cristo, teremos livre acesso ao Trono da Graça (Hebreus 4:16). No Velho Testamento, antes do sacerdote oferecer sacrifícios a Deus pelo pecado dos outros, ele era obrigado a purificar-se por seus pecados (Êxodo 30:17-20).6.6 - O Desinteresse e a Ingratidão
A época em que vivemos, notabiliza-se pelos grandes empreendimentos e mudanças rápidas. Os meios de comunicação (rádio, TV e jornais), aprimoram-se para cativar cada vez mais as nossas mentes. Muitos cristãos com isto, mostram desinteresse pelos valores eternos, ocupando seu tempo e mentes com seus interesses e preocupações, deixando pouco espaço para os elementos da adoração: louvor, comunhão, oração e gratidão.6.7 - A Preguiça e a Negligência
Os motivos que geram a preguiça são comuns: sono, o contágio por outros preguiçosos, e um ambiente onde o culto não é valorizado. A pessoa desmotivada, deixa alguma coisa ocupar o lugar de prioridade, que antes pertencia ao Espírito. Ocorre a diminuição da "fome" pela comunhão com o Senhor. Como conseqüência natural, vemos um aumento da negligência às coisas de Deus. O irmão André (Missão Portas Abertas) disse que é mais fácil "esfriar" um fanático do que "esquentar" um cadáver.6.8 - Repressão Satânica
O inimigo detesta ouvir as pessoas louvando a Deus. Foi o profundo ciúme de Satanás em relação a Deus que causou sua queda. Ele tenta desanimar e suprimir todo louvor dirigido a Deus por parte dos crentes sinceros.Adoração e devoção: a constante dedicação da vida
Devoção deixou de ser uma palavra usual no vocabulário evangélico contemporâneo. Talvez porque outros termos, considerados mais "espirituais", tenham adquirido certa predileção em nossa terminologia religiosa: unção, bênção, visão, vitória, santificação, poder, avivamento, revelação etc. Porém, trata-se de um termo que nos ajuda muito a esclarecer o sentido da adoração e a evitar equívocos interpretativos.
Algumas pessoas já me ouviram usar a expressão "devotos de Jesus" para referir-me aos discípulos do Senhor. Ao dizer ou ouvir esse jargão não consigo conceber a idéia de pessoas que assimilaram apenas princípios teológicos teóricos ou históricos — mas indivíduos profundamente conectados à pessoa de Cristo. Na vida cristã, um dos alvos é crescer em maturidade a fim de nos tornarmos semelhantes a Jesus. E a devoção certamente é o caminho para esse crescimento espiritual.
Não há como adotar uma atitude de devoção sem que haja algum tipo de afinidade com Deus. Identificação — seja ela qual for: de caráter, ideológica, de tradição ou em relação a um benefício que se pode obter — é um fator básico nesta relação. Por isso mesmo é que um desejo de conhecimento íntimo deve invadir inicialmente o coração do devoto. De imediato, somos desafiados a nos oferecermos ao Deus com quem nos relacionamos.
Esse pacto com Deus se inicia no coração do devoto. É por isso que palavras como sacrifício, entrega e rendição são essenciais na adoração — "não há como servir [adorar; devotar-se] a dois senhores" (Mt.6:24). Se quisermos descobrir a quem estamos adorando ou nos devotando, é só checar nossas prioridades de tempo, energia, relacionamento, dinheiro e recursos. Do coração de um devoto é que surge respeito, temor, lembrança e obediência.
Atualmente, percebo que pouco se fala ou se questiona sobre a vida devocional dos crentes — quando isso acontece, o sentido se volta para a prática de "momentos específicos", leitura bíblica e oração individual. Mas esse entendimento, que faz parte do costume evangélico de "compartimentalizar" sua espiritualidade, representa uma pequena parte da vida devocional.
Renovamos nossa devoção à Deus quando fazemos dessa atitude nosso ritual de subsistência espiritual: estudamos a Palavra de Deus; oramos; nos relacionamos com a Igreja, com a família e com o mundo; participamos da adoração congregacional; valorizamos a vida. Nossa experiência devocional se renova em nossa contínua relação com Deus, e é materializada, sobretudo, na prática do serviço e do amor. A adoração nos convida a freqüente e espontaneamente reatar os laços de dedicação. Por isso é que se trata de um culto racional.
Penso que um bom exercício de devoção seria dedicarmos diariamente a Deus nossa existência, numa atitude de entrega e abnegação totais, manifestando um estilo de vida prático que o glorifique, transmita sua graça e misericórdia aos outros seres e que faça de nossos períodos de adoração autênticos encontros de alegria, gratidão, expectativa e transformação.
Por Celso Tavares.
Investindo na equipe de louvor
HÁ CINCO ASPECTOS QUE DEVEMOS considerar sobre o que um pastor deve oferecer à equipe de louvor de sua igreja. A seguir, listo cada uma delas na tentativa de descrevê-las com a maior precisão possível.
VISÃO: Provérbios 29:18 diz: "Se não existe visão, as pessoas perecem". Isso é verdade, especialmente para equipes de louvor, pois são chamados para dar às pessoas visão para se conectarem com Deus através da adoração. Visão deve conter uma figura clara ou descrição do que adoração deve ser. Isso poderia incluir:
(a) visual – a equipe modela ligação com Deus, paixão, humildade e a ausência da mentalidade performática;
(b) interpessoal – pastores devem passar a visão para sua equipe de ser uma família feita de pessoas honestas, que apóiam uns aos outros, perdoam, servem e são rápidos para resolver conflitos;
(c) musical – o pastor deve ter uma visão que combine excelência musical e espontaneidade;
(d) caráter – o pastor deve comunicar suas expectativas em relação ao caráter das pessoas que participam da sua equipe tais como: pureza, humildade e serviço.
ENCORAJAMENTO: É importante que o pastor encoraje os líderes de louvor e a equipe. Eles devem repassar qualquer comentário positivo que escutam das suas congregações e dizer o quanto eles contribuem no impacto total da igreja. Orando com o líder e a equipe para animá-los em seus desafios. Também pode dar a eles confiança que precisam para colaborar com os líderes pastorais e não apenas providenciando uma "introdução musical" para a pregação.
RETROSPECTIVA: É importante que o pastor comunique à equipe, e especialmente ao líder, sua avaliação sobre o período de adoração. Músicos se tornam muito inseguros quando eles não sabem se o pastor os aprecia ou não. Fazer avaliações construtivas é a maneira primária para encorajar a melhora da adoração e corrigir algo que esteja atrapalhando o momento do louvor congregacional.
AUTONOMIA: Pessoas envolvidas na adoração precisam de liberdade para tomar decisões, arriscar e liderar a congregação — e não apenas providenciar a música que o pastor mandar. Conforme confiança e relacionamento crescem, isso incluiria deixar que o líder de louvor determine a lista de músicas e dar liberdade para estender o período de louvor quando ele sente que as pessoas estão profundamente conectadas a Deus. Incentive-o também a trazer alguma exortação para a igreja — desde que de maneira equilibrada e com compaixão —, a orar pela congregação e a falar para as pessoas sobre a importância da adoração — sem ser chato e repetitivo, obviamente.
RELACIONAMENTO: A equipe de louvor precisa saber que não são "empregados", mas pessoas apreciadas pelo pastor e servos de Deus. Pastores normalmente não conseguem pastorear cada pessoa da equipe de louvor, mas pequenas atitudes como um abraço no domingo, interesse sobre a família e palavras de afirmação realmente dizem muito e apóiam lideres de louvor e membros de equipes.
Por fim, é importante que o pastor desenvolva uma comunicação consistente com sua equipe, deixando claras suas expectativase afirmações. Mesmo que pensemos que as pessoas entendem o que queremos e o quanto que as apreciamos, silêncio raramente comunica isso.
Joel Balin é pastor da Crossbridge Church in Marietta, Atlanta (EUA).A Adoração e o Conhecimento da Palavra por Peter Davids
O conhecimento bíblico é absolutamente indispensável para a adoração. Em primeiro lugar, mesmo compreendendo o que a adoração significa, é preciso que ela esteja baseada no conhecimento bíblico. Os termos bíblicos usados para "adoração" são os mais antigos e, sendo assim, para entender o que significa adorar devemos começar com o estudo dos termos em seu contexto bíblico. Essas passagens não são meros textos isolados, mas fazem parte de um contexto histórico no qual vários hábitos e costumes ali descritos se desenvolveram. Por exemplo, a razão pela qual o livro de Hebreus (no capítulo 13) define a adoração como sendo o ato de repartir o fardo com as outras pessoas está relacionada com a visão que os judeus tinham de Jesus como sendo o complemento do sistema sacrificial do Antigo Testamento. Assim, para o autor de Hebreus existe a necessidade de redefinir a adoração sacrificial por causa dessa mudança.
Em segundo lugar, a adoração é a base da submissão a Deus. Sem um conhecimento bíblico adequado, como conheceremos esse Deus e como saberemos que tipo de submissão o agrada? Nós devemos afirmar que esse conhecimento virá através da pregação ou do nosso conhecimento teológico generalizado, mas é um tanto quanto problemático afirmar isso. O conhecimento teológico depende das Escrituras. Devemos ser capazes de avaliar as diversas vozes teológicas no universo cristão. Por causa dessa dependência da Bíblia, essa avaliação vai requerer uma compreensão completa do texto bíblico.
Além disso, nem todos os líderes de louvor têm uma boa base bíblica. Talvez alguns sejam como eu — uma pessoa que cresceu com a Bíblia sendo lida diariamente em meu lar. Outros não tiveram essa oportunidade e não terão profundidade bíblica suficiente para desempenhar seu trabalho sem que gastem tempo com estudo intensivo e continuado da Bíblia. E isso não acontece ouvindo sermões. Uma pessoa pode ouvir no máximo dois sermões por semana, e esses sermões precisam ser avaliados, pois nem sempre as mensagens entregues nas igrejas são equilibradas — talvez por causa da necessidade de focar em situações específicas de uma determinada congregação. A única maneira de estar certo de que estamos adorando o verdadeiro Deus de um modo que ele se agrade é estudando o texto das Escrituras de maneira pessoal.
Em terceiro lugar, a adoração contém em si mesma a Palavra, e se não temos uma compreensão perfeita das Escrituras provavelmente não entenderemos os assuntos e os símbolos dos textos sobre adoração que estamos usando. Isso pode nos levar a fazer comparações estranhas, interpretações incorretas ou até mesmo ignorar assuntos relevantes. Junte-se a isso o fato de que muitos líderes de louvor também são compositores. Como alguém pode escrever canções sem que esteja imerso nas Escrituras, a ponto da verdade bíblica estar refletida em suas letras? Além disso, depois de ser escrita, a música precisa passar por uma crítica bíblica e teológica. Uma amável figura poética pode estar sendo usada de uma maneira equivocada, ou até mesmo pode conter uma heresia. Mesmo que o autor peça para que alguém faça essa crítica para ele, o primeiro avaliador deveria ser o próprio compositor.
Em quarto lugar, o líder de louvor deve cultivar um relacionamento duradouro com Deus, em que estará liderando outras pessoas na adoração. Todos sabemos muito bem que Deus sempre (e talvez mais facilmente e melhor) é encontrado nas Escrituras. Isso significa que se alguém começa a estudar a Bíblia com o desejo sincero de conhecer a Deus melhor, essa pessoa certamente o encontrará de uma maneira que vai além do estudo racional. Talvez alguém possa dizer, "Bem, então é só abrir a Bíblia e esperar Deus falar. Porque eu deveria me esforçar em estudar se estou procurando por um encontro pessoal com ele?" A resposta é que assim como Jesus fez com os aprendizes no caminho de Emaús, Deus prefere nos explicar mais profundamente as Escrituras que apenas falar sem usar a Palavra. Ele a escreveu. Ele a preservou. Ele tem um interesse vital em se manifestar a nós através dela. E, além disso, nas escrituras nós temos dois mil anos de ação de Deus — como poderemos ter qualquer experiência com ele hoje que seja mais valiosa que dois mil anos de experiência? As nossas experiências estão baseadas e enraizadas nos atos de Deus descritos na Bíblia.
Mas podemos ir um pouco mais além. O nosso chamado como líderes de louvor e como povo que adora é sermos aprendizes de Jesus — eu prefiro usar "aprendiz" ao invés do sinônimo religioso "discípulo". Ao olharmos para os discursos de Jesus e para os escritos de antigos aprendizes como Pedro, Tiago ou Paulo, nós vemos pessoas cujas vidas estavam impregnadas das Escrituras. Se a base da vida com Deus é seguir a Jesus e aos seus antigos aprendizes, então está claro que é impossível fazer isso sem buscarmos um conhecimento bíblico similar ao que eles tiveram.
E para finalizar, o líder de louvor precisa estudar profundamente a Bíblia, pois o seu líder no passado também o fez, e queremos ser iguais a ele. Peter Davids é um respeitado estudioso e escritor no Movimento Vineyard. Ele tem treinado teologicamente líderes (e líderes de louvor) entre várias denominações, incluindo as igrejas Vineyard no Canadá e Alemanha, e atualmente este está envolvido com as Igrejas Vineyard dos Estados Unidos. Peter é autor e é co-autor de cinco livros e tem escrito inúmeros artigos. Atualmente ele mora em Stafford no Texas, junto com sua esposa Judith.
Em Espírito e em Verdade
Construir um ministério consistente, baseado na Palavra de Deus e nos princípios que norteiam a fé no Evangelho é uma tarefa que exige um profundo comprometimento com a obra de Cristo. Embora uma parte da nova geração de cristãos que povoam as igrejas saiba pouco ou nada sobre o autor de cânticos como "Jesus em tua presença", "Minh'alma engrandece ao Senhor", "Superabundante graça", "Deus é fiel" e tantas outras músicas que compõem o repertório de inúmeros ministérios de louvor, Asaph Borba é a prova de que Deus está disposto a trazer uma constante renovação espiritual sobre seus filhos amados.
Por quase três décadas, Asaph Borba tem abençoado o Corpo de Cristo através do louvor. Um pouco deslocado do círculo das grandes gravadoras evangélicas, Asaph tem ministrado a visão de adoração através da música no Brasil e no exterior. Membro da Comunidade Cristã de Porto Alegre (RS), onde se converteu ao Evangelho ainda na década de 1970, sua gravadora, a Life Produção e Gravação, já lançou, nesse período, 55 trabalhos próprios, em oito nações, e já co-produziu cerca de 350 discos para o Reino de Deus. O ministério está presente em mais de 30 nações. A seguir, confira a entrevista concedida a Revista VM:
Considerando sua experiência de longa data no serviço à Igreja, quais são os pontos positivos e negativos possíveis de se destacar na adoração nos dias de hoje?
— O principal ponto é o crescimento em número e diversidade, de norte a sul e de leste a oeste há um grande mover de adoração, alegria e renovação que se reflete na vida da Igreja. O ponto negativo é, sem dúvida, colocar carisma a frente do caráter, principalmente no ministério de adoração. Vê-se muito o carisma e pouco a vida e o caráter, e isto tem tirado um pouco da profundidade dos ministérios. Friso também como ponto positivo a grande quantidade de músicas de louvor e adoração que tem enchido nossa terra.
Dos anos 80 para cá, houve uma conquista do louvor genuinamente brasileiro com você, VPC, Adhemar de Campos, João Alexandre e outros nomes. Na sua opinião, qual é a perspectiva para o futuro? Há espaço para um louvor genuinamente brasileiro?
— Eu creio que em tudo na vida da Igreja hoje há uma grande fusão de estilos de vida, ministérios etc. Pessoalmente, estou enlaçado com Integrity, CanZion; viajando com Massao Sugihara, David Quilan, Antônio Cirilo; tenho estado com Diante do Trono e ministrando pelo Brasil e mundo afora de mãos dadas com outros ministérios; e estou dando esta entrevista para a Vineyard Music, ministério que admiro. Creio que é a hora da mistura total e global. A influência hoje é do Espírito Santo se movendo em toda a Terra.
Para os dias de hoje, o que você destacaria como qualidades essenciais do adorador?
— Para mim, o caráter de Jesus deve ser a tônica de um adorador que passa, entre outros aspectos, pelo amor e a humildade, pois sem isto, estaremos fora do propósito de Deus que é ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. O carisma na área musical vem em segundo plano.
A música sempre esteve ligada à atividade da adoração, muito embora se insista em separar uma coisa da outra. Essa ligação profunda existe de fato ou isso não passa de uma ilusão?
— A música para mim sempre foi uma ferramenta de expressão, mas não é o centro da minha adoração, pois a essência e o centro é Cristo. E, por isso, a nossa música tem que nos conduzir para Jesus. Muito do que chamam de adoração hoje tem a música como centro. E em muitos ministérios, se a música acaba, pouco resta por que ela está centralizada em si mesma. Quando Deus quer que tudo em nós se volte para Ele, não precisamos tirar ou separar a música daquilo que somos, temos apenas que colocá-la no lugar certo.
Como você encara esse movimento da dança, outrora amplamente utilizada no evangelismo de rua, mas que agora assume papel na adoração, dentro das igrejas?
— Assim como a música, a dança é outra expressão e ferramenta para adorarmos a Deus. O salmo 150 fala: "louvai ao Senhor com danças". Não tiramos de outro lugar esta idéia, mas sim da Bíblia. A dança é uma expressão de movimento, e movimento é vida e "tudo que tem vida louve ao Senhor".
Você tem observado a conciliação entre o crescente mercado de música cristã e a adoração? Quais são os limites dessa relação?
— O limite de todas as coisas deve ser a integridade e o amor puro de Jesus, pois sem estes ingredientes o mercado é igual ou pior que o secular, que por sinal tem se mostrado em muitos pontos mais íntegro que o evangélico. Por exemplo, dificilmente alguém grava e vende uma música, ou faz uma versão sem autorização no mercado secular. Já na Igreja, a questão dos direitos autorais não funciona muito bem. Todo mundo grava à revelia de quem compôs a música. Sabemos que essa questão dos direitos na Igreja é um assunto polêmico, mas devemos honrar quem compõe, pois a Palavra de Deus diz: "a quem honra, honra".
O ministério de louvor sempre teve uma posição importante nas igrejas. Como você vê isso?
— Pessoalmente, investi na multiplicação deste processo, pois de nosso estúdio já saíram mais de 400 gravações para outros ministérios. E continuamos crendo que a vida está no corpo da Igreja e será cada vez maior este borbulhar de música e adoração por todo lado. Eu lembro que quando começamos, eram poucas as composições dentro das Igrejas, mas graças a Deus isto mudou e hoje em nossa terra somos milhares de homens e mulheres que estão compondo um novo cântico ao Senhor.
Como produtor e dono de um selo de música evangélica, qual é a sua opinião sobre o futuro do CD, com a popularização e a distribuição de música digital via internet e o crescimento da pirataria?
— Deus está vendo e controlando tudo. Eu sou do tempo do LP e da fita cassete, e sempre houve pirataria. Então, o que é de Deus permanecerá nas outras formas de mídia. Desde os escritores da Bíblia até hoje o assunto está nas mãos do Pai. A continuidade de um projeto de Deus não está no tipo de mídia em que será divulgado, mas sim em Deus. Eu creio que está chegando a hora de uma mudança radical no mercado. Quem produz, compõe e grava apenas com o objetivo de vender vai sofrer. Mas quem o faz para abençoar continuará fazendo.
Atualmente, qual é a mensagem que você tem levado nas conferências de louvor e adoração em que tem participado?
— Minha mensagem nunca mudou. Falo sempre do propósito de Deus e da centralidade do Evangelho do Reino como Jesus pregava. Tenho falado muito sobre santidade e adoração como um estilo de vida. "Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito em verdade, pois são estes que o Pai procura para seus adoradores" (Jo 4:23). Essa passagem fala de espírito e de verdade; adoração é fruto de um mover do Espírito em nosso espírito, em conjunto com a verdade que habita em nós, que faz gerar a verdadeira adoração.
Você já conhecia a VM?
— Desde o princípio da Vineyard Music nos EUA eu a conheço como fonte de louvor e adoração e sei que Deus trabalha com seus ministros por "turnos" (1Cr. 25:8). Sei também que Deus tem levantado este ministério neste turno da Igreja no Brasil e no mundo para cumprir bem e com intensidade o seu papel.A Preparação para o Culto Por Luciano Subirá
"Tendo Jesus entrado no templo, expulsou a todos os que ali vendiam e compravam; também derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada Casa de Oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores." (Mateus 21:12,13 )
Neste texto vemos Jesus agindo de uma forma singular. Em todos os evangelhos vemos a figura do Cristo misericordioso, amoroso, compassivo, e aqui temos uma atitude tão drástica e enérgica que até parece destoar do resto de seus atos. Não que tenha sido errada ou exagerada, foi precisa e perfeita, como perfeito sempre foi nosso Senhor. Mas bater com um chicote, virar as mesas com mercadorias e dinheiro, espalhar animais, e fazer tudo com tamanha autoridade à qual ninguém se opôs, mostra o valor que tem diante de Deus o princípio que os judeus estavam violando. E isto deve chamar nossa atenção.
Jesus deparou-se com muitos erros e pecados nos dias de seu ministério terreno, mas este parece ter sido um dos mais duramente repreendido. Portanto, há uma séria e importante lição a ser aprendida neste relato. Há um erro grave a ser evitado, e convido-o a refletir comigo nos princípios bíblicos por trás desta porção das Escrituras.
Durante muito tempo achei que o problema aqui era o comércio em si, mas quando examinamos o texto em seus detalhes, a acusação de Jesus contra aqueles homens parece ter dois enfoques principais:
1. Uma distorção do propósito divino para sua casa – ser um ambiente de relacionamento genuíno com Deus (casa de oração).
2. O roubo de alguma coisa – uma vez que Jesus os chamou de ladrões.
Pense nesta frase de Jesus: "vós a transformastes num covil de LADRÕES". O que esta em questão aqui não é necessariamente o ato de comercializar em si, mas o que ele significava.
O Senhor não estava repreendendo a ganância, nem tampouco os chamou de mercenários. A acusação não era contra ganhar dinheiro. Aqueles comerciantes tinham o respaldo das autoridades do templo e não estavam violando nenhuma das rígidas leis judaicas ou mesmo as romanas.
Portanto, é certo reconhecer que o roubo de que Cristo falava não era algo no reino natural, mas sim no espiritual. Tenho certeza que o roubo não era o "preço" pelo qual se vendia, pois se de um lado da barraquinha havia um bom comerciante judeu para vender, do outro lado o comprador também não era diferente, e isto sem falar na concorrência!
O quê, então, aqueles homens poderiam estar roubando?
Precisamos de uma volta ao Velho Testamento e à compreensão dos princípios da lei mosaica a fim de entender o que estava acontecendo. A Bíblia faz menção de animais sendo comercializados no templo, e esta era a principal mercadoria ali.
Mas o que estes animais faziam lá no templo? Qual a razão de estarem sendo mercadejados? Porque o comércio feito ali era principalmente o de animais?
É importante lembrar que o culto do período em que vigorou a Lei de Moisés era baseado nos sacrifícios de animais que se faziam no templo. Esta era a principal ocupação dos sacerdotes, como podemos perceber nos livros de Êxodo e Levítico.
Basicamente, o animal mais sacrificado era um cordeiro, embora havia situações em que pudesse ser um bode ou até mesmo um novilho; outros sacrifícios exigiam a presença de aves, e estas eram também aceitas quando o ofertante não tinha posses suficientes para ofertar gado.
A ESCOLHA E PREPARAÇÃO DO ANIMAL
Deus esperava que os homens oferecessem a Ele o melhor animal. A palavra sacrifício aponta não só o derramamento de sangue do animal, como também o ato de abrir mão do melhor entre todo o rebanho. Houve períodos na história de Israel em que eles perderam este enfoque e o Senhor os repreendeu:
"O filho honra o pai, e o servo ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? Diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes, que desprezais meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos o teu nome?
Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto que pensais: A mesa do Senhor é desprezível.
Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; caso terá ele agrado em ti, e te será favorável? Diz o Senhor dos Exércitos."
Malaquias 1:6-8
Deveria haver todo um cuidado na escolha e preparo do animal antes de levá-lo para ser sacrificado. Quando os israelitas começavam a fazer de qualquer jeito, Deus protestava!
O animal oferecido, em termos práticos e racionais, era perdido. Deus não o usava para nada e quem o ofereceu ficava sem. Muitos, nunca chegaram a entender que o propósito do sacrifício era justamente cultivar no coração o valor de Deus, como estando acima de todas as outras coisas, mesmo as mais importantes.
A entrega do animal em si, não tinha valor algum, mas o que ela significava para a pessoa. Não estamos hoje habituados com a criação de ovelhas, mas os donos se apegavam aos animais. Jesus disse que as ovelhas conhecem a voz do pastor e o seguem, e que este, por sua vez, as chama pelo nome (Jo.10:3).
Quando o profeta Natã foi repreender Davi de seu pecado, usou uma parábola palavra ilustrar o que Davi fizera, e descreveu nesta alegoria como alguém chegava a se apegar a uma ovelha que criava, como sendo um verdadeiro animal de estimação (II Sm.12:3).
A beleza do sacrifício estava no valor que o animal oferecido tinha. Lembra-se do caso de Abraão, a quem Deus pediu seu filho Isaque em sacrifício? Deus não queria nem precisava de Isaque sacrificado, Ele só buscava a atitude correta no coração de Abraão, queria estar em primeiro lugar. Isto agrada o coração do nosso Pai Celeste!
E o que estava acontecendo no templo, nos dias de Jesus era exatamente o oposto. Ninguém mais se preparava para o sacrifício. Simplesmente deixavam para a última hora, quando chegassem no templo e compravam um animal qualquer. O culto perdeu seu significado, pois se tornou mecânico ao perder a sua essência: a preparação.
A ÚNICA EXCEÇÃO
A única exceção que vemos na Bíblia quanto a levar o animal preparado era a seguinte: Quando alguém que fosse subir a Jerusalém sacrificar ao Senhor e morasse muito longe, para não fazer toda a viagem com o animal, poderia vendê-lo e subir com o dinheiro.
Com esta orientação, o Senhor queria facilitar o trânsito do adorador apenas. Facilitar a viagem e nada mais. Ele deveria criar suas ovelhas, reconhecendo que a melhor do rebanho não seria dele e sim do Senhor. Então quando chegava o dia de subir o templo, ele se desfazia dela do mesmo jeito!
Mas os judeus distorceram este princípio. Em nome da facilidade, instituíram um sistema onde ninguém mais precisava gastar tempo na preparação do sacrifício, bastava comprá-lo de última hora. Por isto Jesus os chamou de ladrões. A única coisa que eles estavam roubando era A PREPARAÇÃO PARA O CULTO.
O momento do sacrifício não era o culto em si, somente o clímax de algo que já havia sido iniciado no coração do ofertante há muito tempo.
Talvez devêssemos nos perguntar porque Jesus ficaria tão incomodado com um estilo de culto que estava prestes a mudar. Em poucos dias Jesus seria crucificado, a Nova Aliança estabelecida, e o culto a Deus não mais se expressaria por meio do sacrifício de animais... Mas a verdade é que o Senhor Jesus não estava preocupado com a manifestação externa do culto, mas como aquilo refletia um coração indiferente.
E mesmo mudando o estilo da adoração, ele sabia que nós continuaríamos errando e tropeçando nas mesmas coisas. Então não perdeu sua chance de corrigir um pecado de sua época, e também de nos deixar um ensino importantíssimo: o valor do que oferecemos ao Senhor em nosso culto está intimamente ligado a nossa preparação para o culto.
Fico profundamente triste em ver como as pessoas vão para os cultos em nossas igrejas. Sem contar o fato que muitos chegam atrasados (o que reflete o valor do culto ou sua preparação), e não estou falando de cinco ou dez minutos apenas! O momento em que nos reunimos para cantar e orar ao Senhor, não é toda a expressão do culto, mas o clímax de toda uma preparação que já começou antes de sairmos de casa.
Mas muitos crentes passam a tarde toda de um domingo (e não estou santificando o domingo em relação aos outros dias, mas reconhecendo-o como o dia convencional de culto em que a maioria das pessoas não trabalha e poderia cumprir o que estou dizendo) na frente da televisão, se empanturrando com tudo o que vem da bandeja dos apresentadores de programas de auditório.
Outros estão ligados no esporte, mas não quero discutir a programação. O fato é que muitos passam a tarde toda na frente da TV e depois quando chega a hora de ir para o culto – e às vezes depois dela – saem correndo para a igreja sem sequer ter cultivado um tempo diante do Senhor. Estão com seu espírito totalmente desligado e insensível para a presença de Deus. E depois se perguntam porque não experimentam nada de diferente!
Deixe-me dizer-lhe que a presença de Deus não é como uma torneira que você abre e fecha a hora que quiser. A presença do Senhor não é como um interruptor que você liga e desliga a hora que bem entende com resultados instantâneos. Não! Para provar a presença do Senhor sua carne tem que morrer primeiro, seu espírito precisa estar desperto, sensível. E sabe o que eu acho mais engraçado?
A quantia que ouço de muitos irmãos (de minha própria igreja e de outras) que quando o período de louvor e adoração "está ficando bom" nós – os líderes – costumamos encerrá-lo!
Mas a verdade é que para alguém que se prepara antes do culto, que tira um tempo para orar, meditar na Palavra, se concentrar no propósito do culto, buscar a presença e intimidade do Senhor, a adoração está boa a partir da primeira frase cantada. A primeira oração já é poderosa!
Precisamos entender que o culto não fica melhor com seu andamento, nós é que nos despertamos para a presença do Senhor que estava lá o tempo todo nos esperando.
Muita gente não cultiva em seu coração expectativa alguma para o mover de Deus, e acaba não provando nada nos cultos.
A expectativa é algo que determina resultados. Quando Jesus foi para Nazaré, sua cidade, as pessoas olhavam para ele sem expectativa. Diziam: não é este o carpinteiro, filho de José e Maria? Em outras palavras, estavam dizendo que viriam ele crescer que o conheciam, e não esperaram muita coisa dele, o que fez o próprio Jesus afirmar que um profeta não tem honra em sua pátria (Mc.6:1-6).
O relato bíblico diz que Jesus NÃO PÔDE fazer muitos milagres ali, a não ser curar uns poucos enfermos. Isto me faz questionar porque Deus não tem podido fazer muitos milagres em nossos cultos, a não ser curar uns poucos enfermos... a resposta é óbvia: vamos para nossas reuniões sem esperar que aconteça. Não choramos e gememos diante do Senhor em intercessão, não exercitamos nossa fé, não o buscamos antes da reunião!
Mas se fizermos isto, se aprendermos a nos preparar para o culto, tudo será diferente. Já evoluímos bastante na nossa qualidade musical, mas retrocedemos na preparação. Os crentes antigos se preparavam melhor que nós antes do culto. Tenho saudade de quando era criança e chegava a uma igreja e muitos estavam de joelhos clamando pela reunião. Hoje em dia, na hora de começar a reunião você quase tem que tocar um sino para que a conversa pare.
Não estamos nos preparando para o culto. E achamos que basta cantar um pouquinho para que nosso Deus se agrade. Mas estamos errando! E a severidade com a qual Jesus nos trataria hoje não seria menor do que a que ele usou ao virar as mesas dos vendedores no templo.
Certamente se Jesus estivesse fisicamente aqui hoje e quisesse "arrumar" as coisas em sua igreja, nos consideraria tão merecedores de um chicote quanto aqueles cambistas judeus de seus dias terrenos.
Precisamos corrigir isto em nossas vidas se queremos mais da presença do Senhor.
Se queremos de fato agradá-Lo, precisamos entender que o culto não começa na oração de abertura, mas em nossa casa, bem antes da reunião. Em minha casa, temos o hábito de não assistir televisão aos domingos. Não porque isto roube nossa "santidade", mas porque nos distrai, rouba a sintonia espiritual que deveríamos ter.
Muitas vezes gasto parte da minha tarde de domingo dormindo, e não só com leitura bíblica e oração. Mas quando vou para o culto, estou descansado e disposto, e isto faz diferença! Nas vezes em que me distraí, mesmo já conhecendo este princípio, o culto não teve o mesmo resultado que quando me preparei.
Meu irmão (ã), quero desafiá-lo em nome de Jesus Cristo a considerar e corrigir este princípio em sua vida. Virão dias em que provaremos um grande derramar de Deus em nossos cultos. Estão chegando dias em que veremos o Espírito Santo se mover de forma muito poderosa nas reuniões, mas tem que haver preparação. Tenho pensado muito ultimamente na frase de Josué: "Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós" (Js.3:5). Não há melhor forma de ver Deus fazendo grandes coisas em nosso meio do que preparar-se para isto!
Não sei o que tem sido seu ladrão da preparação do culto. Talvez fosse só o fato de ignorar este princípio. Talvez seja o jogo de futebol, seu mesmo ou de seu time. Talvez sejam os programas de auditório. Sei que entre os ladrões da preparação do culto a TV ganha disparado. Talvez seja outra coisa, mas você pode e deve mudar isto.
Alguns podem achar que estou espiritualizando demais, mas quando contextualizamos o que houve naquele dia lá no templo, não podemos chegar a outra conclusão. Experimente gastar tempo preparando-se para o culto e comprove você mesmo a diferença que isto faz. Mas não quero que conclua só na base do que foi bom para você. Além de ser bom para você, certamente o será para o nosso Pai Celeste que anseia pela comunhão conosco!
Pr. Luciano Subira - Ministério Orvalho
Música: A Arte criada por Deus!
"Louvai ao Senhor. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder. Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza. Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos. Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR." (Salmo 150)
A música, uma arte muito apreciável em todo o mundo, tanto nas igrejas e nos ambientes evangélicos, quanto no "mundo", sendo usada para diferentes fins. A música possui um imenso poder de atração do ser humano, desde os tempos remotos, até os dias de hoje, possivelmente a arte mais antiga de todas que se renova à cada dia.
Mas afinal, o que faz da música esse tão poderoso instrumento, como uma única melodia é capaz de lotar estádios, uma arte incrível que faz rir e chorar, que tem milênios de existência e ainda cria e se transforma.
A história da música
Biblicamente, não existe data precisa de criação da música, mas a bíblia fala sobre o primeiro ministro de louvor. No principio, antes da criação da terra ou do ser humano.
Deus (que nunca foi criado, mas sempre existiu) formou o seu reino, só havia o reino de Deus, então Ele criou os anjos.
A bíblia relata em alguns versículos sobre um anjo diferente criado por Deus, um querubim ungido, mais belo e brilhante do que todos os outros, suas asas eram as maiores, uma criação minuciosa que a quem Deus deu um dom especial, algo que vinha de dentro Dele, algo lindo que elevava essa criatura acima de todas as outras já criadas por Deus, a música! E o nome do privilegiado cidadão dos céus a receber essa incrível dádiva era Lúcifer (anjo de luz).
A música não é uma criação de Deus, ela surgiu do mais secreto sentimento do coração dEle de ser louvado, ela simboliza os pensamentos do próprio Deus, simboliza a intimidade dEle. Lúcifer não criou a música, ele apenas recebeu, ao ser criado, um sentimento de Deus, era apenas um instrumento para louvor e honra do Senhor, e por isso ele era tão prestigiado no reino.
Eu creio que já é de pleno conhecimento de todos o restante da história. Lúcifer agasalhou em seu coração um sentimento de superioridade em relação ao próprio Deus, começou a usas da música, o seu dom maior, para se engrandecer e influenciar outros anjos a se rebelarem contra Deus, aí surgiu o primeiro pecado, o pecado só pode entrar no reino após a dispensação de um sentimento de Deus, Lúcifer tinha o melhor de Deus e não soube aproveitar, por isso o Senhor se sentiu tão "traído" , confiara o seu maior bem a uma criatura e ela o rejeitava.
Então Deus tomou de Lúcifer tudo aquilo que lhe tinha dado, tirou os seus dons e ministérios, Lúcifer perdera de uma vez por todas o amor de Deus e fora jogado para fora dos céus junto com a terça parte dos anjos, esta que lhe seguira, após isso foram criados dois reinos: o de Deus e o de Lúcifer.
O Homem e a música
O tempo passou e dentro de Deus ainda pulsava o sentimento de ser amado por alguém de forma intensa, pois os anjos não têm sentimento e nem livre arbítrio, então Deus em um dia de imensa solidão almejou criar um ser que o adorasse, um ser que pudesse o surpreender em seu amor, um ser que raciocinasse, que o louvasse apenas pelo que Ele era, alguém em quem pudesse investir novamente o seu dom da música, aquele tirado de Lúcifer, "Façamos o homem a nossa imagem e semelhança!", Ele preparou tudo para que esse ser pudesse adora-lo em liberdade, criou terra céus e mar para essa criatura especial habitasse, criou o universo para ela nunca esquecer do tamanho da sua grandeza. Pegou um pouco de barro, formou uma imagem e com lágrimas nos olhos e muito amor no seu coração Ele beijou essa sua criatura com a livre escolha e soprou nela o seu fôlego de vida, Deus deu seu tudo àquele "homem". Ao presenciar aquela imagem, ao ver o homem receber do Pai tudo o que era dele e ainda muito mais do que ele pode ter, ele odiou o homem de uma forma violenta e prometeu dentro de si mesmo fazer de tudo, até o fim para que essa linda criatura desagradasse o propósito de Deus, prometeu fazer de seus dons uma arma contra o próprio homem como foi para ele.
Eu imagino adão e Eva usando a música para adorar e louvar a Deus dentro do paraíso e o diabo se mordendo de ciúmes do lado de fora, ouvindo aquele som que o lembra o tempo todo do reino de Deus. Até que um dia ele tomou o corpo de uma serpente e induziu o homem a trair Deus, foi um ato sublime para ele, ele sabia que Deus estava vendo o exato momento que a mulher pegava do fruto, Deus poderia ter interferido. Ele sabia que aquilo traçaria um futuro obscuro para o resto de toda a humanidade, mas Deus não é filho do homem para se arrepender, Ele deu o livre arbítrio ao ser humano, isto é, o homem usa o presente para escrever o seu futuro da forma que achar melhor, sem interferência direta de Deus. Ele só poderia agir se a mulher quisesse e pedisse para Ele fazer isso, mais uma criação de Deus que o traíra, mais um ato de extrema ingratidão para com o ser mais maravilhoso que existe, mais uma "decepção", era o fim do reino humano, pensou diabo, "consegui frustrar os planos de Deus!", o inferno festejava. Mas desta vez a história foi diferente, o homem sofreu as conseqüências do seu ato, foi impedido de habitar no paraíso. Mas, para decepção do diabo, Deus não conseguiu esquecer o ser humano, aquela música, aquela adoração tão espontânea, aquele jeito tão humilde de Adão e Eva dizerem o quanto amavam a Ele, viu o quanto o homem tinha tocado no mais profundo do seu espírito e criou um plano, para trazer o homem de volta para perto Dele.
Musica x Ciência
A música surgiu, como já sabemos, muito antes da ciência, porque esta se baseia apenas no mundo físico, que não existia quando a música foi externalizada por Deus. É interessante analisarmos a fundo a música, pois vemos que esta não tem fim e nem nunca terá, toda ciência possui um fim, possui uma área a qual ninguém jamais adentrará, a medicina nunca conseguirá criar a vida do nada como Deus fez, este é o ponto final da medicina, mas a música jamais tem fim, porque ela não é racional, ela não é real, não é tangível. A ciência é baseada em um espaço amostral, único como o corpo humano para medicina, mas a música não, ela não possui um objeto de estudo, um universo finito, a ciência se baseia no tempo cronológico, um tempo que teve início e um dia terá fim e quando isso acontecer a ciência e a sabedoria humana deixarão de existir, mas a musica é baseada no tempo de Deus, a música conta a eternidade. Pode parecer exagero, mas não é, acreditem. A contagem da música é um ciclo que não têm começo ou fim, "1 2 3 4 e 1 2 3 4 e 1 2 3 4 e 1 2 3 4 e 1 2 3 4", quando isso vai acabar? Quando Deus deixar de ser adorado, ou seja, nunca!!!.
O homem é feito de música.
A música é da natureza humana, quantas crianças ao nascerem só dormem ao som de uma música. Pesquisas afirmam que o parto é muito mais tranqüilo quando a criança, antes mesmo da concepção, ouve músicas calmas. O ser humano é um instrumento desde que nasce, qualquer batida com os pés, ruído com a boca, batuque com as mãos se torna uma música, a vida é música, cada som têm uma freqüência diferente. Pare um dia para analisar um local onde existe muita gente fazendo barulho ao mesmo tempo, comece a contar o tempo como se fosse uma música e você verá que é uma música mais complexa do que de qualquer outra com tons e intensidades diferentes Deus criou o mundo como uma interminável música!Levitas dão Frutos para Eternidade
Gosto sempre de lembrar: levita não é o músico, mas todo aquele disposto a servir. Não existe uma importância maior para o músico no Reino de Deus. Tanto o que toca, quanto o que abre a porta ou limpa o chão, servindo ao Senhor, é levita.
Quero relembrar também que a glória da presença de Deus é trazida no ambiente, pelos levitas. A presença de Deus em nosso meio não se dá por nenhuma das nossas programações, liturgias, idéias, enfeites ou recursos materiais, mas pela vida dos levitas.
Se eu decido viver para servir ao Senhor e aos irmãos, então o Espírito de Deus começa a se manifestar de uma forma tão intensa que a glória de Deus vem cada vez mais intensa e poderosa.
Os levitas podem dar muitos frutos, cada um de acordo com o talento que recebeu de Deus. As igrejas podem desenvolver maravilhosos projetos e idéias, podemos construir muitas coisas, mas tudo o que produzirmos nesta terra ficará aqui mesmo, não durará para sempre. Só há um fruto que os levitas podem produzir para a eternidade. Só há uma missão ou projeto da igreja local que permanecerá para sempre. Só há um trabalho que vale a pena investirmos.
Vidas
Se nós, como levitas do Senhor, usarmos os talentos para alcançarmos vidas, caminharmos com elas ensinando a Palavra, edificando o Corpo de Cristo, então estaremos produzindo frutos eternos. Todos os recursos físicos que precisamos virão do Senhor para nós. Não precisamos nos ocupar em ajuntar, construir, fazer, realizar...
Conheço muitas igrejas em todo o mundo. Vejo muitas delas, inclusive bem perto de nós, que se ocupam demais em construir e ampliar o patrimônio, são igrejas e ministérios que não "armazenam" frutos na eternidade.
Mas conheço também muitas igrejas que estão crescendo e sendo tremendamente usadas por Deus para o resgate de milhares de vidas. Elas também constroem, pois a cada dia precisam de mais espaço para comportar as vidas, mas a prioridade continua sempre sendo as vidas. Precisamos estar na presença do Senhor para recebermos mais e mais unção e poder, a fim de sermos autoridades espirituais, resgatando e instruindo muita gente, no caminho santo da vida cristã.
Parece que estes objetivos de vida não têm muito haver com os músicos. Vemos sempre os músicos envolvidos em gravações, shows, projetos e projetos... Meus irmãos, todos os frutos que podemos produzir com nossas mãos, se não forem simples instrumentos para abençoar vidas, então serão queimados como palha no fogo. Somente as vidas transformadas pelo Espírito Santo através de nós, serão frutos eternos.
De que me importa produzir tanto nesta Terra e não poder apresentar meus frutos na eternidade? Quero usar os talentos que recebi do Senhor, para que Ele possa realizar Seu maior desejo: salvar vidas. Quero ser alguém que quando toca ou canta, gera o mover de Deus para transformação de vidas. Quero ser um canal de salvação e edificação.
Não quero passar minha vida "realizando coisas" Não quero me gastar em projetos, quero me gastar nas mãos do Senhor para edificação de vidas, frutos eternos. Como levita do Senhor, o que você tem produzido para o Reino? Os frutos que brotam da tua vida são frutos eternos ou passageiros?
É claro que executaremos muitos projetos terrenos, dirigidos pelo Senhor. Porém todos os projetos precisam ter um só objetivo: alcançar e discipular vidas! Os ministérios de música das igrejas precisam entender cada dia mais a função espiritual dos levitas e da própria música. Enquanto servimos ao Senhor com nossos talentos musicais, gerando louvor e adoração, não produzimos apenas arte, mas produzimos palavras e sons proféticos que geram o mover da Palavra, o mover do próprio Jesus.
Desafio você a se reunir com o departamento, ou o ministério ao qual pertence em sua igreja e ter um tempo de oração e busca diante do Senhor. Clamem a Ele pedindo mais e mais sabedoria quanto às atividades que lhes tomam o tempo. Declaremos juntos ao Pai: Senhor, queremos ocupar toda a nossa vida em projetos vindos do céu para salvação e edificação de vidas. Queremos ser levitas de verdade. Queremos produzir frutos para a eternidade!
Sóstenes Mendes Xavier
Pr. do Projeto AdoradoresO mi(ni)stério da técnica de som
Para o grupo de louvor de uma igreja funcionar bem é responsabilidade da equipe técnica cuidar para que tudo esteja bem organizado e os equipamentos e instalações funcionando em sua capacidade plena. Assim, as pessoas vão se desgastar muito menos e os músicos se sentirão mais seguros para se concentrar no que realmente importa: adorar a Deus.
Há três aspectos muito importantes no que diz respeito ao bom funcionamento de uma sonorização. Aqui vão elas, em ordem de importância: acústica do ambiente; pessoas; e equipamentos. Por falta de conhecimento
técnico, às vezes, em nossas igrejas, as prioridades estão invertidas.
Acústica do ambiente: Construímos templos bonitos, práticos, fáceis de limpar, mas impossíveis de sonorizar. Paredes, piso e teto feitos de materiais que refletem o som e, para piorar, em formato retangular, o que é o pesadelo dos técnicos.
Pessoas: Colocamos pessoas sem preparo técnico para operar o som. Geralmente, garotos cheios de entusiasmo e disposição para servir, mas sem qualquer conhecimento (nem dinheiro para cursos, livros e revistas
especializadas). E pior, não investimos neles, apesar da enorme responsabilidade que colocamos sobre seus ombros. Sem contar a enxurrada de 'entendidos' que vão lá dar umas 'dicas' para os técnicos na hora do culto.
Equipamento: Esta palavra causa arrepios nos pastores e tesoureiros. Eles gastam alguns milhares de reais, de tempos em tempos, para resolver o eterno problema de som, comprando equipamentos que parecem nunca ser
suficiente, quando na realidade bastaria observar os dois itens anteriores. O que, aliás, representaria uma boa economia.
Primeiros passos
É preciso pensar no som na hora de contratar o engenheiro que vai projetar o prédio. Ele pode projetar um edifício lindo, prático, fácil de limpar, arejado, agradável e 'acusticamente' preparado para sua função. Que beleza!
Um templo bem projetado, entre outras vantagens, vai proporcionar um vazamento sonoro muito menor. No final, além do técnico de som, os vizinhos vão agradecer. Mas isso não basta. É importante investir em nossos técnicos: cursos, livros, revistas especializadas, conferências, seminários, além de muito amor e disciplina.
Na hora de investir em equipamentos, o barato pode sair caro. Procure adquirir o melhor — que nem sempre é o mais caro — ouvindo as opiniões de profissionais. Existem equipamentos caríssimos, lindos, cobiçados,
mas que não servem para sua necessidade no momento. Entretanto, cuidado para não adquirir equipamentos que cabem no seu bolso, mas que não resolverão o seu problema. Por isso, consulte um especialista. Ele vai sugerir a melhor relação custo-benefício.
E agora?
Não é tão difícil melhorar a sonoridade de uma igreja. Precisamos, antes de qualquer coisa, de elementos que absorvam o som: carpetes, cadeiras estofadas, cortinas, tapetes e, principalmente, investir em um
revestimento de tecido, isopor ou carpete na parede ao fundo da igreja. Quanto mais abafado, sonoramente melhor.
Invista em material especializado — revistas, livros e cursos. Na internet, é possível obter muito material de qualidade. E o melhor: gratuito. Seu equipamento merece uma limpeza periódica, com direito
a revisão dos cabos, organização, etiquetas de cores variadas, afinação da bateria, cordas novas para os instrumentos etc. O que você já tem é muito valioso e merece ser bem cuidado. Não deixe para se lembrar do problema só quando ele acontecer de novo no próximo culto.
Mãos à obra
Na hora de sonorizar um evento num salão ou ao ar livre é importante perceber que o equipamento usado não está além nem aquém da necessidade. As pessoas precisam ouvir bem — e não em alto volume —, onde quer que elas estejam posicionadas. O volume não deve passar do mínimo possível e o equipamento deve suportar bem o nível de volume com qualidade e sem distorção.
Para um grupo que se reúne em um local pequeno, às vezes nem é necessário equipamento. Para um grupo um pouco maior, pode-se utilizar uma caixa amplificada multiuso — daquelas que tem conexões para alguns
instrumentos e microfones. Se há vários instrumentos e microfones, é preciso ter uma boa mesa de som e um técnico que domine o seu funcionamento. Mais importante: é melhor ter um bom equipamento que 10 equipamentos ruins.
O som está rolando
O técnico de som precisa estar sempre muito atento a tudo. O bom técnico consegue perceber a necessidade dos músicos antes que eles digam qualquer coisa. Por sua vez, os músicos devem ser o mais claro possível
em sua comunicação, evitando tentar ensinar o técnico a fazer seu trabalho. (Músicos, tentem sempre confiar no bom senso e principalmente na boa vontade de quem está operando o som!) Músicos e técnicos são uma equipe e não adversários. Gentileza nunca é demais!
Na hora da gravação
Vamos descomplicar. Se você quiser fazer uma gravação simples do período de louvor ou da mensagem, não perca o tempo precioso do período de passagem de som ajeitando o gravador. Às vezes o técnico faz uma gravação perfeita, só que o som do culto fica péssimo porque é muito difícil fazer as duas coisas ao
mesmo tempo. O próprio equipamento de sonorização de ambiente não é projetado para gravar. Você pode usá-lo como uma solução razoável, mas não espere resultados maravilhosos.Para gravar bem é preciso dedicar tempo nos testes, investir em equipamento exclusivo e pessoal capacitado — ou ter em sua igreja aquele técnico 'milagreiro' que 'tira água de pedra'. Se na sua igreja tem um espécime desses, cuide bem dele!
Harmonia dos céus
Adorar é despojar-se de si mesmo e render seu coração totalmente ao Pai. Um servo que se propõe a isto está preparado para cuidar do som. O orgulho e a prepotência não cabem na adoração. Sejamos humildes para que Deus possa se aperfeiçoar em nós. O operador de som também é um adorador que precisa aprender a confiar no Senhor e, ao mesmo tempo, tentar fazer tudo o que estiver ao seu alcance para as coisas funcionarem bem, mantendo sempre o espírito de servo. Afinal, o bom técnico seja aquele que 'desaparece' e a gente nem percebe que ele está ali de tão bem que ele trabalha. Isto não seria adoração?
Por Amauri Muniz
A Geração Burra e sua "adoração ESTRAGAvante"
Num país muito, muito distante e há muito, muito tempo atrás, houve uma geração de jovens que amava muito seu rei. Ele era um bom rei, talvez o melhor de todos os tempos, e eles eram uma geração muita boa que tinha muito potencial. O rei tinha muitos planos para esta geração e pediu que eles fizessem algumas coisas. No início, todos da geração estavam empolgados e fizeram tudo que o rei pediu, mas depois de um tempo eles cansaram de fazer o que o rei pediu porque não viram muitos resultados e descobriram outras coisas que eles acharam melhores que podiam ser feitas em nome do rei. Ao invés de trabalhar ou ir para a escola, eles dançaram e fizeram cânticos. O tema sempre era o mesmo; tudo era sobre o rei. Como eles amavam seu rei. Não tinha cânticos suficientes para cantar sobre seu rei.
Um dia o rei estava passeando no seu reino e, para onde ele olhava, via pessoas dançando e cantando sobre ele. O rei achou legal no início, até ver a bagunça que seu reino tinha se tornado. Nada estava no lugar certo e nada estava sendo feito do jeito que ele tinha pedido. E quando ele desceu do seu cavalo, ao invés de se prostrarem diante dele e beijar seu anel, as pessoas começaram a puxar suas mãos pedindo que ele dançasse com eles. Ele puxou suas mãos de volta e, irritado, foi à direção do seu castelo com uma promessa, que nunca ia voltar para aquele povo que não fez o que ele pediu e não tratava ele como rei, mas como uma pessoa qualquer. E, além disso, ele ia mandar uns dos seus soldados para ensinar a eles o que é reverência e obediência. Mas o povo não sabia nada disso, pois quando o rei saiu, eles não entenderam por que ele não ficou. Será que ele não gostou dos seus cânticos? Será que ele não gosta de dançar?
E bem aí nós nos achamos hoje em dia na igreja. Uma igreja "apaixonada" pelo Rei, mas que não faz nada do que ele pede. "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado".Uma igreja que vive na prática do pecado e não ver perigo lá, "Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade", mas não param de cantar. Uma igreja que é mais amiga do mundo hoje do que ontem. "Gente infiel! Será que vocês não sabem que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus? Quem quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus". "Mas, nós temos nossa adoração intima e isso resolve tudo". Meu amigo, Deus não está interessado em nossa adoração enquanto nós não obedecemos a Sua palavra. Deus não está interessado em nossos cânticos de paixão por Ele enquanto vivemos transando como os nossos amantes desse mundo.
Infelizmente, há um tempo atrás, um mover, que eu creio que era de Deus no início, perdeu todo seu foco. O que era pra ser uma real adoração extravagante se tornou em algo bem banal. O que era um mover que podia ter transformado uma geração acabou se tornando mais um entretenimento para ela. Pode ter sido toda a fama que acompanharam as suas estrelas, pode ter sido todo o dinheiro que começou a ser gerado ao seu redor, ou pode ter sido um povo preguiçoso que preferiu ligar suas televisões ao invés ler a bíblia; não sei mesmo. Mas uma coisa que é meio óbvio é que esse mover acabou gerando fruto podre. O que começou com a intenção de levar o povo a ter mais intimidade com seu Rei acabou os distanciando, porque Deus não agüentou tantas mentiras sendo cantados em Sua direção e, no fim, acabou estragando totalmente o seu potencial. Ao invés de dar seu dinheiro a missionários, eles compraram CD's. E aqueles que venderam os CD's compraram casas maiores e carros mais caros. Ao invés de fazer o que o Rei pediu, eles procuravam conferências. Eles se viciaram no sentimento emocional que foi gerado no local e, por falta de poder reproduzir as mesmas emoções em casa, ainda com o CD que custou R$ 15,00, eles procuravam a próxima conferência para poder receber mais uma dose. Ao invés de dar ouvidos aos seus profetas, eles cantaram mais alto ainda. E, assim, uma geração com muito potencial foi levada a ser uma geração burra.
É exatamente como aconteceu na história de Pinóquio. Um dia Pinóquio matou aula com uns dos seus amigos e eles foram até "A Ilha do Prazer"; um lugar onde meninos vão porque querem, com a promessa de diversão e aventura, mas nunca porque são obrigados. É um lugar onde todos os meninos podem fazer o que querem: fumar, beber, brigar, todas as coisas que meninos não devem fazer. Só que chega um ponto na história em que todos os meninos malvados se transformam em burros para nunca mais ser meninos e somente animais de trabalho.
Eu esperei um bom tempo para abordar esse assunto no site. Não sei se foi Deus ou meu medo da reação da galera, mas uma coisa eu sei, não dá para continuar fingindo que tudo está legal em Narnia. Meu amigo, a bruxa está nos distraindo com "manjar turco" e nós achamos que é uma delícia aprovada pelo Rei. Se essa adoração extravagante, como os seus seguidores a chamam, é algo real e não simplesmente uma ilusão, uma viagem de emoções, me explique como alguém gasta literalmente horas na presença de Deus e depois sai do mesmo jeito que entrou? Será que não deveria ter algo diferente sobre as pessoas ou em suas vidas? Será que não eram pra eles se tornarem mais santos? Incrível como as pessoas acham que isso é algo transformador sem nada ser transformado. Eles choram por causa dos seus pecados, mas na param de pecar, me lembrando de um cara chamado Esaú.
Hebreus 12:16-17; E tomem cuidado também para que ninguém se torne imoral ou perca o respeito pelas coisas sagradas, como Esaú, que, por causa de um prato de comida, vendeu os seus direitos de filho mais velho. Como vocês sabem, depois ele quis receber a bênção do seu pai. Mas foi rejeitado porque não encontrou um modo de mudar o que havia feito, embora procurasse fazer isso até mesmo com lágrimas.
Existe arrependimento que muda vidas e existe remorso que não muda nada; só choram porque o resultado é ruim.
II Coríntios 7:10; Pois a tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação; e nisso não há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo produzem a morte.
Não tem como passar tempo na presença de Deus sem uma mudança notável. Quando Jacó saiu da presença de Deus, ele saiu mancando; quando Moisés desceu do monte depois de dias na presença de Deus, seu rosto saiu brilhando. Eles foram marcados. Não tem como gastar tempo na presença de Deus sem mudança de vida, caráter e personalidade. É impossível! E isso nos levar a questionar se é realmente tempo na presença de Deus ou muita emoção; pois não tenho dúvida sobre a emoção ligada nisso, sobre as lágrimas derramadas nos seus travesseiros, ou sobre o catarro no chão. Mas ainda assim uma pergunta fica ecoando no ar: "Como é que pessoas gastam horas com Deus e não se tornam mais como Ele? Como é que pessoas gastam dias 'adorando' Ele e não fazem o que Ele pede? Como eles podem continuar nos seus pecados declarando seu amor por Ele?" É um mistério (ou não). Há muitas pessoas se declarando filhos do Rei e amantes Dele só que vivem fazendo tudo o que Ele não aprova. Deus chamou essa geração para marcar o mundo, mas a verdade é que ela tem sido muito mais influenciada do que ela tem influenciado. Vivem curtindo os mesmos pecados do mundo: fofoca, mentira, masturbação, pornografia, namoro, sexo e lá vai a lista com todos os adjetivos que descrevem uma igreja desviada e enganada. Quem enganou a igreja a tal ponto de pensar que os cânticos eram mais importantes do que os mandamentos, obediência e santidade? Amor não é um cântico. Amor é obediência.
João 14:21; A pessoa que aceita e obedece aos meus mandamentos prova que me ama. E a pessoa que me ama será amada pelo meu Pai, e eu também a amarei e lhe mostrarei quem sou.
I João 5:3; Pois amar a Deus é obedecer aos seus mandamentos.
Amor e obediência são inseparáveis.
Os sujeitos do reino de Deus trocaram suas bíblias anos atrás por CD's e DVD's, e assim se tornaram preguiçosos e burros, um povo que não sabe mais o que Deus espera deles. Eles foram enganados pelos cânticos que falaram que Deus os ama do jeito que eles são, e por isso não tem necessidade de uma mudança real. "Se Ele me ama assim, por que mudar?" Eles foram enganados por um mover que fez Deus igual a gente, um homem; um homem do qual nós podemos nos aproximar quando e como queremos. Não existe mais temor de Deus nas igrejas porque ninguém mais acredita em julgamento ou no inferno. E, se acreditam, duvidam da possibilidade de ser um dos seus residentes mais tarde. E, pior ainda, as pessoas têm trocado as doutrinas da bíblia por letras de cânticos, Cântico dos Cânticos para ser mais exato. Cântico dos Cânticos, um livro poético que Salomão escreveu para umas das suas 700 esposas, tem se tornado um livro doutrinário, uma declaração da nossa fé e paixão. E dentro dessa bagunça, nós temos perdido o respeito e reverência que é devido a Deus e trocamo-los por desejos estranhos. Nós temos trocado as imagens de pessoas prostradas com medo de morrer porque Ele apareceu por pessoas hoje querendo dançar com Ele, beijar sua boca e se deitar com Ele. Misericórdia! Isso tudo se tornou muito nojento.
Vou ser bem sincero; talvez você vai me achar menos espiritual ou não sei o quê, mas eu não tenho nenhum desejo de dançar com Jesus, beijar Ele na boca ou se deitar com Ele. Perdoe-me, mas eu acho tudo isso muito estranho, um fogo estranho sendo oferecida diante do altar. Deus me fez homem. Meu relacionamento e como eu reajo com Ele está baseado nesse fato. Sim, a bíblia nos chama de Noiva de Cristo, mas isso está se referindo à igreja em si, não em cada um de nós. Nós não somos todas noivas ou namoradinhas de Jesus. É uma expressão figurativa. Deus não está pedindo que eu assuma o papel de uma moça, independente do que vemos na igreja hoje em dia. E, sim, eu amo Ele e eu quero vê-Lo, mas se Ele aparecesse, eu não acho que iria fingir ser uma bailarina; nem quero! Acho que a cena seria algo mais parecido como eu beijando o chão pedindo perdão e misericórdia Dele. De onde nós tiramos essas idéias banais de quem Deus é e como Ele quer ser tratado? Ele é o Rei do universo. E ainda sendo os seus filhos, nós sempre temos que lembrar disso e tratar Ele de acordo com o que Ele é. E boa sorte achando que você, cheio de pecado, vai estar todo bobo e babando se Ele aparecesse. Como é que nós até achamos que Ele vai vir para curtir conosco?
Isaías 59:2-3; Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus, são as suas maldades que fazem com que ele se esconda de vocês e não atenda as suas orações. Vocês têm as mãos manchadas de sangue e os dedos sujos de crimes; vocês só sabem contar mentiras, e os seus lábios estão sempre dizendo coisas que não prestam.
Salmo 24:3-5; Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do SENHOR a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.
E agora chegou a nova onda, tudo devido à burrice de uma geração que não conhece as Escrituras. Dentes de ouro, poeira de ouro e óleo nas mãos é tudo legal, mas onde nós achamos essas coisas na bíblia se não numa advertência?
Mateus 24:10-11; Nessa época muitos vão abandonar a sua fé e vão trair e odiar uns aos outros. Então muitos falsos profetas aparecerão e enganarão muita gente.
Mateus 24:24; Porque aparecerão falsos profetas e falsos messias, que farão milagres e maravilhas para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus.
II Tessalonicenses 2:9; O Perverso chegará com o poder de Satanás e fará todo tipo de falsos milagres e maravilhas.
Só porque algo acontece na igreja não quer dizer que é de Deus ou feito por um homem de Deus. Pode ser algo totalmente satânico. Eu não estou dizendo que este é o caso, mas antes de eu gritar o meu "amém" eu quero saber de onde nós tiramos uma base para isso. E para o que serve esses dentes de ouro? Li um cara no outro dia que falou, "Interessante como Deus dá dentes de ouro, mas não faz nada com a língua podre da pessoa bem ao lado". Realmente nós temos que nos perguntar: para o que serve essas coisas se nós não acabamos sendo mais parecidos com Ele? O real é que essas coisas não têm valor nenhum além de levantar o estado emocional de um povo confuso e com medo de ir para inferno devido a tantos pecados rolando em suas vidas.
O povo de Deus parou de adorar a Ele e pediu um rei, um cantor. Agora o povo está adorando esses reis e os seus cânticos ao invés de adorar o Rei. O que era um mover para trazer o foco sobre a pessoa de Jesus, acabou se tornando algo que compete com Ele no palco. Todo mundo está olhando para as estrelas e admirando suas luzes e não percebendo a luz do sol. Deus não vai dividir a glória Dele com ninguém, nem com um mover que usa Seu nome. O triste é que, algo que começou tão bem, acabou sendo banalizado e levou uma geração com ele; uma geração que nem sabe onde está o norte; uma geração que está perdida bem dentro da igreja porque os seus profetas, ao invés de confrontar pecado e avisar sobre a realidade do inferno, ficaram cantando cânticos para um Rei que nem está escutando.
Lucas 18:8; Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra?
Efésios 5:25-27; Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com a sua palavra. E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito.
Jesus está voltando. Se Ele vai achar fé ou uma noiva pura, eu não sei. Mas no mínimo Ele vai achar uns cânticos bem lindos feitos para Ele de uma geração perdida. Meus amigos, ainda há tempo de mudar o retrato. Não desista e não aceite tudo o que está sendo colocado em seu prato. Cocô pintado de branco ainda é cocô, e nunca será chocolate branco, independente do que a multidão afirma.
João 4:23; Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
Deus te abençoe!
Pr. Jeff FromholzO som de sua vida: o líder de louvor e seu caráter
Muitas vezes tive o privilégio, e o desafio, de compartilhar com líderes de louvor os tópicos de integridade e caráter de Deus como características fundamentais para um efetivo líder de louvor. Eu, frequentemente, proponho a discussão fazendo a seguinte pergunta aos líderes: "Qual é o instrumento mais forte e mais poderoso que você usa como líder de louvor?" E as respostas são variadas de acordo com as preferências musicais encontradas na sala. Minha voz, meu violão, meu teclado, minha bateria (sim, alguns líderes de louvor estão usando isso!!). Alguém, inevitavelmente, fala, de uma forma tímida, e dá a resposta por trás das respostas: "minha vida". Todos na sala balançam a cabeça concordando, enquanto atingimos um profundo acorde espiritual juntos.
O som de nossas vidas.
Biblicamente e experimentalmente, nós entendemos que uma vida poderosa é o mais permeável, inspirador, transformador e impactante instrumento de liderança que o Senhor tem em suas mãos. Podemos dizer que sua vida e minha vida são os "instrumentos de liderar louvor" – especialmente quando eles fazem um som que o agrada. Muito além de nossos dons musicais, Deus parece estar disposto a encontrar líderes de louvor ( de qualquer idade, eu posso acrescentar) marcados por uma riqueza de tons espirituais – tons derivados de uma vida intima com Jesus, integridade pessoal, compromisso público com a atividade do Reino e motivação pura dentro de si. Tais virtudes dão voz ao instrumento que usamos para liderar. O músico que procura um bom instrumento busca profundidade, riqueza e sustentação. Deus procura por corações bons – profundos, ricos e sustentados – para liderar Seu povo em adoração.
As freqüências do coração.
Para aprofundar mais a analogia, o som do nosso coração é feito de notas, ritmos e letras que são primeiramente forjadas num fogo profundo de escolhas diárias, através da alegria e do sofrimento. Nós chamamos a música do nosso coração de "nosso caráter". Horace Mann uma vez disse: "Reputação é o que homens e mulheres pensam de nós. Caráter é o que Deus e os anjos conhecem de nós". Nosso caráter é o nosso "eu" escondido, a música que vivemos, a postura com que nosso coração encara a vida.
Em Gálatas 5:22-23, nós lemos sobre o fruto do Espírito. Para nossa aplicação, nós vamos chamá-los de "sons do Espírito". Essencialmente, o "som" que buscamos manifestar é o caráter de Jesus, que deve ser vivo e expresso através de homens, mulheres e crianças cheios com Seu Espírito. Veja como Eugene Peterson traduz essa importante passagem para nós: "mas o que acontece quando vivemos no caminho de Deus? Ele traz dons para nossa vida, de uma forma muito parecida com os frutos que aparecem nos galhos – coisas como afeição por outros, exuberância pela vida, serenidade. Nós desenvolvemos um anseio para agarrarmos estas coisas, um sentido de compaixão no coração e uma convicção de que a santidade permeia coisas e pessoas. Nós nos encontramos envolvidos em um compromisso leal, não precisando forçar nosso caminho na vida, capazes de empregar e dirigir nossas energias sabiamente".
Nós vamos olhar brevemente para três áreas de caráter, ou sons do Espírito, que deveriam ressonar da vida de cada líder de louvor:
O som da santidade.
Santidade é vida pura. Santidade é manifestada no coração daquele que escolhe a inocência e a honestidade em face de um mundo que se declina à própria indulgência. O som de santidade é ouvido de um coração postado a honrar a Deus a qualquer custo, por seguir seu caminho, vivendo honestamente, aberto e confiante em Deus e nos outros, convencido de que é Deus que nos capacita a viver puros e inculpáveis, filhos de Deus irrepreensíveis no meio de uma geração corrompida e perversa. (Filipenses 2:15)
O som da fidelidade.
Fidelidade é uma vida de compromisso. Fidelidade é manifestada no coração daquele que tem um compromisso vibrante com Deus e com as pessoas. O som da fidelidade é ouvido do coração daquele que está envolvido em compromissos leais: comparecendo no horário, cumprindo as tarefas fielmente e sendo consistente com suas promessas. Nós confiamos que Deus, de acordo com Suas promessas, se mostre fiel e íntegro a nós (2 Samuel 22:26)
O som da integridade.
Integridade é uma vida consistente. Integridade é manifestada no coração daquele que vive a vida pública consistentemente com suas crenças particulares. O som da integridade é ouvido do coração daquele que é justo tanto em suas questões interiores quanto em questões expostas. Integridade fala sobre a verdade em lugares íntimos (Salmo 51:6) dirigindo e reinando em nossas motivações e atitudes, fazendo de nós homens e mulheres de palavra.
O caráter do líder de adoração.
John Wimber continuamente lembrava os líderes de louvor da Vineyard através dos anos: nós valorizamos o caráter acima dos dons. Ter o caráter de Cristo é central no chamado do líder de adoração. As atitudes do nosso coração influenciam cada membro da congregação ou grupo que lideramos. Nós discipulamos não apenas pelo como nós somos, mas mais concretamente por quem nós somos como líderes de louvor. As músicas e notas audíveis não são as únicas músicas que estamos cantando. Alguns anos atrás, um homem veio até mim após um período de louvor e me fez os melhores elogios que eu já tinha recebido. "Dan, seu violão não chegou nem perto da beleza de seu coração esta manhã. Seu coração me guiou ao trono de Deus". Humilde, eu nunca esqueci que minha autoridade de liderar pessoas em adoração em vida pública está arraigada em uma vida secreta com Deus. A qualidade máxima em nossa liderança de louvor depende da qualidade máxima do nosso caráter interno.
Usado por Deus.
Todo líder de louvor que eu conheço tem um anseio de ser usado por Deus de uma forma profunda. No entanto, ao longo dos anos, eu tenho testemunhado muitas batalhas ganhas e perdidas na vida, neste solo de assuntos escondidos no estilo de vida dos líderes de adoração. Mesmo aqueles com o tremendo desejo de serem usados por Deus têm terminado sendo usados e abusados pelo inimigo de nossas almas. Se nós queremos mais do poder de Deus agindo através de nós, nós devemos, primeiro, permitir que o Seu propósito seja trabalhado em nós. Nosso fundamento interior tem de ser capaz de suportar o peso das responsabilidades espirituais. Verdadeiro caráter não é concedido em um momento milagroso; o verdadeiro caráter é conseguido com o tempo. O caráter divino é formado em nós, com o tempo e a experiência – não há atalhos ou encontros de poder que removam estes dois elementos.
Liderar com o som da sua vida.
Lidere o louvor com uma vida que, particular e publicamente, ressoa amor, obediência e honra a Jesus. Desta forma seu instrumento mais forte para liderar louvor será o som de sua vida e sua liderança de louvor irá manifestar o favor e a força que somente Deus pode dar.
Por Dan Wilt
Dan Wilt é líder de louvor, compositor e diretor do Instituto de Estudos sobre Adoração Contemporânea e Emergente da Universidade St. Stephen em New Brunswick no Canadá. Além de gravar suas músicas com a Vineyard Music, Dan também é o editor da Inside Worship, site e revista de recursos de treinamento da Vineyard Music Internacional www.insideworship.com Sua paixão é formação espiritual, reflexão cultural e liderança criativa.A música na igreja
Há duas situações musicais nas quais eu creio que a benção está presente. Uma delas acontece quando um sacerdote ou organista, ele próprio uma pessoa, treinada e de gosto refinado, de forma humilde e carinhosa, sacrifica seus próprios anseios – todos esteticamente corretos – e entrega ao povo uma porção mais humilde e simples, crendo que, assim, conseguirá levá-los para mais perto de Deus.
A outra situação ocorre quando outra pessoa, totalmente ignorante em termos musicais e artísticos, ouve humilde e pacientemente uma obra que é incapaz de apreciar por inteiro, crendo que, de alguma forma, ela glorifica a Deus. Caso não edificar aquele ouvinte inculto, ele assume que a falha deve estar nele, e não no executante. Nem o erudito nem o ignorante devem se desviar desse caminho. A música terá sido um canal da graça para ambos; não a música que os agradou, mas aquela que os desagradou. Ambos sacrificaram e ofereceram seus gostos no mais profundo dos sentidos.
Mas no lado oposto dessas situações, quando o músico se enche de orgulho de suas habilidades ou é contaminado pelo vírus da emulação e olha com desdém para a congregação que não apreciou seu desempenho, ou ainda quando o inculto se fecha em sua ignorância e conservadorismo, olhando, com a hostilidade típica do complexo de inferioridade, para todos aqueles que desejam melhorar seu gosto – aí, então, podemos estar certos de que tudo o que ambos ofereceram não é abençoado, e que o espírito que os motiva não é o Espírito Santo.
Intenção Musical
A mim parece muito importante definer cuidadosamente a forma, ou as formas, de música que podem glorificar a Deus. Num certo sentido, todos os agentes naturais, mesmo os inanimados, glorificam a Deus continuamente, revelando o poder dAquele que os criou. Neste sentido nós, como agentes naturais, fazemos o mesmo.
Neste nível, nossas más ações, ainda que demonstrem nossas habilidades e força, podem ser consideradas como glorificação a Deus, assim como nossas boas ações. Uma peça musical excelentemente tocada, como uma ação natural que revela em um alto grau os poderes peculiares dados aos homens, irá sempre glorificar a Deus, qualquer que tenha sido a intenção do músico. Mas esta é uma forma de glorificar que nós compartilhamos com "as feras e os grandes abismos", com o "gelo e a neve".
O que é procurado em nós, como homens, é uma outra forma de glorificar, que depende da intenção. Quão fácil ou quão difícil pode ser para um coral inteiro preservar a intenção durante as discussões e decisões, todas as correções e desapontamentos, toda a rivalidade e ambição, que precedem a apresentação de um grande trabalho, eu ( naturalmente) não sei. Mas é da intenção que tudo depende. Se for bem sucedido, eu acho que os artistas são os mais felizes dos homens: privilegiados como mortais para honrar a Deus como anjos e por alguns poucos preciosos momentos, ver espírito e carne, trabalho e gozo, talento e adoração, o natural e o sobrenatural, todos fundidos numa unidade que deveria ter existido antes da queda.
Por C.S. LewisMulheres Chamadas para Liderar Louvor
Por que é tão importante escrever um artigo sobre as mulheres liderando louvor? Porque na maioria das igrejas através da história as mulheres têm sido vistas como menos capazes de exercer algum ministério do que os homens. Na verdade mesmo na época de Cristo as mulheres só podiam criar os filhos, cuidar da casa e basicamente isso. Felizmente, neste século, nossa cultura e a igreja em geral têm dado passos gigantescos em direção ao reconhecimento da igualdade das mulheres e dos homens como criaturas de Deus. Em muitas denominações hoje, mulheres têm sido ordenadas para ocupar cargos de liderança; o que nunca havia sido visto há cinqüenta anos atrás.
Poucas pessoas hoje questionariam que Deus criou homens e mulheres seres iguais, no intelecto e com a capacidade espiritual de conhecer a Deus. Mas algumas pessoas ainda questionam se é ou não apropriado para mulheres ocuparem cargos de liderança e autoridade. Liderar louvor é um ministério sacerdotal que envolve se achegar a Deus perante as pessoas e invocar a presença de Deus através de oração e músicas de adoração. Deus investe Sua autoridade naqueles que Ele chama para liderar a adoração.
Através desta autoridade, o Espírito de Deus chama homens e mulheres para submeterem suas vidas a Ele à medida que oferecerem louvor e ações de graças. Através desta autoridade o reino de Deus vem até a congregação, chamando seu povo para um concerto e arrependimento.
Mulheres no Novo Testamento
Em muitas igrejas hoje, ninguém discute se as mulheres são qualificadas para liderar louvor. Mesmo assim, por causa do legalismo e da discriminação contra as mulheres no ministério, nós precisamos chamar as mulheres para ministrar através da autoridade da Palavra de Deus.
Muitos de nós crescemos em denominações que limitavam a participação das mulheres em funções ministeriais. O poder e a procedência deste exemplo bloqueiam muitas mulheres de ativamente buscar um ministério. Como se não bastasse, existe uma dúvida persistente nas mentes de muitas mulheres e homens a respeito do lugar certo para a mulher no ministério.
Para afirmar o chamado de Deus para as mulheres, nós vamos olhar alguns exemplos significantes de mulheres líderes no Novo Testamento.Ambos Jesus e Paulo eram reformadores radicais em reconquistar a integridade das mulheres e o papel integral que elas têm no ministério na igreja.
Jesus incluiu mulheres entre os discípulos; elas O seguiram em Suas pregações itinerantes, e estavam presentes em Sua crucificação. Nos evangelhos, vemos mulheres proclamando as boas novas: a mulher samaritana, e aquelas mulheres para quem o anjo apareceu para anunciar a ressurreição de Cristo. Na narração de Lucas sobre o nascimento de Jesus, três mulheres – Isabel, Maria e Ana – falam profeticamente sobre Cristo pelo poder do Espírito Santo.
As mesmas mulheres que estavam no Cenáculo, esperando pelo Espírito (Atos 1:14) estavam presumidamente presentes no Pentecostes, cumprindo a profecia de Joel que "...derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão,..." (Atos 2:17; Joel 2:28-29). Este era o começo da liberação da igreja sobre as mulheres para falarem sobre Deus. Paulo diz em Gálatas 3:28 "Dessarte não pode haver nem judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." Esta foi uma afirmação revolucionária para o contexto cultural de Paulo. Ele seguiu o exemplo de Jesus e deu o próximo passo abrindo a porta para as mulheres ministrarem.
Vemos mulheres dando assistência a Paulo em vários papéis como servas ou líderes. Já que 19% das pessoas listadas por Paulo como seus colaboradores são mulheres, podemos presumir que as mulheres tinham um papel importante e significativo na igreja. Entre as mulheres que trabalharam com Paulo temos Lídia, líder de uma igreja caseira. Priscila, citada como colaboradora ou líder (Grego: sunergos). Juntamente com seu marido, Áquila, ela instruiu Apolo, que se tornou mestre proeminente em Corinto. Paulo dizia que toda igreja deve a Priscila. Provavelmente por causa das ofertas financeiras e seu ensino.
Outro exemplo é Febe, descrita como uma diakanos, que significa diácono (diaconisa) ou servo (a). Sendo portadora das cartas de Paulo, ela o representava pessoalmente, uma função que carregava um certo status. Finalmente temos Júnias, descrita juntamente com Andrônico (provavelmente seu marido) como "notáveis entre os apóstolos" (Romanos 16:7). (Muitos comentadores deduzem incorretamente que Júnias é um homem. Na antiguidade, todos os 300 exemplos do mesmo nome estão relacionados à mulher, não a homem).
Do ponto de vista bíblico, as mulheres certamente deveriam ser incluídas no ministério liderando a adoração. De qualquer forma que você aplicar o ensino do Novo Testamento sobre mulheres mestras e líderes, certamente você encontrará lugar para elas também como líderes de adoração.
Aplicação prática
O que pastores e líderes de ministérios de louvor podem fazer para estimular o dom de liderar a adoração em mulheres e abrir caminho de quaisquer obstáculos que elas possam encontrar?
1. Peça a Deus que te dê olhos para ver as mulheres com talento e que têm potencial para liderar louvor. Por causa da predominância de homens na liderança, às vezes é fácil de achar que todos os líderes de adoração mais talentosos são homens. Não seja uma vítima de um preconceito súbito que venha limitar sua habilidade de identificar e encorajar mulheres com talento.
De forma justa, devemos sempre usar as mesmas regras para avaliar a liderança de louvor de homens e mulheres. Os critérios básicos são: caráter cristão, dom espiritual para liderar a adoração, talento musical, e a habilidade de liderar outros através de experiências práticas evidentes. Líderes de banda precisam saber como unificar um grupo de músicos tão bem quanto liderar a congregação. Não podemos colocar ninguém, seja homem ou mulher, para liderar a adoração se estes critérios não foram primeiramente cumpridos.
2. Afirme abertamente o lugar das mulheres liderando a adoração. Para que um grupo de louvor seja liderado efetivamente, o líder precisa ganhar a confiança das pessoas. Vamos encarar o fato de que ainda há homens e mulheres que encontram dificuldade de permitir que uma mulher os lidere em questões espirituais. Por esta razão, fica ainda mais difícil para algumas igrejas se entregar de todo coração num período de adoração sob a liderança de uma mulher.
Como esta situação pode ser remediada? Em primeiro lugar, o pastor pode deixar clara sua posição teológica de que as mulheres são chamadas e capacitadas por Deus para liderar a adoração. Em segundo lugar, levantando mulheres para liderar a adoração, o pastor mostra que sua confiança na liderança feminina não é só teórica, mas real e prática.
3. Procure encorajar mulheres líderes de louvor promissoras a desenvolver seus dons. Muitos homens chamados para o ministério integral são líderes relutantes. Continuamente Deus tem que bater em suas cabeças com a revelação e o encorajamento de outras pessoas antes de tomarem a atitude e iniciativa de um líder.
Eu vejo as mulheres líderes de louvor em uma posição similar. Algumas mulheres não têm certeza o suficiente se é correto buscar uma posição de liderança. Por causa do modelo de formação da maioria das bandas, elas se sentem mais aptas exercendo a função de backing-vocal (vocal) ao invés de líderes de louvor.
Um papel essencial no pastoreamento é o de trazer à tona o talento que você vê nas pessoas. Uma palavra de encorajamento de um líder primário na igreja causa um grande impacto em um líder em treinamento talentoso porém relutante. Nós não podemos prometer dar posições às pessoas, porque não sabemos como elas vão se desenvolver e amadurecer, e a menos que as encorajemos, elas podem nunca tentar.
4. Dê as mulheres uma oportunidade para aprender, colocando-as ao lado de um líder de louvor já estabelecido. Desta forma elas podem aprender muito observando todo o processo de liderar uma equipe – os aspectos técnicos do ensaio, trabalhar efetivamente com o sistema de P.A., e mesmo como liderar um período de adoração.
Se um líder de louvor, masculino ou feminino, não for instrumentalmente forte ele pode se apoiar na força musical da banda. Contudo, a afirmação, o status e o aumento de confiança que acontecem na co-liderança são muito poderosos. Se o líder de louvor responsável treinar um aprendiz para ocasionalmente co-liderar um período de adoração de domingo, a igreja vai levar aquele líder mais a sério.
O corpo de Cristo deve trabalhar junto como uma equipe. Através de uma variedade de dons, sejam dois homens liderando louvor ou um homem e uma mulher, a experiência da adoração é enriquecida pelos estilos musicais, unção, e vozes diferentes. Além disso, quando os homens e as mulheres cooperam na liderança do louvor, a igreja vê um modelo poderoso de liderança integrada que afirma o lugar das mulheres na igreja.
Por Andy Park
Andy é o pastor das Artes da Adoração na Vineyard em Anaheim. Ele tem liderado louvor por mais de 20 anos e tem escrito muitas das músicas de adoração da Vineyard, como Senhor, Te Quero, Santo Amor entre muitas outras. Andy e sua esposa, Linda, moram em Anaheim, Califórnia com seus seis filhos.
Adoração em um grupo caseiro
Como muitos de vocês, eu comecei minha jornada de líder de louvor em um grupo caseiro. Eu ainda me lembro do pânico da primeira vez. Nós éramos mais ou menos vinte pessoas na sala de uma casa. Eu tenho certeza de que havia um ar-condicionado ligado, mas eu suava intensamente. O pastor deste culto caseiro, Don, orou para iniciarmos o encontro e então me fez um sinal para que eu continuasse. Mais suor correu pela minha face, enquanto eu pegava o violão com tanta força que pensei que fosse quebrar. De alguma forma eu consegui fazer o primeiro acorde, então o próximo. Depois de um tempo eu me atrevi a abrir os olhos. Eu mal podia acreditar, todos estavam adorando. Era a visão mais maravilhosa que eu já havia tido. Ao contrário do que muitos podem pensar, liderar o louvor em um grupo caseiro envolve mais coisas do que simplesmente um violão nas mãos de alguém (ou uma pessoa sentada ao piano), tocando algumas canções.
Desde aquela primeira noite, eu aprendi muitas coisas sobre preparar e liderar o louvor. Minha esperança é que os próximos parágrafos tragam algumas ferramentas necessárias para que você seja um ótimo líder de louvor em grupos caseiros. Eu vou começar falando sobre tópicos mais amplos e depois chegaremos aos detalhes mais específicos.
ENTENDENDO AS DIFERENÇAS
Liderar o louvor em um grupo caseiro significa liderar um número menor de pessoas, o contrário de uma congregação completa. Eu entendo que esta é uma afirmação incrivelmente óbvia, mas entendermos a diferença das dinâmicas entre o louvor congregacional e caseiro é essencial.Uma importante dinâmica que devemos ter em mente é o nível de participação. Em um grupo menor teremos (provavelmente) menor participação vocal. A razão é primeiramente numérica. Vamos comparar uma congregação de 100 pessoas com um grupo caseiro de 10. Em cada um destes grupos vai haver uma certa quantidade (digamos 15%) de pessoas que não sabem cantar, então eles não cantarão. Somados a estes, existe alguns outros (mais 15%) que não entendem o que é adorar, e por isto eles se tornam espectadores, e podem não cantar. Depois podemos ter um outro grupo (talvez 10%) que entendem o coração da adoração, mas são muito introspectivos para cantar. Isto nos deixa com aproximadamente 60% do grupo, estes vão adorar e cantar. Se aplicarmos este número ao cenário da congregação de 100 pessoas, teremos aproximadamente 60 adoradores (nada mal). No entanto, em um grupo de dez, teremos somente 6 almas corajosas para cantar. Obviamente, esta não é uma regra rígida, mas nos ajuda a criarmos uma expectativa mais realista da participação em nossos grupos.Termos uma expectativa realista do nível de participação do nosso grupo na adoração, é importante por diversos motivos. Isto vai lhe ajudar:
1) Escolha músicas apropriadas. Se por acaso seu grupo tem um nível baixo de participação, então não escolha canções que demandam a presença de um grupo grande. Ao contrário, use as canções que fluem melhor em momentos de intimidade.
2) Não se entregue à frustração. Alguns líderes ficam frustrados pela pouca participação. Pare e pense sobre o que realmente está acontecendo em seu grupo. Talvez você tenha somente 11 pessoas cantando, mas se seu grupo for de 20, então mais da metade está envolvida.
O FATOR INTIMIDADE
Como já disse anteriormente, estar em um grupo caseiro implica que haverá menos pessoas envolvidas. Os grupos deste tipo com os quais eu já me envolvi, variavam entre oito e trinta pessoas. Esta condição cria automaticamente uma atmosfera de intimidade que pode ser ameaçadora a algumas pessoas, e até impedi-las de se abrirem para Deus e e/ou aos outros. Esta atmosfera de intimidade também pode fazer com que as pessoas estejam relutantes em cantar mais alto, porque podem soar mal e serem ouvidas por outros.Uma maneira de vencer o fator 'intimidade' é dar às pessoas tempo para se sentirem seguras dentro do grupo. Seja paciente, já que isto pode levar alguns meses. Na verdade, muitas pessoas chegam aos grupos com feridas físicas, espirituais e emocionais que precisam, desesperadamente, ser tocadas pelo Pai.No entanto, vai levar um tempo até que todos sintam segurança e confiança, quando o ministério pode ser mais efetivo e prático.
Um dos frutos deste sentimento de segurança, é que as pessoas vão se expressar com mais liberdade durante a adoração. Lembre-se que a adoração é uma experiência de grande intimidade e um momento quando estamos muito vulneráveis. O nível de liberdade e aproveitamento dos momentos de louvor crescerão sensivelmente quando as pessoas puderem confiar naqueles que estão ao seu redor.
DICAS E DETALHES
O poder da oração
A ferramenta mais importante que um líder de louvor tem a sua disposição quando se prepara para liderar outros, é a oração. Há três áreas específicas que eu enfatizo quando estou orando sobre o louvor. A primeira é que eu seja sensível para escolher as músicas adequadas. A oração é a via principal para que eu determine quais as canções serão cantadas. Vou falar mais sobre escolha de músicas depois.
Outra área de oração importante para os líderes de louvor, é pedirmos a Deus que nos mostre as necessidades específicas do grupo. Nossas igrejas, e conseqüentemente, nossos grupos caseiros, estão cheios de pessoas que precisam de uma intervenção direta da graça e misericórdia de nosso Senhor em suas vidas. A adoração é uma das principais formas que Deus usa para ministrar à sua noiva. Portanto, a necessidade de estarmos afinados com as idéias de Deus e não com as nossas, é algo vital na adoração.
O terceiro ponto de oração, é o desejo de viver um estilo de vida de adoração e simplicidade. A adoração é mais do que simplesmente cantarmos grandes músicas que nos fazem pensar sobre Deus e nosso relacionamento com Ele.
A ADORAÇÃO ENVOLVE TODO UM ESTILO DE VIDA
Na cultura Hebraica, cada ser humano (corpo, alma e espírito) era considerado como algo completamente interligado, unido e indivisível. Portanto, o ato da adoração era entendido como algo que envolvesse todo o corpo (não passivamente), e englobasse todos os aspectos da vida de alguém. Quando eu oro, peço que Deus me ajude a viver uma vida de adoração a cada dia, não somente quando eu estiver liderando o louvor, e que eu sempre tenha em mente a ordenança de Col. 3:15-17, '...tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus...'.
VOCÊ NÃO É O CENTRO
Em I Pedro 5:6 lemos: 'Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte'. Humildade é uma ordem absoluta para qualquer um que deseja liderar o louvor de forma efetiva. O coração da adoração é Jesus nosso Rei. Liderar o louvor é servirmos àqueles que estamos liderando, permitindo que eles vejam o autor e consumador de nossa fé. Não é o lugar de fazermos o que nós (líderes) queremos! Eu recebi muita ajuda das sugestões que veremos a seguir, para manter minha atenção no coração de Deus por seu povo, e me proteger de estabelecer minha própria vontade no louvor:
1) Não escolha suas músicas favoritas para montar um período de louvor. (Compositores, cuidado para não escolherem somente suas músicas). Tenha certeza de que as músicas escolhidas vão comunicar o que está no coração de Deus, mesmo que você não goste tanto daquela canção.Seguindo este mesmo raciocínio, não se esqueça de tocar em um tom que a maioria das pessoas consigam cantar. Isto pode ser diferente dependendo do grupo, mas geralmente os únicos homens que conseguem cantar as músicas tocadas nos tons de 'E'(mi) e 'G'(sol) são os tenores. Eu tenho percebido que as canções em 'C'(dó), 'D'(ré) e 'F'(fa) funcionam muito bem em grupos caseiros, onde a força de uma banda completa e as muitas vozes não estão presentes.
2) Verifique se o seu planejamento para o louvor se encaixa com a expectativa do pastor ou líder do encontro. Eu não estou dizendo que alguém deve aprovar todas as músicas com antecedência. Mas, estar conectado com o responsável (ou aquele que vai pregar/dirigir) antes do início vai dar a segurança de que você entendeu mais daquilo que Deus deseja fazer naquela reunião. Pode servir como um ponto de checagem e equilíbrio para você.
USANDO O REPERTÓRIO ESCOLHIDO
Umas das perguntas mais freqüentes que me fazem sobre liderar o louvor é: 'Eu devo usar uma lista de músicas, ou devo tentar seguir o fluir?' Minha resposta é: Sim, você deve usar a lista!Eu creio que é importante separar um tempo para planejar quais as canções serão tocadas. Minha experiência me ensinou que se eu procuro ser diligente em buscar o coração de Deus, então as músicas que escolho normalmente atingem o alvo desejado. Pode acreditar, é bem melhor seguir uma lista pré-estabelecida, do que ter de lidar com o stress de escolher a música adequada depois que a coisa já decolou. Porém, é verdade que eu já me peguei em situações quando senti claramente, que a canção seguinte da minha lista ou era inapropriada para o momento, ou não parecia se encaixar com o que estava acontecendo. É neste momento que devemos seguir o fluir. Se realmente queremos dirigir o louvor seguindo o coração de Deus e não o nosso, então algo que precisamos aprender é deixarmos o Espírito Santo intervir e mudar a direção daquele momento. Porque nesta vida, nós somente ...veremos em parte... o coração de Deus para as situações. Agora tenho algumas sugestões que podem lhe ajudar a 'seguir o fluir':
1) Não entre em pânico. É bem mais fácil ouvir a voz de Deus se você não estiver desesperado. Sinta-se encorajado, e lembre-se que Deus é por você. Ele deseja que você consiga fazer um bom trabalho na liderança do louvor, e será fiel em lhe dar as instruções necessárias.
2) Tenha sempre várias canções alternativas prontas para serem usadas. Tenho experimentado que estas músicas podem acabar servindo muito bem. Outra forma de selecionar músicas alternativas, é manter uma cópia de meu repertório atual (aproximadamente 100 títulos de músicas e o tom em que normalmente toco cada uma) colado no corpo de meu violão, onde posso ver. Desta forma eu posso fazer uma diferente escolha somente com uma rápida olhada. Este pequeno truque tem sido um grande amigo. Também me ajuda a evitar o embaraço de não saber qual será a próxima música.
3) Não crie o hábito de liberar um momento de cânticos espirituais ou espontâneos, somente porque você não sabe o que fazer. A maioria das vezes que fiz isto acabei criando um momento 'patético' e não 'profético'. A chave para isto é, não tenha medo de ficar em silêncio e esperar por uma direção de Deus.
PEQUENO NÃO É SINÔNIMO DE INSIGNIFICANTE
Eu gostaria de deixar uma última palavra de encorajamento nesta sua jornada através do louvor em grupos caseiros: Pequeno não é sinônimo de insignificante. Liderar o louvor em uma casa não é inferior a liderar diante de uma congregação. Não é menos digno ou honrável liderar em um grupo caseiro do que liderar em um santuário com palco. Aos olhos de Deus, o número de pessoas no grupo que você está liderando é insignificante. O que interessa para Ele é nossa obediência em segui-lo e servirmos Sua noiva. Infelizmente, nós acabamos muitas vezes, dando mais atenção para coisas que atraem mais atenção e glamour para nós mesmos. Não caia nesta armadilha.
Brent está envolvido com liderança de louvor e pastoreamento desde 1991. Atualmente ele é o líder de louvor da igreja Vineyard em San Diego CA. Ele participou da gravação dos CDs: Jesus Lead On e Mercy.Ele é casado com Patty e eles têm um filho chamado Brian.
Por Brent Helming
A Razão da Adoração
Uma das maneiras de conhecermos a Deus é pelo Espírito Santo, ele foi deixado no mundo por Jesus para trazer uma revelação de Deus ao homem.
Tenho escutado no Oriente Médio testemunhos de um sonho que muitas pessoas estão tendo: Elas estão sonhando com Jesus. Árabes sonhando com Jesus e procurando igrejas porque sonharam com Ele na noite anterior. Desejam saber quem é Jesus. Este é o Espírito Santo revelando Deus ao mundo.
Em uma viagem ao Japão deram o seguinte testemunho: Um japonês estava andando nas ruas de Tóquio e no meio daquela multidão, uma pessoa se aproximou dele e disse: Deus me mandou falar de Jesus pra você. Essa pessoa falou em português com esse homem, sem saber que ele era um japonês brasileiro. E este japonês brasileiro entregou sua vida a Jesus.
Quem faz isso? O Espírito Santo. A conversão de cada um de nós foi feita pelo Espírito Santo, Ele que nos leva conhecer a Deus. Que nos traz a revelação de Deus. E esse "a quem adoramos" se amplia: "Ao teu Deus adorarás e somente a Ele darás culto". Ele é a razão, o alvo, o objetivo da nossa adoração. E é esse conhecimento de Deus gerado pelo Espírito Santo que muda a nossa vida.
Por que adoramos? Sempre me perguntei por que Deus procura adoradores? Por que adoramos a Deus? Qual é a razão? Será que o céu fica melhor com a nossa adoração aqui na terra? Lá tem a plenitude, lá tem milhares e milhares de anjos dia e noite adorando ao Senhor. Antes de o mundo existir já havia adoração no céu.
Concordo que um anjo se rebelou e foi mandado embora do céu, mas ficaram milhares de anjos para adorar. O céu é cheio de adoração. É só lermos o livro de apocalipse para termos uma visão da adoração no céu. Deus vê as coisas dentro da sua perspectiva, quem vive no tempo somos nós. No céu já está tudo acontecendo, de eternidade a eternidade. Nós vivemos numa porçãozinha da eternidade de Deus. Nós estamos vivendo na eternidade de Deus em cada segundo da nossa vida.
Descobri então o porquê dá adoração. A adoração acontece quando nós com povo de Deus promovemos na terra o que existe no céu. Um adorador é alguém plugado no céu. É alguém que se conecta no céu, é alguém que se conecta em algo que está acontecendo diante da glória e do trono de Deus. Quando nos ligamos no eterno, começa a acontecer nas nossas vidas, no nosso coração, ao nosso derredor o que está acontecendo no céu.
Adoração não é uma ordem de músicas que cantamos diante de Deus. Não, adoração é uma maneira de vivermos diante de Deus. Quando cantamos, esta é uma das maneiras pela qual adoramos a Deus. Mas adoração é você estar conectado com Deus. A eternidade é transmitida para a sua vida.
Deus procura verdadeiros adoradores, porque o adorador é alguém ligado no céu. É alguém que tem como único objetivo, promover na terra o que está acontecendo no céu. A vida de adoração é estar na presença de Deus e trazer o que é de Deus através da sua vida para a terra. Por isso Deus procura adoradores que adorem em espírito e em verdade e esse "por que adoramos", transforma em primeiro lugar, a nossa vida.
Não transforma a Deus. Alegra o coração de Deus e então transforma a nossa vida. Quando você decide ser um adorador e deseja viver essa vida de adoração então a sua vida começa a ser transformada e transforma tudo ao seu derredor. Um adorador é quem promove a presença de Deus a onde quer que esteja.
Sabem por que Jesus disse que as portas do céu não prevaleceriam? Porque as portas do inferno não suportam a adoração. Não agüentam. Um adorador na porta do inferno é um incomodo para o inferno. A igreja adorando nas portas do inferno, adorando nos prostíbulos, nos cabarés, em locais de drogados, o inferno não suporta.
Eu trabalhava na rede Globo. Depois da minha conversão eu me tornei técnico de áudio e fui contratado como supervisor da Globo no sul do país. Ali eu me especializei, trabalhei com link, com satélite, fui um dos primeiros a trabalhar com áudio digital, tinha o emprego dos meus sonhos. Mas, ninguém me agüentava, pois eu louvava ali sem cessar. Todas as externas que fazíamos, eu levava a minha bíblia e eu ficava falando de Jesus. Entravamos no carro, eu colocava uma fita de louvor e adoração, entravamos no caminhão de externas, a mesma coisa.
Eu fazia isso porque eu sou um agente de Deus neste mundo e todos nós somos chamados para sermos um agente do céu neste mundo. O porquê da adoração? Porque a adoração traz os céus para a terra. Traz a presença de Deus para este mundo. Transforma o que está ao nosso derredor. Transforma uma casa, transforma um lar, transforma as vidas.
Certa vez uma senhora me telefonou tarde da noite. Ela estava chorando, pedindo que alguém fosse até a sua cada porque o marido estava trancado em um quarto com uma arma na mão ameaçando se matar. E era muito longe e chovia muito e eu não sabia o que fazer. Então pedia a minha esposa que ficasse orando e comecei a orar com ela no telefone e falei: você tem um disco de louvor na sua casa? Ela respondeu que sim. Então eu disse: coloca a música bem alta para que o teu marido escute de onde ele está. E ela colocou bem alta e aquele louvor encheu aquela casa.
E o marido que estava gritando do quarto, desesperado, saiu daquele aposento, pegou o telefone e falou comigo e eu pude ministrar com ele e aquele homem não se matou. Aquele homem foi salvo por causa do céu na terra. As portas do inferno não prevalecem onde há louvor e adoração, onde há a igreja louvando e adorando. O céu se transfere para o nosso meio. O porquê da adoração? Porque promove a presença de Deus no mundo.
Tivemos outra experiência em um evangelismo no centro de Porto Alegre e começamos a tocar e ninguém parava para ouvir. As pessoas passavam de um lado para o outro como se nada tivesse acontecendo. De repente o Senhor me disse: "começa a adorar" e nós começamos a adorar como se não tivesse mais ninguém por perto, só Deus.
Quando terminamos o cântico, muitas pessoas pararam para ouvir e foi enchendo o local. Não cantamos mais música de evangelismo, somente de adoração. Os pastores se prostraram, o grupo de teatro se prostrou e nós chorando e adorando a Deus ali no centro da cidade. O céu na terra ligado na graça de Deus, conectados no eterno.
Amor e adoração são as conexões que temos com o eterno de Deus. São estas as duas coisas que estão acontecendo no céu. Deus é amor e o céu está cheio de amor. Estas são as duas coisas que acontecem no céu e que devemos viver aqui na terra: amar e adorar. Essa é a razão da adoração.
Por Asaph Borba
O comportamento no ensaio
Para muitos, o ensaio de uma equipe de louvor é uma experiência maravilhosa — alegre, encorajadora, desafiadora, voltada para a comunhão e agradável a Deus. Para outros, entretanto, a noite de ensaio pode representar um momento repleto de sentimentos de medo, imperfeição e até mesmo solidão — está claro que não é nada disso o que Deus pretende.
O dilema da equipe de louvor Numa perspectiva musical, uma equipe de louvor representa um interessante dilema. Talvez seja o único contexto em que um grupo tão diverso de músicos se reúne e espera produzir um som apropriado ao consumo das multidões. Uma equipe de louvor pode, e geralmente é assim, representar uma larga mistura de forças e habilidades musicais — desde o profissional experiente até àqueles que acabaram de aprender alguns poucos acordes.
Se considerarmos a idéia de que os músicos naturalmente tendem a gravitar ao redor daqueles que compartilham níveis de habilidades semelhantes, esta integração pode, fora desta perspectiva, produzir alguns efeitos devastadores na experiência de participar de uma equipe de louvor. O fato é que muitos pastores, muito freqüentemente, relacionam intimamente o crescimento da igreja com o som da equipe de louvor. Daí você tem o ambiente propício para a divisão e a desordem. Esta é a má notícia. A boa notícia é que nós podemos crer no modo maravilhoso que Deus tem nos chamado, e providenciado os meios pelos quais nós podemos interagir tanto no mundo espiritual como no musical. Se isso soa bastante como algo que vem do Reino de Deus… então realmente é!
A técnica nunca isenta o músico de ter uma vida que busca ardentemente a justiça e o caráter de Jesus. A personalidade artística é responsável! Além de tudo, o ensaio deve ser um ambiente de verdade – um lugar de repouso, de baixar a guarda e desenvolver a música juntos. Para encerrar, existem algumas poucassugestões que eu gostaria de passar a respeito das normas de comportamento no ensaio.
Boas maneiras no ensaio
Um dos erros mais comuns acontece quando permitimos que alguns músicos fiquem tocando sem propósito antes do ensaio começar. Embora muitos vejam isso como algo alegre, e até inocente, isso pode trazer implicações infelizes. Imagine só por um momento que o músico se sente travado, ou acanhado. Só o fato de passar pela porta pode ser suficiente para fazer com que ele pense em desistir. Ao percebermos sentimento de incapacidade, o nosso trabalho é encorajar e envolver os membro da equipe com verdade e amor. Os líderes de louvor podem agendar um momento para uma "jam" interativa — talvez depois que o ensaio acabar, quando todos estiverem se sentindo mais seguros.
Deveríamos gastar algum tempo para que os músicos e cantores pudessem interagir sem os seus instrumentos. Embora os retiros semestrais e encontros periódicos possam ser eficazes, um momento semanal de comunhão proporciona um bom caminho para a construção de relacionamentos baseados na confiança e aceitação.
Outro ponto negligenciado é a maneira de permitir que alguém possa contribuir e perceber qual será a suafunção na música. Uma idéia simples é dividir o grupo em instrumentistas e vocalistas. Ensaie a banda por um período controlado de tempo e encoraje os vocalistas a ouvirem, a cantarem com o microfone desligado e a basicamente se sentirem confortáveis com a sensação da música. Depois, dê uma pequena folga aos instrumentistas enquanto os vocalistas passam sua parte. Chame os músicos e passe a música com todos juntos. O mesmo exercício pode ser aplicado aos instrumentistas que não tocam o tempo importantes e nós temos um tempo de ensaio específico para vocês". Segundo, ela força a banda a priorizar e gerenciar bem o já limitado tempo do ensaio.
Uma das maneiras maravilhosas de quebrar as barreiras dentro do contexto de uma equipe de louvor é fazer perguntas aos outros. Ao invés de mostrar o que você sabe, tente descobrir o que os outros sabem. Não existe um gesto maior de aceitação musical do que um baterista se aproximar de um tímido flautista e perguntar sobre o seu instrumento, procurando saber como ele funciona. Ao levar em consideração a habilidade e a experiência de alguém, uma coisa é certa — temos nos doado a um instrumento, e ninguém melhor do que nós para falarmos sobre ele. Seja você a pessoa que faz essas perguntas primeiro.
Um último pensamento nos faz lembrar da questão da afinação. Eu creio firmemente no afinador eletrônico e, particularmente, sugiro que um afinador seja parte integral do orçamento do equipamento de som de uma igreja. Por que estou trazendo este assunto à tona? Embora seja verdade que muitos possam afinar perfeitamente "de ouvido", criar a cultura de usar o afinador leva tempo. Primeiramente, outros não se sentirão intimidados em usar os seus próprios afinadores. Em segundo lugar, existe um clima de união quando todos se reúnem ao redor do afinador. Isto pode soar estranho, mas a questão é que nem todos percebem quando há alguém destoando na equipe de louvor. Em terceiro lugar, até mesmo a pessoa que tem um senso mais perfeito de afinação pode estar em um dia ruim. Finalmente, a música só pode soar melhor quando todos
estão musicalmente e espiritualmente afinados. Você vai se surpreender ao ver o quanto o seu ensaio vai melhorar se você gastar alguns poucos minutos com essa importante tarefa.
Batalhando pelo trabalho em equipe
Enquanto a nossa musicalidade simplesmente nos dá um contexto de adoração, é a nossa mentalidade espiritual que nos capacita a adorar e a liderar outras pessoas. Saber que esses princípios de ensaios podem ser aplicados hoje, pode facilitar o "tocar bem juntos" — o objetivo principal da maioria das equipes de louvor.
Bruce Ellis é o pastor de adoração da Cambridge Vineyard em Ontario, Canadá. Ele também é compositor, produtor e músico professional,e vive em Cambridge com sua esposa Laura e seus quatros filhos, Sam, Abby, Noah e Sally.
Adoração digna de um Rei
Deus é Rei. Na Bíblia, sempre que as janelas dos céus são abertas, Ele está reinando sobre Seu universo. Isaías vê o Senhor em Seu trono, exaltado nas alturas; a orla de Seu manto enche o templo (a casa ou palácio de Deus na terra). Os serafins, Seus guardas angelicais, O adoram: "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos, a terra inteira está cheia da Sua glória" (Isaías 6:3b).Isaías está atônito: "ai de mim!". Seu motivo? Era um homem de lábios impuros, no meio de um povo de impuros lábios. Como ele sabe disso? "Os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos" (Isaías 6:1-5).
Macaia revela o Senhor "... assentado em Seu trono, como todo o exército dos céus ao Seu redor, à Sua direita e à Sua esquerda" (I Reis 22:19). A visão que Ezequiel teve do céu inclui um trono, com uma figura divina como que vestida de fogo sobre ele (Ezequiel 1:26-27). Para Daniel, Deus se assenta em um trono envolto em chamas, entregando todo o domínio sobre um reino eterno ao Filho do Homem (Daniel 7:9-10; 13-14). No Novo Testamento, João é levado aos céus, diante do trono do Criador, onde anjos O adoravam (Apocalipse 4:1- 11). E assim segue.
O que é verdade para a Bíblia em geral, é verdade para os Salmos em particular. Neles, no livro de orações da Bíblia, nós encontramos adoração ao Rei, digna do Rei. Isso inclui altos louvores, petições ferventes, celebrações no templo, testemunhos audaciosos, sabedoria sã, chamadas à batalha, renúncias íntimas, quebrantamento e corações curados, profecias impetuosas, esperanças seguras. Essas são as formas pelas quais o povo de Deus louva e ora, e é através dessas expressões que somos formados. Quando a revelação de Deus como Rei cai sobre nós, a Adoração se eleva. Essa é a essência dos Salmos.
Visão do Rei
Nos Salmos, Deus é proclamado Rei: "Pois o Senhor É o Grande Deus, o Grande Rei acima de todos os deuses" (Salmo 95:3). Ele senta em Seu trono: "O Senhor reina! As nações tremem!" (Salmo 99:1a). Suas vestes são reais: "O Senhor reina! Vestiu-Se de majestade; de majestade vestiu-Se o Senhor e armou-Se de poder!" (Salmo 93:1). Um estrado está diante do Seu trono: "Exaltem o Senhor, nosso Deus, prostrem-se diante do estrado dos Seus pés. Ele É Santo!" (Salmo 99:5). Em, Suas mãos, Ele segura um cetro: "O Teu trono, ó Deus, subsiste para todo do sempre; cetro de justiça é o cetro do Teu reino" (Salmo 45:6). Ele é cercado pela milícia celestial: "O Seu trono está sobre os querubins! Abala-se a terra!" (Salmo 99:1b). Ele é adorado por um mar de anjos: "Bendigam o Senhor, vocês, Seus anjos poderosos, que obedecem à Sua Palavra. Bendigam o Senhor todos Seus exércitos, vocês, Seus servos, que cumprem a Sua vontade" (Salmo 103:20-21).
Visão de nós mesmos
Como Calvino diz, conhecer a Deus é conhecer a nós mesmos. Nos Salmos, nossa humanidade é revelada no próprio ato da adoração. Nós descobrimos corações que abandonaram a Deus, soterrados pelo pecado, lutando contra convicções e culpas, nas garras do medo, enraivecidos contra seus inimigos, repletos de dúvidas, esmorecendo na presença de Deus, ansiosos pelo Lar, sofrendo com a fraqueza, doentes e debilitados, aguardando pela morte, esperançosos por vida. Assentamos-nos sozinhos na guarita durante a guarda noturna. Deitamos-nos em camas de dor. Antecipamos as lutas de amanhã. Experimentamos o abandono, a decepção, as fofocas e a difamação. Nós meditamos sobre a lei de Deus. Nós subimos o Sião com alegria e satisfação. Aprendemos o novo canto da salvação. Vemos as bênçãos de nossos filhos. Sabemos que Deus é quem governa as nações. Nós sentimos seu coração de Bom Pastor. Nós declaramos suas promessas e alianças. Nós ansiamos pelo triunfo do Messias. Nós descansamos Nele.
Adore ao Rei
Como então nós aprendemos a adorar essa Soberania dos Salmos? Em primeiro lugar, nós vamos até Ele e nos rendemos, em ato de submissão.
Em hebraico, a palavra "adorar" (shakah) significa se prostrar, se curvar: "Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador" (Salmo 95:6). Se prostrar é se entregar, desistir, se tornando fisicamente menor que o Rei. Isso é humilhação. Nós estamos desamparados, na misericórdia do Soberano. É aí que a adoração começa. Ela destrói nosso narcisismo: "o que eu ganho com isso?". Na adoração, não se fala em receber, se fala em entregar. Nós entregamos nossas vidas a Deus. Se conter é se Revoltar. Se entregar é Adorar: "Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás". (Salmo 51:17).
A vida cristã começa com a adoração (submissão) e confissão: Jesus É Senhor, e eu não (Romanos 10:9). Paulo diz que devemos entregar nossos corpos como sacrifícios vivos, pois "... este é o culto racional de vocês" (Romanos 12:1). É holístico, incorporado e intencional. Quando nós entregamos nossos corpos perante Deus, Ele nos tem.
Em segundo lugar, Deus ensinou Israel a nunca vir a Ele de mãos vazias. Assim como líderes de estado honram uns aos outros com presentes, nós devemos trazer nossos presentes a Deus. Nós trazemos a nós mesmos como presentes. Nós trazemos nosso louvor como presente. Nós cantamos a Ele; nós gritamos a Ele (um sonoro grito de vitória): "Aclamem o Senhor todos os habitantes da terra! Prestem culto ao Senhor com alegria; entrem na Sua presença com cânticos alegres" (Salmo 100:1-2). Nós honramos e exaltamos a Ele como o objeto de nossa adoração. Isso expressa amar a Ele com todo o nosso coração. Nós falamos de sua grandeza, Sua bondade e Sua fidelidade. Maravilhamos-nos sobre Seu caráter e Suas obras. Aqui, a adoração se transforma em testemunho.
Lembramos-nos dos feitos poderosos de Deus. Lembramos-nos de Seus milagres, A libertação do Egito, o resgate das mãos do inimigo, o perdão de nossos pecados, Suas curas e Seu triunfo sobre a morte. Enquanto nós proclamamos Seus feitos poderosos, as nações escutam. Eles vêm a temer e honrar o Único e Verdadeiro Deus: "Cantem ao Senhor, bendigam o Seu nome; cada dia proclamem a Sua salvação! Anunciem a Sua glória entre as nações, Seus feitos maravilhosos entre todos os povos!" (Salmo 96:2-3).
Enquanto adoramos, nós também trazemos nossos presentes, nossos sacrifícios, nossos dízimos e nossas oferendas. Nós fazemos nossas promessas. Esses são atos de obediência. Eles mantêm o templo e seu sacerdócio. São também atos de amor e devoção quando nós entregamos a Deus o que Lhe é devido: "Ofereça a Deus em sacrifico a sua gratidão, cumpra seus votos para com o Altíssimo" (Salmo 50:14).
Em terceiro lugar, a adoração inclui o nosso pedir, nossos pedidos a Deus. Dallas Willard diz que os pedidos são a essência da oração. Nós os trazemos ao Grande Rei. Vamos a Ele decididos. Vamos a Ele como filhos e filhas.
Enquanto pedimos, fazemos isso em nosso nome e em nome de outros. Nós representamos que não conhecem ao Rei. Pessoas que estão tão presas às suas idolatrias e descrenças que não podem ir a Deus por si mesmas. Nós entregamos nossos pedidos, sabendo que a face de Deus está virada em nossa direção. Deus está ansioso em recebê-los e respondê-los pelo nosso bem e pela Sua glória.
Digno de um Rei
O centro da fé bíblica não é somente que Deus é Rei, mas também que Ele tem Seu Reino, Ele reina e Ele governa. Na Vineyard, nós estamos especialmente afinados na mensagem de Jesus, que o Reino de Deus está ao alcance de nossas mãos. Sabemos que Deus interveio decisivamente através de Seu Filho para tomar esse planeta do reino caído de Satanás. As curas e libertações de Jesus fazem os avanços do inimigo se desfazerem.
Os Salmos são repletos de batalhas espirituais. Os clamores de Davi por vitória e por vingança não denotam apenas uma vitória sobre os inimigos, mas também uma vitória de Jeová sobre os ídolos de seus inimigos. Esses Salmos apontam para o tempo do cumprimento das promessas encontradas no Antigo Testamento. Eles estão repletos do tema Messiânico, falando da vinda do Cordeiro, que é o tema principal da adoração do povo de Israel. O Rei-Guerreiro irá se levantar, sobrepujar seus inimigos, se identificar conosco em Seus sofrimentos e restaurar totalmente Seu povo, trazendo as nações a Sião e vingando a Si mesmo, Sua própria morte em Cristo. Como a queda de Jericó, é através da adoração que essa insurreição contra os ídolos e sua escuridão será lançada e sustentada.
A adoração nos traz à presença de Deus, Seu Espírito se move entre nós e Seu poder é revelado em nós. A adoração é uma arma de guerra, pois ela complementa o primeiro mandamento ("não terás outros deuses além de Mim" Êxodo 20:3), traz de volta o foco no Deus vivo e nos dá uma pequena mostra de nosso destino final: deleitarmos-nos Nele e na vinda do Reino prometido. Como C.S. Lewis descreve no livro O Peso da Glória, nós estaremos com Cristo, seremos como Cristo, seremos glorificamos com Ele (recebendo beleza e louvor), tomaremos parte do banquete e seremos entretidos e exerceremos Sua autoridade sobre os novos céus e nova terra.
Adiciono ainda uma coisa: nós também seremos elevados em êxtase, adorando através de nossos corpos aperfeiçoados e transformados. Lá, Deus será tudo em todos, e nós seremos completados por Ele, sabendo então como nós somos conhecidos por Ele, conhecendo a amor de Cristo que ultrapassa o conhecimento, e sendo preenchidos pela completude de Deus.
Enquanto adoramos através dos Salmos, aprendemos mais e mais sobre o que isso tudo pode significar e ser para nós. Os céus se abrem, a revelação desce e nossa adoração se eleva – digna de um Rei.
Por Don Williams
Don Williams é um dos teólogos mais respeitados da Vineyard ao redor do mundo.O fluir da adoração
"Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo. Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra..." (Gênesis 2:6,7a)
Como líder de louvor eu já me envolvi o suficiente com muitos períodos de louvor "mortos" para saber que eu não desejo jamais fazer parte deles ou mesmo ser responsável por um desses momentos. Você entende o que eu quero dizer por "período de louvor morto", não sabe? É o contrário de algo vivo! Além de ter sido fortalecido e renovado por oferecer uma adoração "em espírito e em verdade", eu me sinto exaurido e exausto. Este é um grande sinal de que eu fiz tudo isso com a minha própria força e habilidade, ao invés da força e da habilidade de Deus.
Deus deve ser o foco da adoração. É um erro pensar no período de adoração como sendo um momento do qual eu vá tirar algum proveito. Mas também é um erro pensar em estar na presença de Deus através da adoração e não sentir nada. Vemos nas Escrituras que todas as vezes que alguém esteve na presença de Deus, essa pessoa foi definitivamente afetada por esse encontro. A presença de Deus irradia vida. Na presença de Deus há plenitude de alegria (Salmos 16:11). Estar na presença de Deus e não ter experimentado dessa alegria, me faz pensar se realmente eu estive com Ele.
É interessante perceber que o homem foi criado do pó da terra, e que esta terra recebia um "fluir" diário de vida. Ele não precisava produzi-la, apenas desfrutava dela. Aquela neblina regava a terra e trazia vida para toda a superfície da terra. Eu penso que nós deveríamos desfrutar do nascer diário da vida de Deus em nós, e que isso deveria afetar todas as áreas do nosso ser. João, o Amado, escreveu que se nós crermos nEle, do nosso interior "fluirão" rios de águas vivas. (João. 7:37,38). É esse fluir diário da vida de Deus em nós que faz com que a nossa adoração seja viva.
Sendo assim, de onde surge a "adoração morta"? Como resultado do pecado de Adão (isto é, sua decisão de determinar o que era melhor para si mesmo, agindo de acordo com o seu próprio interesse e dependendo da sua própria razão) uma maldição veio sobre a terra. Aquilo que antes produzia vida, agora produz espinhos e abrolhos. Aquilo que antes fluía naturalmente, agora requer muita fadiga para poder acontecer (Gn. 3:17-19). A fadiga é algo que Deus diz que não permitirá que exista em sua presença (Ez. 44:18). Quando eu penso em quantos períodos de adoração eu já tive que "suar e fazer acontecer", fico envergonhado. Será que eu sou contra o esforço e o trabalho? Sou contra a preparação para a obra? Certamente que não! Mas a "obra" que nós somos chamados a fazer é simplesmente deixar fluir a vida de Deus em nós. Isso não tem nada a ver com habilidades (embora Deus nos dê habilidades) ou esforços humanos. Não tem nada a ver com aprender métodos ou técnicas musicais impecáveis. É o fluir do Espírito de Vida em nós, oferecendo a Deus um sacrifício de aroma suave.
I Coríntios 15.45 nos diz que Jesus, o "ultimo Adão, se tornou espírito vivificante". Ele reverteu os efeitos do pecado sobre nós. Novamente nós podemos desfrutar do fluir vivificante neste solo que nós chamamos de corpo. Eu nunca mais terei que liderar um período de louvor "morto". Deus tem providenciado um fluir de água vida diário e eterno. Todas as vezes que ministrarmos a Deus, e conduzirmos o seu povo, estejamos certos de que nós "abrimos" a torneira desse fluir.
Por Danny Mullins
O supremo valor da adoração
Depois de um excitante período como um jovem cristão no início dos anos 1970, de alguma forma aterrissei em tradições que tinham expressões de adoração que não se encaixavam em minha personalidade e valores. Nos 15 anos seguintes, eu ansiei por uma qualidade de vida espiritual, uma profundidade da comunidade e uma experiência de adoração viva. Eu clamei por uma reforma geral na igreja, anos antes de eu saber que Deus estava levantando homens ao redor do mundo que também lutavam por isso. Quando finalmente descobri que tal profundidade na experiência da adoração existia, minha fome espiritual ficou mais intensa. Me senti como se estivesse pastoreando algemado, preso a um sistema com o qual me sentia desconfortável.
Finalmente, durante a Páscoa de 1992, meu coração foi quebrantado por um estudo baseado no Salmo 27:14 — "Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR". Deus respondera meu clamor por uma experiência viva com Ele na adoração. Além desse e de outros recentes encontros com Deus, minha mulher e eu, junto com um grupo de amigos, plantamos uma igreja local. Investimos um tempo considerável em uma adoração intensa e significativa. Desenvolver intimidade com Deus se tornou uma das prioridades.
Não éramos necessariamente muito "bons" naquele primeiro momento, mas nos devotamos a buscar Deus, primeiramente através da música de louvor e adoração contemporânea e da intercessão. Não importava se aqueles momentos não pareciam ser tão vívidos; fazíamos aquilo para Deus e não para nós. Na hora certa, e com um foco adicional no serviço à nossa comunidade, com atos práticos de amor, as coisas começaram a melhorar.
As idéias a seguir sobre o supremo valor da adoração são baseadas no encontro progressivo de uma igreja local com Deus. Enquanto os caminhos que escolhemos para a adoração são únicos para nós, os princípios que fluem autenticamente das experiências de "adoração viva" se aplicam a todos nós. Na realidade, encontrar a Deus na adoração é um pouco parecido com trocar as cordas do violão — não há como saber o quão obtuso as cordas antigas soavam até ouvir as novas soando. Muitas vezes, com o coração funciona da mesma maneira.
Adoração estabelece um tempo para focar em Deus
Isto não significa se preocupar se nossa adoração é silenciosa ou exuberante, sonoramente atual ou tradicional; muitas vezes, as pessoas reagem ao serem atraídas para um lugar especial para eles e para Deus. Vemos isso nas lágrimas de recém-convertidos, na tranqüilidade dos jovens e nos olhares absortos de pessoas concentradas em Jesus. Vemos também nos gestos de amor e no encontro dos olhares das pessoas normalmente reservadas. Canções simples cantadas por corações sinceros preparam o ambiente para a visita de Jesus, e Sua presença traz o sopro quente da primavera para corações cativos por várias formas de inverno.
Adoração viva nos atrai para Deus.
Adoração cria um espaço para a comunhão com Deus
Para mim, isto é um valor supremo da adoração: criar um espaço na vida para comunhão e relacionamento verdadeiros com Deus. Abrimos nossos corações a Deus de forma transparente e sem defesas, e Ele se apresenta entre nós de maneiras diferentes, algumas vezes de modo bastante palpável. Ele continua o trabalho de consertar as coisas em nossos corações, e assim, conforme direcionamos nossa visão a ele, somos transformados.
Enquanto não passo conscientemente por esses passos todo domingo de manhã, algo assim invariavelmente acontece comigo: depois de esvaziar minha mente das ocupações cotidianas, de repente percebo a música (depois de rir do novo chapéu do baixista) e sou levado à alegria: lembrando de Deus, do Seu amor, das minhas necessidades, recebendo suas respostas, cantando com o coração, cantando no espírito, despertando para Ele — vivo novamente para a comunhão com Deus.
Adoração viva nos desperta para Deus.
Adoração nos prepara para o compromisso com Deus
Outro valor que emana de um período de adoração viva é a sua capacidade de extrair de nossa alma laços mais profundos. Athanasius (293-373) ensinou que o louvor tem a maravilhosa habilidade de focar todas as partes da alma numa única direção, de ordenar nossos desejos contraditórios. Ele diz: "Como na música o dedilhar é usado para fazer soar a corda, a alma deve, através da música, se tornar um instrumento totalmente devotado ao Espírito; de forma que todos os membros e emoções reajam perfeitamente à vontade de Deus".
Adoração viva nos prepara para um compromisso mais profundo com Deus.
Adoração nos dá a oportunidade de sermos curados por Deus
Adoração nos ajuda a obter cura. Martinho Lutero (1483-1546) escreveu: "Eu seguramente acredito, sem vergonha de afirmar, que depois da teologia nenhuma arte se compara à música; é a única arte, com exceção da teologia, capaz de dar uma mente tranqüila e feliz. Isto é notoriamente provado pelo fato de que o demônio, autor da depressão e outros distúrbios, quase foge do som da música como da teologia". Em outras palavras, ele diz que a música é um dom de Deus que afasta o demônio e deixa as pessoas felizes.
Adoração viva nos cura, de dentro para fora.
Adoração provê um lugar onde podemos ser transformados por Deus
William Temple, arcebispo de Canterbury de 1942 até sua morte em 1944, capturou muitos desses benefícios na bela descrição da adoração em seu livro, "Hope of a new world" (Esperança de um novo mundo). Ele também confirmou a importância da experiência da adoração na nossa transformação na imagem de Jesus: "Adorar é despertar a consciência pela santidade de Deus, abrir o coração para amá-lo, para dedicar nossa vontade para o propósito de Deus".
Adoração viva nos transforma progressivamente à imagem de Cristo.
Ao seu alcance
Sob a luz da sabedoria das vozes mais experientes, e sob a luz da minha própria experiência, penso que é quase impossível superestimar a importância da adoração para a alma. Precisamos disto para sobreviver espiritualmente; precisamos disto de modo a nos tornar o que Deus quer que sejamos. Cada comunidade de cristãos deve trabalhar de todo coração e entendimento, para encontrar o vivo caminho que trabalha a nosso favor. É uma tragédia de primeira grandeza que muitas igrejas tenham "adormecido para a adoração", com crentes pensando ter adorado quando mal arranharam a superfície.
Ausência de uma experiência real de adoração, e seu conseqüente desapontamento, pode nos afastar de uma verdadeira comunhão que está mais próxima do que podemos imaginar. A adoração viva está ao alcance de todos nós. Agradeço a Deus por ter ouvido meu clamor e permitir que nossa igreja local desenvolvesse uma estrutura de adoração que nos possibilita encontrar com Ele num caminho real. Descobrir um estilo que funciona na sua congregação é mais importante que qualquer tradição, e certamente mais importante do que a pequena quantidade de tempo muitas vezes destinada a isso.
Há um lugar chamado "a terra dos viventes". É um lugar de adoração viva para todos, e para toda igreja local. Eu os aconselho a não descansar até que tenham experimentado o supremo valor da adoração.
Por Dr. Peter FitchAdoração é a arte de expressar o seu coração
A música, no contexto cristão, tem como objetivo conquistar o interesse de Deus atraindo o seu olhar e coração para o nosso meio, edificando-lhe um trono de louvores para que se sinta à vontade e livre para apenas receber nossa admiração, amor e adoração, ou envolver-nos completamente com a sua irresistível e inefável presença.
Tenho aprendido algo nestes anos de ministério, Deus não consegue resistir a uma verdadeira e apaixonada adoração; ele sempre se manifesta e, caro leitor, não há nada que supere o prazer de se perder no aconchego do seu abraço.
Não buscamos a sua mão, e sim a sua face. Temos aprendido que "a busca pelas bênçãos nem sempre gera intimidade, mas a busca pela intimidade sempre gera bênçãos".
E como Davi disse em Salmos 37.4: "Deleita-se (sinta muito prazer) no Senhor e ele concederá os desejos do teu coração".
É prazeroso, real e divertido; nosso noivo, Jesus, é tremendo, o melhor, e a sua alegria é a nossa força! Por intermédio da pregação direta e sem desculpas da Palavra de Deus e de ensinamentos bíblicos que nos dizem respeito à verdadeira adoração; aquela que Deus procura.
Precisamos almejar ser segundo o coração de Deus. E em função disto, necessitamos aplicar a sua santa Palavra às nossas vidas diariamente, lembrando-nos que a Palavra de Deus é um mapa que nos conduz a algo melhor – nos conduz ao Deus da palavra (Salmos 119.105) – por meio do incentivo ao cântico novo.
A Bíblia nos instrui a cantarmos ao Senhor em mais de (200) duzentos lugares. Repetidamente enfatiza o cântico novo. Ele não está apenas interessado na canção ou no poema que você decorou há um mês, ou há dez anos.
A Bíblia diz que ele está interessado é na verdade que está no seu íntimo (Salmos 51.6). Ele deseja beber dos rios de adoração que fluem do seu interior e estes rios podem ser envoltos por música gerando, assim, um novo cântico, um cântico seu, baseado num amor tão intenso que você não consegue ficar sem expressá-lo.
Certa vez, eu li uma descrição da palavra "adoração" que me fez irromper em alegria, dizia: "Adoração é a arte de expressar o seu coração".
Vivemos expressando o nosso coração no dia a dia e se isto já é algo tão natural por que não o fazermos na adoração por meio da espontaneidade de uma dança, nova canção, pintura, ou malabarismo?
Por David Quinlan
Potencial, Paixão, Propósito
Algumas coisas aprendemos bem cedo na vida, como "não brinque" na rua ou "não enfie um objeto na tomada". Outras coisas aprendemos mais tarde. Comigo este tem sido o caso.
Eu tenho tido o privilégio de ser uma referência, um mentor e pai espiritual a centenas de pessoas no passar dos anos. Isto é algo pelo qual sou grato e nos últimos anos pessoas em quem eu conseguia ver potencial sempre me impressionaram. Eu as encorajei fortemente a desenvolverem o seu potencial e encontrarem o seu propósito de vida.
Suponho que algumas das minhas maiores decepções foram causadas por aqueles em quem eu vi potencial. Eu ainda não consigo explicar porque demorei tanto para perceber que todos têm potencial, e isto por si só significa praticamente nada. Todos têm potencial!
O que me atrai agora é a paixão. Mostre para mim uma pessoa com uma paixão e eu mostrarei a você um vencedor. Paixão é o combustível que queima no coração de cada vencedor. Apresente a mim um homem com paixão e eu mostrarei a você um homem, ou uma mulher, que moverão céus e terra para alcançar o seu objetivo.
Um livro recentemente publicado é o resultado da investigação do autor deste livro em diferentes regiões do mundo. Ele entrevistou os mais influentes, os mais bem-sucedidos de cada área, pessoas que fizeram uma diferença significativa em seu mundo. Estas pessoas formavam um grupo diversificado, homens e mulheres de negócios, artistas, políticos, esportistas e outros.
Embora cada um dos entrevistados possuía as suas características particulares, uma coisa, eu repito, uma coisa que todos tinham em comum era paixão. Eles todos acreditavam em si mesmos e todos possuíam um sentido claro de propósito de vida e uma paixão ardente para atingir os seus objetivos.
Quando jovem ministro do evangelho, eu fui consumido por uma paixão pelas nações do mundo. O meu sonho era viajar livremente às nações e pregar o evangelho às multidões. Eu tenho vivido o meu sonho em mais de cinqüenta nações do mundo.
Contudo, da mesma maneira eu poderia ter sonhado um dia ser um médico, ou professor, ou fazer uma faculdade, ou prestar algum tipo de serviço à humanidade. Falar de paixão não está limitado ao que freqüentemente é chamado de "ministério" ou à alguma atividade cristã como é costumeiramente conhecida.
Ter paixão é descobrir a razão pela qual você foi criado por Deus e qual é o propósito da sua existência. Está na hora de pensarmos além da caixa e entender que Deus tem pessoas em cada reino deste mundo. Os cristãos cometem o erro de separar o sagrado do secular. Aos cristãos dedicados tudo é sagrado. Quer você sirva a Deus em um púlpito ou em um escritório tudo é santo para o Senhor.
Quando você descobre a sua paixão e vive para ela, você remove os limites daquilo que é impossível. Muitas coisas das quais desfrutamos hoje eram impossíveis a uma geração passada, a não ser para aqueles que se recusaram a aceitar o impossível e permitiram que sua paixão invadisse novos territórios de invenções.
Se hoje eu pudesse te dar um conselho seria este: identifique a sua paixão e corra atrás dela. Escreva sua paixão em um papel. Medite sobre isto. Permita que ela viva no incubador do seu espírito humano.
Pelo o quê você viveria, ou morreria? Você sacrificaria qualquer coisa para alcançar o quê? O que te faz chorar quando você pensa profundamente a respeito? Isto, meu amigo, é a sua paixão e a sua paixão é o seu chamado.
Por Dan Duke
Musicalidade, Funcionalidade e Autenticidade
Algumas canções de adoração têm muito conteúdo bíblico, mas suas letras parecem não alcançar nossas emoções, musicalmente ou melodicamente. Por outro lado, outras canções podem movê-lo, poderosamente, em termos de disposição e atmosfera ainda que haja a carência de verdade objetiva. Talvez, elas sejam mais subjetivas e algumas vezes centradas no "eu". Lidar com essas características na música é um grande desafio para os compositores, músicos e artistas comprometidos com Deus e apaixonados pelo que fazem.
Esse dilema nos remete ao que disse John Piper: "Verdade sem emoção produz ortodoxia morta e uma igreja cheia (ou quase-cheia) de admiradores artificiais (como pessoas que escrevem mensagens genéricas de aniversário para ganhar a vida). Por outro lado, emoção sem verdade produz frenesi vazio e cultiva pessoas superficiais que recusam a disciplina de pensamentos rigorosos, mas a verdadeira adoração vem de pessoas que são profundamente sensíveis e que amam uma doutrina profunda e completa. O amor intenso a Deus enraizado na verdade é a essência da adoração bíblica".
É nesse ponto que está o problema e é bastante provável que tenha dois aspectos distintos.
1 - A necessidade. É muito importante que a adoração tenha, de fato, plenitude da verdade das Escrituras, que nós concordemos com Deus e O proclamemos fielmente, pois Ele também celebra as maravilhas das doutrinas bíblicas. Não há dúvidas desse princípio entre os líderes de louvor. Contudo, cria-se uma enorme necessidade, isto é, a necessidade por tais canções e em grande quantidade para que não continuemos a repetir aquelas mesmas canções favoritas, porém antigas. Portanto, se não formos cuidadosos como compositores, nós podemos nos encontrar "guiados pela necessidade" e tentando escrever músicas para contemplar certas doutrinas, questões ou temas sem necessariamente ter tido tempo para ir àquele lugar em Deus onde nós entendemos a verdade e deixamos que ela impacte nossas emoções.
Tal como foi dito a Ezequiel para comer o rolo de papel, tenha a verdade em seu interior, que ela se torne parte de ti, de modo que você seja afetado ou movido por ela. Caso fizéssemos isso verdadeiramente, ao invés de tratarmos a composição como um exercício intelectual ou acadêmico, apenas tentando encaixar as verdades nas linhas melódicas, descobriríamos uma "nova canção" explodindo em nosso ser com uma característica particular de paixão e de convicção. Mas a necessidade é "impaciente" e, por isso, procuramos pegar atalhos. Como resultado, acho algumas canções muito cerebrais em vez de inatas ou intuitivas.
2 - O artista. O artista/compositor/músico/pessoa criativa está de certo modo ligada [a essa questão]. Isso pode ser nossa força ou nossa fraqueza. Somos muito suscetíveis aos sentimentos e emoções e, se não formos disciplinados, seremos guiados por eles. Nem sempre isso será algo mau, mas sim que, às vezes, por essa razão poderemos ser conduzidos a um quadro de desequilíbrio.
Há um tempo e um lugar definidos na nossa adoração para o tipo de música que diz "Eu preciso mais de Ti, Deus", o que poderia soar como música centrada no "eu", mas Davi compôs "Como a corça suspira pelos ribeiros de águas, minha alma anseia por Ti". Jacó não deixaria Deus ir enquanto não o abençoasse e Jabez clamou "Que Tu me abençoes". Porém, há períodos em que a nossa motivação real do clamor de nosso coração por "mais de Deus" era por causa de não termos separado um tempo para Ele ou para investir em Sua palavra. Então se pegamos nosso instrumento, pensamos que esse tipo de coisa pode vir. E isso virá de nosso meu interior, com sentimentos e paixão também. Logo se alguém nos sondar, é certo que essa pessoa seria tocada.
Em outras palavras, precisamos deixar que a palavra de Cristo habite ricamente em nós. Dessa maneira, quando estivermos tocando uma música, improvisando ou experimentando, não desejaremos nos direcionar somente pelas idéias musicais que movem nossas emoções, teremos também um tesouro verdadeiramente rico para preencher seu conteúdo. Não apenas isso, mas também, talvez antes mesmo de nos movermos pela nova seqüência de acordes, nós seremos movidos por nosso reconhecimento e entendimento sadio desses grandes temas por termos dedicado tempo meditando e "digerindo-os" em nosso interior.A alegria de louvar a Deus
Quando estamos louvando a Deus uma alegria imensa nos envolve, a graça de Deus e a sua unção fluem em nosso meio nos dando ainda mais amor pelo Senhor e pelos irmãos, Deus é tão bondoso que enquanto o louvamos Ele cura pessoas, restaura, transforma, aviva, louvar a Deus é tremendo, eu não consigo me imaginar não louvando o Senhor.
Fomos criados para a glória de Deus, fomos criados a sua imagem e semelhança, note que quando Deus disse: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança;(Gn. 1:26), neste momento quando Deus estava decidindo criar o homem nós podemos notar o amor de Deus por nós, o amor de Deus é tão grandioso que Ele fez o homem a sua imagem, você já tinha pensado nisso?, vamos mais adiante, Deus criou o homem e viu que não era bom que ele estivesse só e então criou a mulher, a mulher foi enganada pela serpente (Satanás) e se deixou levar pela idéia de ser igual a Deus, chega então o homem e sua mulher o fala que comeu do fruto da "arvore do conhecimento do bem e do mal", o cabeçudo do homem vai e também come, este é o momento em que o pecado entra no mundo através da desobediência do homem, Deus então diz p/ a serpente: E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.(Gn. 3:15), mesmo após a queda do homem que desobedeceu ao Senhor, ainda assim Deus já mostra o que fará p/ salvar o homem.
Jesus veio ao mundo, nascido de mulher, Jesus era 100% homem e 100% Deus, Jesus como homem estava sujeito ao pecado assim como nós, como homem Ele dormia no barco - E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.(Mt. 8:24) – mas como Deus Ele repreendeu a tempestade - E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.(Mt. 8:26), esse é o Senhor que nós servimos, "por Ele ,por meio d´Ele e para Ele foram feitas todas as coisas". Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.(Cl. 1:16)
Eu vim a esta terra pra louvar ao Senhor
O Deus de Abraão, Isaque e Jacó
Também é o meu Pai, também é o meu Senhor
Que enviou Jesus, o meu Salvador
E é com alegria, e é com glória a Deus,
E é batendo palmas, louvando ao meu Senhor
Que eu vou dizer ao mundo que eu sou de Jesus
Que eu sou de Jesus!
Você é um adorador?
Adore ao Senhor com todo o seu coração, fôlego, vida, com tudo que você é, Deus habita no meio dos louvores, busque intimidade com o Senhor, ore constantemente, faça jejum pelo menos uma vez por semana. Onde Jesus está acontecem milagres e prodígios, botijas são cheias, pessoas são batizadas com o Espírito Santo, recebem dons, um fala em línguas, outro interpreta, outro profetiza, outro tem visões, onde Jesus está pessoas são curadas, vidas são transformadas, casamentos restaurados, famílias são estruturadas, onde Jesus está nada fica como é, ao contrário disso tudo é transformado, santificado, purificado.
A alegria do Senhor é a nossa força, "cante, louve, dance, Deus está em nosso meio", é hora de festejar, celebrar, é hora de prostrados adorar ao Senhor. Muitas vezes nos sentimos cansados, mas não devemos parar e nem olhar para o que já passou, devemos prosseguir para o alvo:
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.(Fl. 3:13,14)
Jesus também sentia cansaço físico, mas Ele não parou, Ele não desistiu, Ele continuou firme para cumprir com o propósito para o qual Ele veio ao mundo em forma da carne do pecado, Jesus não tinha pecados, mas na cruz Ele tomou sobre si as nossas transgressões, ou seja, Ele tomou sobre si os nossos pecados e foi nesse momento que Deus se retirou e deixou Jesus....
E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?(Mt. 27:46)
Por que Deus o deixou?
Porque Deus não fica onde tem pecado e naquele momento todos os nossos pecados estavam sobre Jesus. Infelizmente o homem continua ingrato e desobediente a Deus, mas você meu irmão (irmã) conhece a verdade.
Deus com seu imenso amor enviou Jesus para salvar-nos e aniquilar o pecado, tão grande amor, dor, sofrimento. Deus não merece o seu louvor, a sua adoração? Você está cansado, desanimado, parou? Não entendo, você deveria estar alegre.A manifesta presença de Deus
"Existe um lugar em Teu coração, ó Deus, que ansiamos encontrar, um lugar onde podemos nos esconder e encontrar a Tua verdade. Ó Pai, nos mostre, e nos leve a este lugar. Amém!
A grande necessidade da igreja hoje é a de descobrir, ver, reconhecer e viver em meio a glória inefável de Deus. Uma nova medida de intimidade com Deus é o que precisamos para que os nossos corações sejam completamente capturados e envoltos por Sua constante glória, porém, é necessário que hajam líderes, exemplos, condutores para que possam haver seguidores. Paulo não apenas ensinou o caminho mas trilhou o mesmo, conduzindo gerações e gerações de seguidores. Ele mesmo disse: "Sejam meus imitadores como eu imito a Cristo".
O mundo não quer religião, e deseja muito menos que alguém lhe diga o que fazer ou deixar de fazer. Não devemos usar palavras persuasivas, e sim a demonstração do poder de Deus. Só o poder de Deus e a atuação constante do Espírito Santo nas vidas dos membros de uma igreja é que irá convencer o mundo de seu pecado levando-o aos pês de Jesus. Hoje em dia existem tantas denominações diferentes, divisões, vexames, erros escandalosos, heresias e amarguras em meio ao chamado "corpo de Cristo". Há algum tempo estive na Itália e um pastor - líder de uma denominação pentecostal o qual acredita que o avivamento começará em sua igreja - virou para mim e disse: - "Eu sei que isto tudo que tem acontecido nos cultos é e provém de Deus, mas eu não aceito e não quero isto para mim e muito menos para os meus". Incoerente, porém interessante, não? Alguma coisa está errada em algum lugar. Temos que descobrir o erro e levá-lo ao pé da cruz.
Uma pergunta importante que temos que fazer é a seguinte: "Como podemos nos diferenciar das demais seitas, religiões e credos perante os olhos do mundo? O que diferencia os nossos cultos de qualquer outra reunião social?" É a presença manifesta de Deus! Aquele que tiver a água da vida para oferecer irá saciar os sedentos. Gostaria de dificultar a questão mas a realidade crua é que só a presença manifesta de Deus irá fazer a diferença. Como conseguir que este poder venha operar em nosso meio? Através da entronização de Deus sobre os nossos louvores e Sua habitação em nosso meio. Isto conseguimos através da verdadeira adoração, do rendimento total, da entrega pessoal e da liberdade total, e sem restrições, dada ao Espírito de Deus para que Ele seja o Senhor Supremo em nossas vidas como em nossos cultos. A nossa oração tem que ser: "Deus, seja DEUS em nosso meio! Eu quero mais de Ti e muito menos de mim!". Não podemos dar aquilo que não temos. A presença manifesta de Deus é a marca e o sinal distinto que nos diferencia do demais credos. Uma vez que os pecadores notam isto, correm atrás da realidade que todos almejam, a qual é conhecer e servir a um Deus vivo, que transforma, que opera milagres e que ainda revela o Seu amor, a Sua alegria, a paz, o fogo e a glória a quem realmente quiser. O Espírito Santo tem uma tarefa e tanto a realizar hoje; um quanto difícil. Ele está incumbido de preparar a noiva de Cristo. Baseando-me no que tenho visto em muitos lugares ao redor do mundo, e do Brasil. Contudo, eu garanto uma coisa, a noiva, quando pronta, não será uma noiva rabugenta, triste, destituída de força e poder, adúltera, que vive uma vida de amargura apenas se agüentando da melhor maneira possível até o seu príncipe chegue. Não! Não! Não! A mesma será uma noiva vibrante, maravilhosa, deslumbrante, linda, sorridente, alegre, poderosa, V-I-V-A..., o que me faz lembrar da minha esposa, ó Papai que presente..., uau..., contudo, continuemos...
Muitos têm desejado posições sem ter caráter, poder sem ter autoridade, e a presença de Deus sem pagar o preço. Porém uma posição no reino de Deus só é possível uma vez que assumimos o caráter de Deus em nós mesmos. O poder de sermos testemunhas com manifestações de sinais e prodígios só é alcançado a medida que nós nos rendemos à autoridade do Espírito Santo (Zac. 4: 6). Só se consegue a presença de Deus uma vez que pagamos o preço de termos um coração puro e mãos limpas. Tudo que desejamos está em Deus. Como poderemos ensinar alguém o que não temos aprendido? Como poderemos guia-los onde não temos ido? O mistério do reino é, segundo a epístola de Paulo aos irmãos em Colossos, "Cristo em mim - em nós - a esperança da glória" - (Col. 1: 27). O mundo jamais notará que estivemos com Jesus se de fato não tivermos tido com Ele. Entretanto, ninguém terá de perguntá-lo: "Onde você estava?", tendo estado com Ele, com o grande Eu sou, pois a diferença será evidente. Qual foi a diferença, notada pelos filhos de Israel, na pessoa de Moisés, uma vez que ele desceu do monte Sinai, após estar com Deus? O seu rosto brilhava. Sabemos aonde temos que ir contudo o nosso problema, infelizmente, é chegar lá! A pureza de coração não é uma situação onde fazemos ou deixamos de fazer, e sim um clamor contínuo, e um anseio melindroso, que requer uma atitude constante de querer ser agradável aos olhos de Deus! Tudo o que eu faço, digo, sou tem que expor a pureza divina que há em mim. Antes de ser proferido pelos lábios tem que gerar raízes no coração.
Deus quer que tenhamos a eternidade em nossos corações. Viver não apenas pelo hoje e sim pela eternidade evitando assim a "crise de santidade" – santo, dia sim, dia não. Tenho sentido recentemente a necessidade de compartilhar isto com os sedentos pela verdade, pois a verdade nos liberta, não é mesmo? A medida que viajo ao redor do Brasil, e do mundo, tenho visto, e sentido, que muitos não entendem a respeito desta pequena palavra intrigante, e ao mesmo tempo de potência explosiva: Adoração.
Caro leitor, estaremos usando este espaço a cada mês para esclarecer um pouco mais – segundo a capacitação do Amado de nossas almas – para esclarecer um pouco quanto a verdadeira adoração. Deus Pai está à procura de verdadeiros adoradores. E ai, vamos realizar os Seus sonhos?
Aproveite toda e qualquer oportunidade que você tiver de se perder na presença de Deus. O homem falha, Deus, nunca falha!
Aos seus pés
David M. QuinlanAdore todo o tempo
Confira este trecho da música "Louve", interpretada pela cantora Cassiane:
"Então louve, simplesmente louve
Tá chorando louve, precisando louve
Tá sofrendo louve, não importa louve
Seu louvor invade o céu...
Deus vai na frente abrindo o caminho
Quebrando as correntes, tirando os espinhos
Ordenas aos anjos pra contigo lutar
Ele abre as portas pra ninguém mais fechar
Ele trabalha pra os que nele confiam
Caminha contigo de noite ou de dia
Erga suas mãos, sua benção chegou
Comece a cantar com muito louvor
Com muito louvor, com muito louvor
Com muito louvor..."
Passar pela aflição é muito difícil, pois somos limitados e nem sempre conhecemos a razão pela qual estamos passando por determinada provação. Aliás, é algo que devemos buscar não é mesmo? Procurar saber o porque passamos pelas dificuldades. Deus tem sempre algo a nos dizer a respeito delas. E por mais incrível que possa parecer, as tribulações são positivas para nós. "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência." (Rm 5.3). "Porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade." (2Co 8.2). "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações. Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência." (Tg 1.2-3).
Baseando-se nisto, eu pergunto, será que temos agido corretamente, ou melhor, de acordo com a vontade de Deus durante o período de dificuldades que passamos? Optamos por gloficar a Deus ou por murmurar? Aí, pergunta difícil né irmãos? Nossa tendência é cair no questionamento e na rebelião. Esse é o fruto do pecado. Essa é a nossa carne. Nossa condição de humanos. Mas peraí, Jesus pagou o preço de sangue por nós no Calvário! Glória a Deus! Isso significa que podemos superar esta dificuldade e optarmos por louvá-lo diante da tribulação.
Ainda bem que tem jeito para nós! Louvar a Deus, adorá-lo na dificuldade, amá-lo independentemente do que ele pode nos oferecer. Essa é a chave para uma vida com Deus. Afinal, seria muito fácil só adorá-lo na alegria e não na dor. Amá-lo por nos abençoar e não nos momentos em que ele permite que sejamos "treinados." Louvá-lo quando tudo ocorre em perfeita harmonia e não quando o mundo parece desabar sobre nossas cabeças. É como amar a quem a gente gosta e não aos nossos inimigos. Tudo muito fácil. Mas é tempo de mudanças.
Já pensou em adorar e dar um glória a Deus toda vez que algo nos chateia ou quando as coisas não estão bem para o nosso lado? Essa é uma ótima opção, inclusive, para que a provação passe mais rapidamente por nós.
Quando louvamos e adoramos a Deus, tudo fica mais fácil e nos tornamos pessoas melhores, uma vez que aprendemos a dar graças pelo que temos e pelo que Deus faz por nós. Deus trabalha enquanto descansamos nele. Se não descansamos, trabalhamos no lugar de Deus. Claro que não podemos ficar parados sem atitude, mas é importante compreender que agimos enquanto podemos. Quando nossa condição de homem nos impede de realizar algo, Deus entra em ação.
Irmão, perdeu o ônibus! Glória a Deus! Não conseguiu aquele trabalho! Glória a Deus! Tá esperando uma resposta e não chegou! Glória a Deus! Se a sua vida está entregue nas mãos do Senhor e você o permite conduzir todas as coisas, você não poderia estar em melhores mãos. Se Deus conduz, o quê e a quem temeremos? "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?" (Is 43.13).
Irmãos, vou ficando por aqui. Compartilhei com vocês, algo que acontece em minha vida, acho que na de todos nós. Deus nos ama e têm nos ensinado a melhorarmos cada dia mais. Então amados, chega de murmuração. Vamos adorar ao Senhor em todo tempo! E que nunca nos esqueçamos que adoramos a Deus com canções, mas esta adoração deve se estender às nossas atitudes diárias! Amém?
"Irei contigo, onde quer que fores meu Senhor. O teu chamado, cumprirei na alegria ou na dor [...]".*
"Te louvarei, não importam as circunstâncias [...]".*
"Ouve Senhor, as palavras de afronta. Escuta ó Deus o que diz o inimigo contra mim [...]".*
"As misericórdias do Senhor se renovam sobre mim. [...] não têm fim [...]".*
Que estas sejam frases e canções constantes em nossos lábios porque sabemos que :
"[...] Agindo eu, quem impedirá?[...]. Diz assim o Deus de Israel, o nosso Deus, o grande Eu Sou!Arrependimento: a vida cristã normal
O primeiro e mais repetido passo na adoração é o arrependimento. Como disse John Wimber (fundador da Vineyard Music), "o arrependimento é a porta de entrada e o caminho a seguir". Caminhar com Deus é como um casamento: o objetivo é a intimidade e a fidelidade; a maneira de se alcançar essa meta é a renovação constante dos votos do casamento. Relacionamentos íntimos exigem manutenção constante. Quando cometo um erro, às vezes preciso falar com minha esposa e pedir-lhe desculpas. Odeio aquela parede de separação que se levanta entre nós quando usamos palavras ríspidas um com o outro. Gosto de resolver logo a situação. De maneira similar, gosto de me livrar do meu pecado diante de Deus o mais rápido que puder.
A analogia do amor entre o noivo e a noiva é usada com freqüência nas Escrituras para expressar o relacionamento de Cristo com sua igreja. A idéia do amor físico e emocional é poderosa, mas é apenas uma sombra da intimidade que temos com Deus em espírito. Paulo diz: "Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele" (1Co. 6:17).
Intimidade com Deus tem a ver com fidelidade, ou seja, não ter outros deuses. Sem obediência, nunca experimentaremos a verdadeira intimidade: "Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele" (Jo. 14:21).
A figura da intimidade é uma forma de descrever a vida de comunhão e interação profunda com Deus. Um dos benefícios da intimidade com Deus é sermos cheios de conhecimento tangível em relação ao seu amor. É ter uma esperança do céu que nos dá energia diante das pressões. Também é deixar Deus penetrar no mais profundo daquilo que somos e nos afastar das coisas que impedem nosso relacionamento com ele.
Você não pode se tornar íntimo de alguém se, se recusar a ser honesto e aberto. Eu me apaixonei por minha esposa compartilhando minhas esperanças, medos e sonhos mais profundos com ela. Se ela não tivesse reagido com a mesma abertura, nosso relacionamento teria acabado. Durante o namoro, ela optou por me ouvir e me aceitar nos momentos de maior vulnerabilidade. Quando passei por dificuldades para descobrir o caminho correto para minha carreira, ela permaneceu comigo. Quando lutei com as minhas inseguranças e dúvidas sobre meu chamado para o ministério, ela me aceitou. Amou-me a despeito do medo que eu tinha de fracassar. Provou que eu podia confiar nela e, assim, foram lançados os fundamentos de um relacionamento para a vida toda.
Bem no começo de minha jornada de conhecimento de Deus, experimentei de maneira poderosa o amor e a aceitação do Senhor. Tal como Davi, posso dizer: "Quero contemplar-te no santuário e avistar o teu poder e a tua glória. O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meu lábio te exautarão" (Sl. 63:2,3).
Apesar das muitas maneiras pelas quais Deus tem mostrado seu amor por mim, eu ainda preciso de doses regulares de seu amor tangível para me manter saudável. Sou como um computador que precisa ser regularmente reprogramado para ver Deus como aquele que é amor. Ele gentilmente me leva a essa verdade sempre que necessário. Ele me ama como eu sou não como eu deveria ser. Por Andy Park
Andy Park é pastor de Artes da Adoração na Vineyard em Anaheim. Ele tem liderado louvor por mais de 20 anos e tem escrito muitas das músicas de adoração da Vineyard, como Senhor, Te Quero, Santo Amor entre muitas outras. Andy e sua esposa, Linda, moram em Anaheim, Califórnia com seus seis filhos.
Canal de cura
Toda vez que nos colocamos perante a igreja para ministrar com dança, é como se nosso coração tivesse uma expectativa de saber como Deus irá receber o nosso louvor. Tenho aprendido que cada vez que entramos na presença do Senhor, tudo parece novo e sua presença sempre nos traz coisas novas. Acontece comigo quando estou louvando através da dança. É maravilhoso!
Vou contar uma experiência. Num culto de celebração em nossa congregação estávamos nos arrumando para ministrarmos, e comecei a orar ao Senhor em espírito. Estava com desânimo em meu coração, e sem vontade de dançar naquele dia, mas algo me mostrava o contrário. Deus iria derramar do seu Espírito naquela noite. Maravilhas iriam acontecer!
Era "início" do culto. Louvores começaram a ser cantados enquanto nós começamos a manifestar a unção de Deus através da dança. O nosso dirigente de louvor, Ramon Tessmann, começou a ministrar um cântico que falava de cura, unção, libertação! O "fogo de Deus" começou a descer sobre nós.
Depois, Deus começou a pedir que nós tocássemos com o véu que estava em nossas mãos a vida de algumas pessoas. Quando tocávamos as pessoas com aquele véu, elas começavam a se quebrantar na presença do Senhor, como crianças sendo curadas.
Como foi lindo ver as promessas de Deus se cumprindo em nossas vidas. Aquilo foi tremendo para nós, uma grande experiência. Sobre aquele desânimo que enfrentamos horas antes... sabíamos, ou melhor descobrimos que eram setas de Satanás em nossos corações, pois ele sabia que Deus iria nos usar tremendamente!
Amados irmãos, temos que ter sensibilidade para sentir e discernir o nosso coração e o espírito da reunião! Absolutamente tudo o que sentimos no momento em que vamos ministrar a Deus temos que colocar em oração. Da mesma forma, tenho aprendido a "discernir" o momento em que Deus toca nossos corações para não utilizarmos a dança em determinado culto. Temos que saber utilizar as artes apenas no momento que Deus deseja. Assim elas serão bênção, nunca algo inconveniente. Como questiona o título deste artigo: a dança pode ser um canal de cura? Certamente que sim!
Por Daiana BarrosDicas para escolher o repertório
1. Escolha algumas músicas que proclamem os grandes temas da fé cristã: glória, amor e santidade de Deus; a cruz de Cristo; a graça de Deus; o reino de Deus entre nós. A intimidade na adoração cresce à medida que verdadeiramente entendemos os atributos do Deus a quem estamos expressando o nosso amor.
2. Em primeiro lugar, selecione músicas conhecidas. Se, por exemplo, você for cantar seis músicas, precisa ter três músicas que sejam muito bem conhecidas, duas que sejam familiares e uma música que seja nova. Nunca houve tantas músicas de louvor como agora! Existem as composições dos músicos em nossas igrejas. Eu creio que existe uma rica reserva de hinos que podem ser adaptados ao nosso estilo, e que poderiam fazer uma conexão com as igrejas históricas. Lembre-se: ao cantar uma música nova, faça isso por algumas semanas até que as pessoas se familiarizem com ela.
3. Escolha algumas músicas com letras e nas melodias simples. Tudo está se envolvendo constantemente, sempre partindo do simples para o complexo, e então voltando ao simples. Essa é uma verdade em todas as músicas, e se torna verdadeiro quando a música de adoração é composta. As pessoas realmente precisam de músicas simples, músicas que elas não tenham que ficar se esticando para ler a próxima linha da transparência, e que possam deixar o lado esquerdo do cérebro descansar um pouco.
4. Selecione músicas que tenham o mesmo 'fluir'. Muitos temas diferentes tornam a coisa confusa. Mudanças em tonalidades descendentes podem auxiliá-lo (ex: C para D para G). Tente passar de uma música para a outra sem interrupções. Não se preocupe se acontecer um período de silêncio e reflexão antes de iniciar a próxima música.
5. Escolha músicas que proporcionem momentos de adoração espontânea ao final. Isso pode se tornar algo inapropriado se fizermos em todas as músicas, mas no tempo certo reforça o que estamos fazendo. O objetivo não é atravessar as músicas, mas conduzir as pessoas em adoração para que a Noiva (a Igreja) e o Noivo (Jesus) possam se beijar e se abraçar mutuamente. Como você deve ter percebido, nós não falamos nada sobre andamento, ritmo, tamanho ou talento da equipe de louvor, entre muitos outros aspectos.
A minha esperança é que todas essas sugestões o ajudem a realizar aquilo que considero o maior evento do mundo: a adoração íntima e apaixonada ao Pai.
Por Larry LevyImpregnado de adoração
Talvez eu esteja generalizando, mas via de regra tenho a impressão de que a maioria das vezes em que somos orientados a exercitar a adoração, algo soa como a sugestão de uma ação que deveria surgir do sentimento de "obrigação religiosa". Parece-me que temos sido estimulados a fazer adoração e, sinceramente, nada soaria mais estranho ao princípio Cristão, ensinado nas Escrituras, do que tal atitude.
Adoração pode estar, sucintamente, sendo transformada numa mera tarefa psicológica travestida de cunho "espiritual".Não resta dúvida de que adoração tem caráter de ação. Porém, adoração não é movida por obrigação, mas pela condição existencial e pela realidade natural do coração. Se o que falei lhe pareceu confuso ou estranho, contemple o exemplo de Maria: sua adoração não foi comandada pelo anjo, mas vazou dos poros de sua mais profunda condição espiritual. Adoração fazia parte do seu ser. Adoração não foi uma tarefa para Maria, mas a resposta que ela manifestou à ação do Eterno em seu espírito. Adoração foi a reação de Maria.
VIDA E VIVÊNCIA
Ao longo dos anos presenciamos diversas reviravoltas no cenário litúrgico cristão: versões diferentes de hinos e hinários; mobílias que inspiram e/ou facilitam a "adoração" (bancos, cadeiras ou poltronas?); liturgia tradicional ou renovada; adoração reformada, pentecostal ou profética. A lista de exemplos poderia se expandir imensamente. Não que eu pense que estas fases sejam ruins, ilegítimas ou que já tenham findado. Pelo contrário, creio que são pertinentes, uma vez que o Corpo é um só, mas a diversidade de seus membros deve ser respeitada. E, ainda, vejo que nossa condição humana — tão volúvel — e a transitoriedade de nossos posicionamentos sociais podem nos levar a adotar expressões litúrgicas totalmente diferentes uns dos outros. A grande questão, no entanto, tem a ver com a essencialidade da adoração. Repetidas vezes ouvimos e afirmamos: "adoração é um estilo de vida". Uma vez que essa declaração tem se tornado um de nossos muitos clichês, urge o momento de mudarmos nossa tática. Alguém já disse, há muito tempo, que "o maior ensino é o exemplo".
Em nossa cultura religiosa, estilo de vida pode ser algo entendido de maneira parcial e tendenciosa, dependendo exclusivamente do contexto religioso, teológico e denominacional no qual está inserido. Portanto, penso que deveríamos conectar duas expressões existenciais em nossa adoração: vida e vivência.
A vida é a essência do nosso ser, quem somos. Ela pode ser vista e compreendida a partir do que somos. Se uma visita celestial veio ao nosso encontro (Jo. 1:10-14), tal como se deu com Maria, a vida passou a impregnar o nosso ser (II Co. 5:17). Uma ação divina se instaurou na direção de nossa existência. O favor de Deus se manifestou em nosso caminho e, por causa disso, somos levados a reagir a todo o momento, em todas as circunstâncias, dentro e fora das reuniões e dos templos, com o mais ardente espírito de adoração. Isto diz respeito agora à nossa vivência.
Existimos como adoradores. Todas as nossas atitudes agora devem expressar disponibilidade total de serviço e cumprimento da vontade de Deus, tal como foi a reação de Maria e o mandamento do nosso Senhor (Mt.6:33). Se adoração se tornar característica de nossa vivência, ela deixará de ser um elemento litúrgico ou rótulo de iniciativas ministeriais para se manifestar, novamente, como expressão de rendição e verdadeira demonstração de amor ao Senhor: um amor que transcenderá às costumeiras declarações que fazemos em nossos cânticos. Isso por que, segundo o Senhor Jesus, os que o amam são aqueles que obedecem à sua palavra (Jo. 14:21,23).
A adoração é, enfim, uma reação que surge de um espírito impregnado de voluntariedade, disponibilidade e serviço. Foi isso o que Deus achou em Maria. Isso faz com que mudemos a nossa perspectiva de adoração e, ainda, a nossa expectativa de culto. Afinal, se Deus vem a nós, em nossos encontros, reuniões e cultos, a nossa atitude adoradora deve ser uma só: "Reina em mim e cumpra em minha vida a sua vontade!" Amém.
O que realmente importa?
Quando se trata de ser um membro efetivo, ativo e apaixonado de um ministério de louvor, existem quatro pontos chaves, segundo a líder de louvor Darlene Zschech. Você sabe quais são eles? Melhor ainda, você os possui?
Unidade importa
Salmos 133:1 (NVI) "Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!". Romanos 15:5 e 6 "O Deus que concede perseverança e ânimo dá-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo".
DEUS AMA A UNIDADE. Que testemunho maravilhoso à Sua bondade quando Seus adoradores riem juntos, oram juntos e se prostram e vivem uma vida ministerial juntos. Esta é uma coisa rara e preciosa, e Deus diz que se VIVERMOS em unidade, Ele comandará BENÇÃOS para nós. Estar em unidade é uma decisão que TODOS nós devemos tomar sempre. Lute por isso. Faça o que for necessário para ter unidade, porque Deus abençoa isso e Ele responde a isso. Ele requer isso. Colossenses 3:13 e 14 diz para perdoar uns aos outros como o Senhor nos perdoou, COLOQUE AMOR, QUE NOS LIGA JUNTOS EM UNIDADE.
Excelência importa
Nós servimos com excelência, porque conhecemos um Deus excelente, e para dar a Ele qualquer coisa que não seja nosso melhor poderia ser repugnante. Ofereça a Ele o seu melhor, independente do estágio em que o seu melhor está. Não o que você quer que o seu melhor seja, ou o que você desejaria que ele fosse, mas o seu melhor HOJE. O testemunho e o impacto de servir com excelência é como observar o efeito da luz sobre o oceano - ele manda ondas que tocam as vidas de uma maneira que você nunca viu. Muitas pessoas pensam que se eles podem simplesmente pegar os caminhos certos e conhecer as pessoas certas ou se eles tiverem os sons corretos e cantar as músicas que pegam, eles terão encontrado a receita para o sucesso. ISTO É UMA MENTIRA. Nós somos excelentes por causa de Jesus Cristo e SOMENTE por causa dEle. Não se trata de se dedicar ou esforçar-se - se trata de viver para a Glória de Deus. Em 2ª Corintios, Paulo exorta a igreja de Macedônia a viver uma vida excelente em TUDO o que eles fazem - INSPIRADOR.
Determinação importa
Não seja guiado por seus sentimentos. Como pessoas "criativas", nós somos o departamento dos "sentimentos" e pode ser nossa melhor e pior qualidades. É a coisa que o torna brilhante e é a coisa que irá te derrubar, caso isso não esteja sob submissão. Isaías 50:5-7 (NVI) diz "O Soberano, o Senhor, abriu os meus ouvidos, e eu não tenho sido rebelde; eu não me afastei. Ofereci minhas costas àqueles que me batiam, meu rosto àqueles que arrancavam a minha barba; não escondi a face da zombaria e dos cuspes. Porque o Senhor, o Soberano, me ajuda, não serei constrangido. Por isso eu me opus firme como uma dura rocha, e sei que não ficarei decepcionado". Eu amo essa passagem porque mostra determinação. Eu NÃO serei lançado. Eu NÃO serei movido. Eu NÃO me afastarei por causa do medo, insegurança, falta de confiança ou inadequação em meus próprios olhos. Você tem que ser DETERMINADO a simplesmente agarrar-se a Deus e pedir pelo seu milagre, pois Ele quer que isto aconteça muito mais do que você mesmo! Nós precisamos dessa determinação para completar nossa missão. Como parte de um ministério de louvor e adoração, você nunca estará fazendo um "bico" ou um "show". Nós estamos numa missão Celestial.
Ser determinado a ver Seus propósitos completos requer uma resposta de nosso Glorioso Deus.
UNIDADE, EXCELÊNCIA E DETERMINAÇÃO REFLETEM UMA ATITUDE EXCEPCIONAL, mas você não consegue fazer isso por si mesmo. Permita que Deus invada literalmente sua vida - e não somente na igreja, aos domingos. Eu amo a adoração congregacional. Há um poder nisso que é fenomenal. É uma afirmação que ninguém pode negar, mas NADA substitui sua relação pessoal com Deus. Sua experiência congregacional pode te sustentar por um tempo, mas chegará um momento que você não poderá entrar no próximo nível porque você não estará familiarizado com Deus - você não O CONHECERÁ. É uma decisão que VOCÊ precisa tomar e comprometer-se. Você pode saber sobre o amor e a graça de Deus. Mas você realmente O conhece? É Ele o seu melhor amigo? Quanto tempo você gasta conversando com Ele? Existe uma confiança que vem na adoração a Cristo. Quando este caminho entre você e Ele está desgastado, você não está olhando entre os arbustos e pensando, "Como eu chego até Jesus?". Você simplesmente corre até Ele, familiarizado com Seus braços abertos.
Eu fico muito animada quando eu vejo a Igreja dEle nos dias de hoje, porque existe um novo agito. Um novo ânimo. Um novo compromisso em seguir a Deus, independente do custo disto. Então eu encorajo você a não se aproximar simplesmente na sua relação com Deus. Seja comprometido com isso. Trabalhe isso. Passe tempo com Ele. Ele não é o Deus do "simplesmente basta". Ele é o Deus que vai te moldar por Sua grandeza e, como sempre, estará lá, pronto para de dar um beijo dos céus. Seja um adorador que SABE O QUE REALMENTE IMPORTA.
Escrito por Darlene ZschechSucesso para o cristão
Quando se fala em sucesso no meio cristão, surge imediatamente uma preocupação: será que este sucesso está glorificando a Deus ou engrandecendo apenas o homem? Não tenho nada contra o sucesso do musico cristão. Questiono apenas o que ele gera na vida de quem o alcança. Muitos estão alcançando sucesso por méritos e não há nada de errado nisto. Deus exalta os que se humilham em sua presença, e honra quem o honra.
Normalmente quem faz muito sucesso perde a simplicidade e a pureza devidas a Cristo, e é aqui que está o perigo. A Bíblia alerta que o orgulho precede a queda. Fico espantado com o número de cristãos que se deixam envolver por este espírito de soberba e orgulho, pois a partir do momento que alguém se torna orgulhoso, cede a auto-suficiência e independência — não houve mais conselhos de ninguém.
Certa vez, quando a música "Ao Único" estava sendo cantada em todas as igrejas evangélicas do Brasil, um pastor
amigo meu me fez uma pergunta interessante: — Bené, você não fica orgulhoso de ter escrito esta música, que Deus tem usado tanto? Após refletir um pouco sobre o assunto, cheguei a seguinte conclusão: Se eu disser que não fiquei tentado a isto, estaria mentindo. Mas sei que duas coisas poderiam acontecer se tivesse cedido à tentação do orgulho — primeiro, poderia afastar Deus da minha vida, e segundo, a fonte certamente secaria.
Foi dessa maneira que passei a encarar a idéia do sucesso, no final da década de 1980. Dou graças a Deus por este discernimento, pois até hoje a fonte continua jorrando, embora já tenha pelo menos 20 anos desde que comecei a compor.
Em 1999, estávamos lançando o álbum Adoração 11, do ministério Koinonya em Miami (EUA), e um amigo, logo depois da nossa ministração, perguntou como conseguíamo permanecer debaixo de unção do Pai depois de tanto tempo de ministério. Lembrei-me, de imediato, daquela palavra de discernimento que Deus havia me dado, logo no início de nossa caminhada ministerial. Então, a resposta saiu da minha boca de forma natural e espontânea: "Por causa do coração quebrantado que mantivemos diante de Deus".
Durante todos os anos de ministério Deus tem me honrado muito, mas a cada dia tenho que fazer morrer a minha natureza terrena. Existem alguns princípios na minha vida que me mantém continuamente debaixo da vontade perfeita de Deus. O primeiro e principal destes princípios é ter comunhão diária com Deus: orar, meditar e louvar a Deus todos os dias. Cuido da minha vida devocional, pois dela depende o sucesso de tudo que envolve a minha vida na face da terra. O segundo princípio é priorizar a família, com tempo de qualidade, com uma boa comunicação, orando com eles sempre, compartilhando a palavra, trazendo visão de Deus para eles, como sacerdote que sou da minha casa. E o terceiro princípio fundamental é manter vivo o compromisso com a igreja local.
Que os músicos cristãos tenham cada vez mais sucesso. Mas que ao vir o sucesso não se deixem dominar por ele.
Falsa Adoração
Amós 4 - Afasta de mim o estrépido de seus cânticos.
Qual é a adoração que Deus realmente espera de nós? Qual é o som e a canção que Ele verdadeiramente espera de nós? Será que nossos dons e talentos fazem algum barulho no trono de Deus? Será que Ele consegue ouvir canções e vozes lindas, mas corações ocos e vazios? Qual é o verdadeiro som que ecoa no céu?
Formas: barulhos, músicas, contrição, canções.
Adoração: vida, passos, escolhas, obediência, entrega, amor, perdão, compaixão. Adoração em verdade gera frutos, barulhos que refletem o que nós somos. Precisamos fazer barulhos que refletem a verdade em nós.
Deus quer que cantemos a canção do Seu coração. O salmista fazia isso. Que tipo de adoração eu e minha geração temos oferecido ao Senhor?
Amós 5:10 - A verdadeira adoração gera quebrantamento.
Deus quer a geração que acolhe o perdido, o necessitado, que tenha compaixão dos órfãos, viúvas = Ação da Adoração.
Precisamos deixar os púlpitos, largar o microfone e descer na verdadeira adoração. Sabem quais são os maiores adoradores para Deus? Talvez nem conhecemos seus nomes, porque estão nas favelas, morros, em outras nações.
É muito fácil cantarmos ao Senhor, ficamos cheios do nosso ego e ainda de brinde ganhamos exposição, mas é no lugar mais perigoso onde o diabo trava a batalha. Por isso precisamos estar firmes e inabaláveis. Onde nada corrompe, porque a minha vida não está baseada em barulhos e sim na verdade. Suba a um nível de adoração. Deseje os perdidos. Vá ao nível de responsabilidade social.
Um CD é conseqüência da sua intimidade com Deus e isso não é nada para o Senhor. O reconhecimento dos homens pode roubar o que Deus tem para você.
Líderes caindo, Sauls: é a história das outras gerações, mas Deus está levantando a geração de Samuel, de Davi, incorruptível. Uma geração que não troca sua primícia por um prato de lentilhas, que não troca sua vida de santidade por minutos de prazeres.
Deus não nos chamou somente para cantarmos música, isso já temos feito muito bem, já estamos experientes. Ele quer que estejamos em um nível maior.
Humildade X Soberba
Renúncia X Egoísmo
Simplicidade X Poder
Chega de histórias escritas por homens, Ele quer escrever a história da sua vida. Esta falsa adoração se refere a pastores que não vivem o que pregam, ministros que estão longe de fazerem o que falam. Afaste de mim a prostituição das suas ações, porque eu conheço o seu coração. Falsa adoração, Amós 5:10 ao 27: lábios lisonjeiros e bajuladores, falsidade, hipocrisia...
Só entregamos verdadeira adoração como noivas. Como prostituta, só ofereceremos a falsa adoração Oséias 2:2 ao 20: Contudo trarei a Minha glória, a Minha presença.
Oséias significa o amor de Deus pela prostituta. A igreja religiosa, é como uma prostituta que procura amantes: palco, sucesso, luxúria, dinheiro (mamon), ministério, reconhecimento, dons, talentos, gravações (venda da presença de Deus), crescimento quantitativo. Tudo e todos, que você coloca em primeiro lugar na sua vida além do Senhor, significa prostituição espiritual e isso gera pecado em sua vida.
Deus nos chamou e tem nos dado tudo, mas precisamos nos posicionar. Davi fez um censo no templo sem direção de Deus. Ficar contando quanto você já fez não vale nada para Deus. Você pode ir para qualquer lugar do mundo, se esconder na caverna, até no Hawaii, Deus te pega e continua com o propósito que Ele tem para você, Ele te levantou como um referencial. Você está marcado, não tem mais jeito. Que responsabilidade!
Em que nível você está e que tipo de adoração você tem oferecido a Deus? Superficial e muitas vezes de falsidade? O que cantamos temos que viver.Antes de escolher cantar, escolha viver!
Um comentário:
Amei o seu conteudo...
Que Deus continue os abençoando suas vidas!!
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